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Os fatores climáticos, na microescala

Por:   •  13/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.378 Palavras (10 Páginas)  •  233 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Pensando em fatores climáticos, na microescala, os acontecimentos meteorológicos levam de segundos a minutos e metros a dezena de metros para ocorrerem. Assim em um mesmo macroclima podem ocorrer diferentes topoclimas e dentro destes, por sua vez, diversos microclimas.         
        Denomina-se microclima as condições climaticas de uma área/região em específico, seja de um jardim, uma casa, caverna (criptoclima), áreas arborizadas, áreas urbanas ou rurais. É uma área menor dentro de uma zona climática geral que tem seu próprio clima único (SHINZATO, 2014).         
        As variáveis microclimáticas locais são temperatura e umidade do ar, radiação solar, temperatura superficial, direção e velocidade dos ventos.

 O processo de urbanização trouxe não só desenvolvimento para sociedade, mas também grandes modificações no meio ambiente. Com o crescimento de metrópoles no século XX, houve a diminuição da vegetação nesses centros urbanos e dificultando cada vez mais o plantio de novas mudas, devido às construções (SHINZATO, 2014).

O crescimento do meio urbano afeta diretamente no clima das cidades, junto com a ausência de cobertura vegetal arbórea, contribuindo para o aumento da temperatura do ar. Pensando no microclima, a vegetação tem papel importante devido a propriedades de balanço de energia. Com o processo de evapotranspiração, as árvores podem diminuir os picos de temperatura durante o dia. Esse processo de evapotranspiração nada mais é do que a perda associada de água que ocorre pela evaporação da superfície e pela respiração estomática e cuticular da planta (SHINZATO, 2014).

2. DESENVOLVIMENTO

Mesmo havendo estudos sobre a influência da urbanização sobre microclima, ainda é deficiente a aplicação desses estudos no planejamento das cidades, principalmente pela dificuldade de conscientizar a população sobre sua relevância, em especial os gestores públicos (FREITAS; SANTOS; LIMA, 2015).

Ainda pode-se levar em conta alguns parâmetros da urbanização que alteram as condições térmicas da região, como orientação das edificações, densidade construída e albedo dos materiais da construção civil. O estudo de Freitas, Santos e Lima (2015) mostra que existe correlação entre estes parâmetros e o aumento da temperatura e da diminuição da umidade relativa do ar.

         Assis (2012) cita que poluentes podem, também, afetar a produção de peptídeos em anuros e favorecem o estresse fisiológico (Assis, 2012 apud Christin e col., 2004). A partir disso, é possível indicar alterações nos padrões microclimáticos em microhabitats como moduladores dos perfis de secreções glandulares da pele dos anfíbios, e prever consequências.

Mesmo estando em condições naturais, a pele dos animais pode variar conforme as condições do ambiente, durante a termorregulação por exemplo. As condições microclimáticas dos habitats ocupados (temperatura, intensidade, tipo de radiação solar, pH e umidade ou até concentração de diversos produtos químicos externos) podem afetar o substrato da pele e a composição da microbiota da mesma (ASSIS, 2012).

Em decorrência das mudanças climáticas nos microclimas dos habitats ocupados pelos anfíbios, pode-se esperar mudanças na distribuição das espécies, como migrações para novos sítios (ASSIS, 2012)

2.1 INVERSÃO TÉRMICA

Inversão térmica trata-se um fenômeno meteorológico em que uma camada de ar frio, anteriormente acima da superfície, impossibilita a dispersão e a movimentação das massas de ar quente. Sendo assim, a camada mais fria opera como uma tampa de uma panela concentrando vapor no seu interior (SANTOS, et al, 2012).

No entanto, um episódio acerca de tal fenômeno nocivo dos poluentes do ar foi em 1952, no inverno londrino em que a inversão térmica sustou a dispersão dos poluentes de origem industrial e dos aquecedores residenciais movidos a base de carvão e uma nuvem, constituída por materiais particulados e enxofre (em concentrações nônuplas a média de ambos), levando ao aumento de quatro mil perecimentos em relação a períodos semelhantes (BRAGA, et al, 2001). A partir dos trágicos eventos, a comunidade científica averigua a necessidade de ir à busca do controle de emissões de poluentes do ar.

Sendo assim, inicialmente liberados cinco milhões de dólares para a averiguação e pesquisas dos impactos da poluição atmosférica nos âmbitos da saúde e econômicos, porém na década de 60 o contexto ambiental, é originado um programa federal de poluição atmosférica, ligado ao Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar Social dos Estados Unidos. Tendo como ofício do governo federal, apenas a instituição das diretrizes necessárias para a implementação e viabilizar o controle. Contudo, por falta de capacitação e estruturação de alguns estados demonstrou-se ineficaz. Acarretando em novos episódios de aumento súbito como o de Nova York, onde foram necessárias oito mortes e forte pressão da mídia até que decretasse estado de emergência (OLIVEIRA e DUTRA, s.d).

Decorrente desses episódios, os Estados Unidos estabelecem padrões de qualidade do ar, especificando os principais poluentes atmosféricos a serem controlados: partículas totais, dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO2), dióxido de nitrogênio (NO2), ozônio (O3) e chumbo (Pb). A fim de assegurar o devido controle, criou-se a Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA). Apesar disso, ainda que aprimoradas ao decorrer dos anos, tais medidas de controle não foram eficientes. E em 1991, aproximadamente 87 milhões de norte-americanos continuavam expostos a níveis superiores aos padrões pré-estabelecidos pela legislação norte-americana (BRAGA et al, 2001)

Bem como, em 1976 uma comissão de países europeus (Comission of the European Communities – CEC) estabeleceu padrões de qualidade do ar para SO2, CO, NO2, material particulado e oxidantes fotoquímicos. E esses padrões foram sendo refinados ao longo dos anos e subsidiando as legislações de diversos países desenvolvidos de maneira homogênea. (BRAGA et al, 2001)

         Levando em conta as indústrias desses países desenvolvidos que se preocupavam com o controle ambiental, a migrar a países em desenvolvimento com políticas menos abrangentes e de controle mais ameno ou mesmo inexistentes. Visto que em seus países sede, as legislações ambientais exigiam altos investimentos em tecnologia, principalmente para a prevenção de possíveis acidentes ambientais. Por consequência, os episódios envolvendo o aumento das concentrações de poluentes atmosféricos passaram dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento. Não se abstendo-se de possíveis discussões em países desenvolvidos, devido sua crescente preocupação com o aprimoramento de modelos. Como o conhecimento científico adquirido tem influenciando as políticas públicas de controle ambiental nesses países (BRAGA et al, 2001).         
        
O evento de inversão térmica afeta criações , levando-as à morte, essa situação ocorreu no estado do Mato Grosso do Sul, foram registrados 16 surtos que ocorreram de agosto de 2000 a julho de 2010 em 13 cidades do estado, após um evento de inversão térmica os proprietários encontraram bovinos mortos em decorrência de hipotermia.Em todas as ocorrências houve queda brusca de temperatura em um período curto de tempo, foram registrados muita chuva e vento forte, os animais eram encontrados mortos no dia seguinte de quando ocorria queda brusca de temperatura.

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