O TRABALHO ACADÊMICO: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTUDO NA UNIVERSIDADE
Por: rayleane • 7/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.346 Palavras (6 Páginas) • 1.022 Visualizações
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Estudo Cientifico. 23 ed. rev. e atualizada. São Paulo Cortez, 2007.
2. O TRABALHO ACADÊMICO: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTUDO NA UNIVERSIDADE.
2.1 A organização da vida universitária- ao inicia essa nova etapa de formação escolar, o estudante se encontram diante de exigências especificas para a continuidade de sua vida de estudos, novas posturas diante de novas tarefas ser-lhe-ão logo solicitadas, nova situação e de tomar medidas apropriadas para enfrentá-la ─ é preciso que o estudante se conscientize de que doravante o resultado do processo depende fundamentalmente dele mesmo. O aprofundamento da vida cientifica passa a exigir do estudante uma postura de auto-atividade didática que precisa ser crítica e rigorosa ─ convencido da especificidade dessa situação o estudante deve empenhar-se num projeto de trabalho individualizado, apoiado no domínio e no manejo de uma serie de instrumentos que devem estar continua e permanente ao alcance de suas mãos, é preciso dispor de um material de trabalho especifico de sua área e explorá-lo adequadamente. 2.2 Os instrumentos de trabalho- atividades praticas, de laboratório ou de campo, as varias áreas exigem, umas mais, outras menos, essa pratica profissional─ ele precisa dispor dos devidos instrumentos de trabalho que são fundamentalmente bibliográficos ─ o estudante precisa começar a formar sua biblioteca pessoal. 2.3 A disciplina do estudo- a metodologia de estudo e sem duvida, a mais eficiente. Um mínimo de organização da vida de estudos, em compensação, torna-se sempre mais produtiva ─ não se trata de estabelecer horários de estudos, e sim de aproveitar o tempo disponível. 2.4 Leitura e documentação- ao escrever um texto, o autor codifica sua mensagem que, já tinha sido pensada e o leitor, ao ler um texto, decodifica a mensagem do autor para pensá-la, assimilá-la e personalizá-la ─ as diretrizes metodológicas apresentadas tem apenas objetivos práticos. 2.4.1 Delimitação da unidade- a primeira medida a ser tomada pelo leitor e o estabelecimento de uma unidade de leitura, um setor do texto que forma uma totalidade de sentido. 2.4.2 Analise textual- visa a preparação da leitura, o estudante-leitor deve proceder a uma serie de atividades preparatórias para analise profunda do texto ─ o primeiro esclarecimento a ser buscado são os dados do autor do texto, uma pesquisa sobre a vida, a obra e o pensamento do autor fornecera elementos úteis para uma eluição das idéias expostas ─ o vocabulário fazer um levantamento dos conceitos e dos termos que sejam fundamentais para a compreensão do texto ou que sejam desconhecidos do leitor ─ referencias a fotos históricos, outros autores e outras doutrinas, cujo sentido no texto e pressuposto pelo autor mas nem sempre conhecido do leitor ─ esses elementos devem ser, durante a primeira abordagem transcritos para uma folha a parte. 2.4.3 Analise temática- procura ouvir, apreender, sem intervir nele, o conteúdo de sua mensagem, busca saber o que fala o texto ─ e com base na analise temática que se pode construir o organograma lógico de uma unidade. 2.4.4 Analise interpretativa: visa a sua interpretação, mediante a situação das idéias do autor, consiste o pensamento desenvolvido na unidade na esfera mais ampla do pensamento geral, do autor ─ verificar como as idéias expostas na unidade se relacionam com as posições gerais do pensamento teórico do autor.2.4.5 A problematização- visa o levantamento dos problemas para a discussão, quando o estudante e feito em grupo ─ o debate e a reflexão são essenciais a própria atividade filosófica e cientifica ─ e tomada em sentido amplo e visa levantar, para a discussão e a reflexão, as questões explicitas ou implícitas no texto. 2.4.6 Síntese pessoal- etapa ligada antes a construção lógica de uma redação do que a leitura, a leitura possibilita ao estudioso progredir no desenvolvimento com elas.1.5 A documentação como método de estudo pessoal- o estudante tem de se convencer de que sua aprendizagem e uma tarefa eminentemente pessoal; transformar num estudioso que encontra no ensino escolar não um ponto de chegada, mas uma liminar a partir do qual constitui toda uma atividade de estudo e de pesquisa. 