Os Sistemas Respiratório

Luana Fabrina Rodighero

Roséli Alves de Lima

ATIVIDADE lll E IV SISTEMAS RESPIRATÓRIOS – VENTILAÇÃO

Atividade apresentada na disciplina de Anatomia e Fisiologia Comparada II, do curso de Ciências Biológicas –Bacharelado, da Universidade do Vale do Taquari- Univates, para obtenção de nota parcial no semestre.

Professor: Hamilton C. Z. Grillo

Lajeado, 24 de maio de 2018

RESPOSTAS

1. Que aspectos físicos e químicos dos meios aéreo e líquido são importantes para o desenvolvimento evolutivo dos sistemas ventilatórios envolvidos nas trocas gasosas dos animais neles viventes?

A viscosidade da água e do ar, a difusão do oxigênio, pressão e densidade.  A superfície de trocas gasosas difere no ar e na água por conta das suas propriedades físicas serem substancialmente diferentes. A maioria dos animais que utilizam a água como meio respiratório possuem brânquias ventiladas unidirecionalmente e os que utilizam o ar apresentam pulmões ventilados bidirecionalmente ou um sistema de tubos preenchidos com ar, como nos insetos. A temperatura da água interfere na quantidade de O2 (oxigênio) que pode estar disponível. Os animais com respiração aquática trabalham mais com as superfícies respiratórias a medida que esse oxigênio diminui. A densidade e a viscosidade do ar e da água são diferentes proporcionando um gasto maior de energia tanto para mover um determinado volume de água quanto de ar. Na ventilação temos a ida para dentro e para fora da cavidade respiratória, resultando no consumo de energia. Já na ventilação unidirecional o organismo gasta somente a energia necessária para mover o liquido em uma única direção. Possibilitando uma organização do fluxo sanguíneo contracorrente, melhorando assim a sua eficiência de captação de oxigênio (MOYES & SCHULTE, 2010).

2. Caracterize, estruturalmente, os sistemas ventilatórios presentes em arthropoda aquáticos:

Os artropoda que vivem na água evoluíram a partir de formas terrestres e conservavam muitas das características de seus ancestrais. A respiração aérea em muitos insetos aquáticos foi mantida através dos espiráculos. Eles estão em geral reduzidos em número e localizados na extremidade posterior do corpo que está em contato com a atmosfera. As aberturas dos espiráculos são hidrofóbicos e apresentam pelos com as mesmas características.

Os insetos pequenos como as larvas de mosquitos precisam de trocas por difusão entre a atmosfera e o sistema traqueal. As larvas maiores realizam movimentos respiratórios para auxiliar na reposição do ar traqueal. As traqueias são grandes e apresentam volume considerável de modo que possam conter ar suficiente. São utilizadas como reservatório de oxigênio e possibilitando a submersão durante longos períodos. Porém quando ocorre um aumento ilimitado das reservas de ar a flutuação acaba sendo muito grande impossibilitando que o inseto venha a submergir.

Muitos insetos transportam ar do lado externo do corpo e os espiráculos se abrem para o interior dessa massa de ar. (MOYES & SCHULTE, 2010).

3.  Descreva o funcionamento do sistema ventilatório de um peixe.

           De modo geral, ventilação das brânquias internas é realizada pelos arcos brânquias e a musculatura desses arcos. A água é captada pela boca, sendo seu fluxo realizado quando as válvulas operculares estão fechadas e a oral aberta, fazendo com que a água entre na cavidade oral pela ação muscular nas câmaras que alojam as brânquias, diminuindo a pressão interna e causando a sucção da água. Para que a água seja expulsa, a válvula oral se fecha e as operculares se abrem, ao mesmo tempo que a musculatura das câmaras se contraem, aumentando a pressão interna e expulsando a água. O processo se repete diversas vezes. Em alguns seres aquáticos, o nado contínuo é necessário para manter a água passando da boca, que permanece aberta, pelas brânquias, bem como a musculatura corporal, pelo movimento, pode auxiliar no fluxo de água.  (HILDEBRAND, 1995).

4. Por que um peixe morre asfixiado quando retirado da água se, em princípio, mantidas úmidas, as brânquias continuam a realizar as trocas gasosas?

         As brânquias estão adaptadas ao ambiente marinho, por isso, ao serem trazidas ao ambiente aéreo, onde não há circulação de água, não ocorre uma eficiente troca gasosa. A água que passa pelas brânquias mantêm as brânquias sustentadas, permitindo a passagem da água por entre as lamelas, e assim ocorrendo a difusão de O2. Sem a presença da água, as lamelas se unem, não permitindo uma boa oxigenação, em conjunto com a falta de movimento do ar, por não possuírem um mecanismo adequado de ventilação aérea. Mesmo mantidas úmidas, o oxigênio presente na quantidade mínima de água nas brânquias logo se extingue, e não é reposto o suficiente (HILDEBRAND, 1995).

5. Explique quais as vantagens da ventilação em contra corrente encontrada nas brânquias dos peixes?

As brânquias dos peixes apresentam diversos arcos branquiais que ficam lado a lado. Cada um desses arcos possuem duas fileiras de filamentos branquiais. As pontas desses filamentos, por sua vez provenientes de arcos adjacentes permitem que água venha a fluir entre eles. Ainda, as lamelas achatadas apresentam-se enfileiradas e são responsáveis pelas trocas gasosas enquanto a água passa entre elas numa direção, e o sangue na direção oposta.

As brânquias, estando adaptadas ao ambiente marinho, ao serem trazidas ao ambiente aéreo, onde não há circulação de água, não permite uma eficiente troca gasosa. A água que passa pelas brânquias mantêm as brânquias sustentadas, permitindo a passagem da água por entre as lamelas, e assim ocorrendo a difusão de O2. Sem a presença da água, as lamelas se unem, não permitindo uma boa oxigenação, em conjunto com a falta de movimento do ar, por não possuírem um mecanismo adequado de ventilação aérea. Mesmo mantidas úmidas, o oxigênio presente na quantidade mínima de água nas brânquias logo se extingue, e não é reposto o suficiente. (HILDEBRAND, 1995).