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Resumos do P3 – Biossegurança: Medidas Preventivas

Por:   •  17/3/2020  •  Resenha  •  1.769 Palavras (8 Páginas)  •  240 Visualizações

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Resumos do P3 – Biossegurança: medidas preventivas

Biossegurança, o que é? https://portal.fiocruz.br/noticia/biosseguranca-o-que-e

Trata-se da prevenção, o controle e a redução de riscos (ou até mesmo eliminação deles) porventura promovidos por certas atividades, visando a preservação da saúde humana e animal, assim como do meio ambiente e a qualidade de produtos desenvolvidos.

Tais atividades podem ser:

  1. ensino
  2. pesquisa
  3. desenvolvimento tecnológico
  4. prestação de serviços
  5. produção

BIOSSEGURANÇA em laboratórios http://www.ufma.br/portalUFMA/arquivo/3c85c88c4fc6e33.pdf

Conceito: conjunto de ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos que visavam reduzir ou eliminar os riscos de atividades de ensino, pesquisa, produção, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam agredir a saúde humana, dos animais, o meio ambiente e/ou a qualidade dos produtos.

Princípios da biossegurança

  • principal objetivo: promover um ambiente de trabalho com contenção de riscos, de modo a reduzir ou eliminá-los
  • contenção: métodos de segurança quando há manipulação de materiais infecciosos ou com riscos inerentes a eles
  1. contenção primária: proteger trabalhador e ambiente de trabalho. Meios: práticas microbiológicas seguras + uso adequado de equipamentos de segurança;
  2. contenção secundária: proteger o ambiente externo da contaminação do laboratório. Meios: estrutura física do local + descarte de resíduos + limpeza + desinfecção.

Tipos de riscos

  • riscos físicos: diversas formas de energia geradas por equipamentos do ambiente de trabalho. Ex: ruídos, vibrações, pressões anormais, altas temperaturas, radiações, ultrassom, etc.
  • riscos biológicos: amostras provenientes de seres vivos, incluindo o humano. Ex: urina, sangue, biópsia, etc.
  • riscos de acidentes: fatores que possam afetar o bem estar e a integridade físicas do trabalhador ou aluno. Ex: incêndio, explosão, armazenamento inadequado, equipamentos sem proteção, etc.
  • riscos químicos: provenientes de materiais que podem ser inalados, ou  ser absorvidos por meio da pele ou da ingestão.
  • riscos ergonômicos: fatores que possam causar desconforto ou afetar a saúde do trabalhador ou aluno. Ex: cadeiras, prateleiras, altura de balcões, etc.

Métodos de controle de agentes de riscos

  • Boas práticas de laboratório (BPL):
  1. conhecer os riscos presentes no lab e ser treinado quanto aos procedimentos de biossegurança, além de seguir as regras relacionadas a ela;
  2. manter o lab limpo e organizado, assim como limitar o acesso a ele (nada d crianças);
  3. trabalhadores ou alunos imunizados;
  4. estar sempre acompanhado para caso preciso de auxílio em algum acidente;
  5. uso de roupas protetoras, assim como de luvas em caso de manipulação de materiais biológicos;
  6. não tocar com a luva de trabalho em nada, para assim evitar contaminação – nada de rostos, maçanetas, materiais diferentes, etc;
  7. jalecos são restritos ao espaço do lab, nada de usar em outros ambientes inapropriados;
  8. sapatos fechados;
  9. óculos de segurança em caso de espirrar material infectante ou haver contusão com outro material;
  10. amarrar cabelos compridos e evitar bijus/joias;
  11. lavar mãos após manipulação de materiais e o uso de luvas;
  12. cuidado com a manipulação de objetos perfuro-cortantes, entre eles, a agulha;
  13. não transitar com material patogênico sem o devido acondicionamento;
  14. não levar comida nem bebida para o lab;
  15. descontaminar materiais antes do reuso ou descarte;
  16. cabine de segurança biológica durante manipulação de material infeccioso;
  17. colocar materiais com contaminação biológica em recipiente que não permita vazamento, antes de descartar;
  18. criar um Procedimento Operacional Padrão (POP).
  • Equipamentos de segurança

Equipamento de Proteção Individual (EPI): dispositivo de uso pessoal que visa prevenir ou limitar o contato entre o sujeito e o material infectante, a fim de proteger sua saúde e integridade física.

