Pcr Reaçao
Exames: Pcr Reaçao. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SARAJEISEL • 12/9/2014 • 578 Palavras (3 Páginas) • 398 Visualizações
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Técnicas de PCR: Aplicações e Padronização
de Reações
BSc. Daniel Perez Vieira
(Protozoologia-IMTSP/ Laboratório de Biologia Molecular-IPEN)
Aula 1 - PCR: Princípios e tipos de Reação
Breve Histórico
Desenvolvida por Saiki, et al. (1985) e principalmente por Mullis, et al. (1987).
Kary Mullis, que percebeu que possuía uma importante ferramenta em mãos,
tentou publicar seus experimentos nas duas revistas científicas mais importantes
do mundo, a Science, americana, que prontamente lhe negou a publicação, e a
Nature, britânica, que procedeu da mesma forma. Mullis, resignado, conseguiu
publicar então seu artigo sobre amplificação do gene da β-globina humana na
Methods in Enzymology, de impacto infinitamente menor.
Apesar dos fracassos iniciais, a Perkin-Elmer Cetus, uma reconhecida empresa
de insumos para pesquisa comprou-lhe a patente, o que lhe rendeu bons lucros,
não antes de ser agraciado com o prêmio Nobel de Química em 1993.
Hoje a Perkin-Elmer repassou os direitos à Roche Molecular Systems (valor da
compra: US$ 300.000.000,00), que possui todas as patentes envolvidas no
processo de PCR, inclusive as relacionadas aos termocicladores convencionais.
Porém, a tecnologia tornou-se tão difundida que o custo de pagamento da patente
tornou-se acessível às suas concorrentes, e a variedade de reagentes e aparelhos
atualmente no mercado é grande.
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Na verdade, Saiki já havia descrito a técnica, mas Mullis inovou: Conseguiu
especificidade na cópia de apenas segmentos específicos, introduzindo o conceito
de primer de PCR, e na utilização de uma DNA polimerase termoestável. Até
então, a precursora da PCR demandava grandes quantidades de enzima,
adicionadas a cada ciclo de amplificação. Além disso, desenvolveu-se vários
equipamentos para a automatização da adição da enzima após cada ciclo, todos
de custo elevadíssimo (os primeiros “termocicladores”). Mullis utilizou a então
recém descrita Taq, DNA polimerase termoestável isolada da bactéria de fontes
termais Thermus aquaticus. Esta enzima se mantém estável em temperaturas de
até 117ºC, com temperatura ótima de 72ºC. Estes dois passos tornaram a técnica
muito mais fácil de se realizar.
Porém, a realização manual dos ciclos de temperatura, banhando-se um rack de
tubos em vários banhos-maria de temperaturas diferentes, ainda constituía um
fator dificultante do processo. Em 1989, o DNA Thermal Cycler apareceu como o
primeiro termociclador automático. Até hoje, a maioria dos termocicladores
automáticos funciona com o mesmo princípio: aquecimento por resistências
elétricas e refrigeração com ventoinhas e tubulações em serpentina
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