2.5.1 A pratica da documentação- sugere formas concretas para o estudo pessoal, sem se preocupar em delinear uma teoria técnica muito sofisticada de documentação ─ o saber se constitui pela capacidade de reflexão, de determinada área do conhecimento ─ essa informação só se pode adquirir através de uma documentação criteriosa ─ a documentação de tudo aquilo que foi importante e útil em função dos estudos e do trabalho deve ser feita em ficha. 2.5.2 A documentação temática- coletar elementos em geral ou para a realização de um trabalho particular dentro de determinada área, esses elementos são determinados em função da própria estrutura do conteúdo da área estudada ou trabalho em realização ─ os elementos a serem transcritos nas fichas de documentação temática não são tirados apenas das leituras particulares, mas também das aulas, das conferências e dos seminários. 2.5.2 A documentação bibliográfica- a documentação temática se completa pela documentação bibliográfica, a documentação bibliográfica constitui um acervo de informações sobre livros, artigos e trabalhos existentes sobre um determinado assunto ─ deve ser realizada particularmente ─ as informações transcritas na documentação bibliográfica são em níveis mais profundos, depois são feitos apontamentos mais rigorosos ─ não há um tamanho padronizado. 2.5.3 A documentação geral- organiza e guarda documentos úteis retirados de fontes perecíveis ─ arquivados sob títulos classificatórios de seu conteúdo, formado de textos relacionados com área do estudante. 2.5.4 Vocabulário técnico-linguístico – é recomendável que o estudante elabore um glossário dos principais conceitos e categorias que deve dominar para levar seus estudos em geral, seu fichário de documentação temática conteria um vocabulário técnico-linguístico, personalizado de termos cuja compreensão é necessária tanto para leitura como para redação. 2.6 A estrutura lógica do texto – um texto que é portador de uma mensagem codificada pelo seu autor e a ser decodificada pelo seu leitor ─ o trabalho científico é um discurso completo. 2.6.1 A demonstração – uma monografia, assumi a forma lógica de demonstração de uma tese proposta hipoteticamente para solucionar um coeficiente de validade dos problema ─ a demonstração da tese é realizada mediante uma seqüência de argumento, em sua demonstração pode-se proceder de maneira direta, quando se argumenta no sentido de provar que uma proposta de solução é verdadeira, sendo as demais falsas, ou indireta quando se demonstra ser falsa a alternativa que se põe contraditoriamente a tese proposta. 2.6.2 O raciocínio – um dos elementos mais importantes da argumentação trata-se de um processo lógico de pensamento através de conhecimentos adquiridos se pode chegar a novos conhecimentos com o mesmo coeficiente de validade dos primeiros ─ é necessário tratar de alguns pontos básicos referentes á natureza dos processos lógicos do pensamento e do conhecimento, subjacentes á expressão lingüística dos textos. 2.6.3 Processos lógicos de estudo – o trabalho científico implica em outros processos lógicos para a realização de suas várias etapas ─ a síntese é um processo lógico de tratamento do objeto pelo qual este objeto decomposto pela análise é recomposto a sua totalidade. 2.6.3.1 A formação – o raciocínio é o momento amadurecido do pensamento; raciocinar é encadear juízos e formular juízo é encadear conceito ─ o conhecimento humano inicia-se com a formação dos conceitos ─ o conceito é simbolizado pelo termo ou palavra, no nível da expressão lingüística ─ termos ou palavras são os sinais dos conceitos, suas imagens acústicas ou orais. 2.6.3.2 A formação dos juízos – para pensar e conhecer não é suficiente “conceber conceituando”. O conhecimento só se completa quando se formula um juízo que é “o ato da mente pelo qual ela afirma ou nega alguma coisa, unindo ou separando dois conceitos por intermédio de um verbo” ─ o raciocínio que constitui o trabalho é uma seqüência de juízos e de proposições que precisam ser elaborados, tanto do ponto de vista sintático-gramatical, como do ponto de vista lógico. 2.6.3.3 A elaboração dos raciocínios – o discurso cientifico é fundamentalmente raciocínio, um encadeamento de juízo feito de acordo com certas leis lógicas que presidem a toda atividade do pensamento humano.
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