  • Luvas
  1. usar sempre que entrar em contato com material biológico;
  2. diferentes tipos de luvas para temperaturas diferentes;
  3. luvas grossas de borracha para limpeza;
  4. não usá-las fora do lab;
  5. usá-las não dispensa a lavagem das mãos;
  • Jaleco
  1. obrigatório e restrito ao lab;
  2. manga comprida, cobrir até os joelhos e estar abotoado.
  • Óculos de proteção e protetor facial: contra gotas, impacto, borrigos, etc.
  • Máscaras e respiradores
  • Dispositivos de pipetagem

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): recursos que promovem a proteção da equipe do lab, do meio ambiente e da pesquisa envolvida.

  • Cabine de Segurança Biológica (CSB)
  • Capela química – controla o fluxo de ar, reduzindo as chances de inalação e consequente contaminação
  • Chuveiro de emergência
  • Lava-olhos
  • Extintor de incêndio

Níveis de Biossegurança

file:///C:/Users/Gabriela/Documents/Rainha/UEFS/1%C2%AA%20s%C3%A9rie%20-%20med%20UEFS/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20ao%20Estudo%20da%20Medicina/P3/4-N%C3%8DVEIS-DE-BIOSSEGURAN%C3%87A-APLICADOS-%C3%80-SA%C3%9ADE.pdf

Organizados de forma crescente em nível de riscos.

Visa proteger as pessoas, o lab, o ambiente e a comunidade.

  • Nível de Biossegurança 1 (NB-1)
  1. pouca probabilidade de causar doenças (a humanos ou animais);
  2. risco mínimo ao pessoal do lab;
  3. trabalho feito em bancada;
  4. sem equipamentos de proteção específica;
  5. necessita de treinamento adequado para a equipe;
  6. segurança individual: acesso limitado, lavagem de mãos ao retirar luvas, uso de jaleco, sapato fechado, calça longa, unha curta, cabelo preso e capacitação para as atividades;
  7. segurança coletiva: sinalização do grau de risco, o tipo, chuveiros de emergência, capelas e extintores de incêndio, imunização adequada dos profissionais de saúde, recipientes com sangue devem ser descontaminados por meio de autoclave, perfuro-cortantes em recipientes fechados.
  • NB-2
  1. labs com manipulação de micro-organismos causadores de doenças leves no homem, mas não oferece risco sério ao profissional, à comunidade e nem ao meio ambiente;
  2. treinamento específico para o manipulador do material patogênico;
  3. acesso ao lab limitado;
  4. armazenamento e descarte adequados de objetos cortantes/pontiagudos;
  5. lavagem das mãos antes e depois;
  6. descontaminação das bancadas;
  7. sinalização de risco biológico;
  8. esterilização da cultura antes do descarte;
  9. funcionários devidamente imunizados e/ou examinados em relação aos agentes manipulados no lab;
  • NB-3
  1. há manipulação de patógenos que causam doenças sérias no homem, mas que são tratáveis;
  2. agentes infecciosos manipulados em cabines de segurança biológica (ou qlqr dispositivo de contenção física);
  3. uso de EPI por parte do manipulador;
  4. devido treinamento aos funcionários, com supervisão de um cientista experiente com os patógenos;
  5. porta constantemente fechada, lab separado de áreas de trânsito do prédio;
  6. descontaminação dos equipamentos e treinamento específico dos funcionários.
  • NB-4
  1. há manipulação de patógenos que podem causar doenças fatais e sem tratamento;
  2. acesso ao lab rigorosamente controlado, além de que o lab tem que ser isolado no prédio;
  3. toda a equipe deve ser muito bem treinada e usar EPI;
  4. são obedecidas todas as normas do NB-3 e tem mais ainda;
  5. nada sai da contenção, a menos que tenha sido esterilizado;
  6. acesso com portas hermeticamente fechadas;
  7. superfícies de trabalho descontaminadas um vez ao dia (mínimo);
  8. materiais a ser usados devem ser previamente descontaminados;
  9. só deve entrar no lab quem lá trabalha e, nesses dois processos, deve usar o chuveiro de segurança, além de trocar de roupa.

Utilização de EPIs: evitar a infecção por parte do profissional

  • luvas, jalecos e aventais: quando há contato direito com os materiais;
  • óculos de proteção: manipulação de fluidos potencialmente infectantes.

Emprego dos EPCs

  • chuveiro de emergência/lava-olhos: lavar regiões do corpo atingidos para impedir a contaminação;

Boas práticas: imunização da equipe, descarte de materiais cortantes em recipientes rígidos e fechados

ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/272/273

  • 73%  das  pessoas  saem  do    banheiro  com  as mãos contaminadas (90% por Escherichia coli), após duas horas 77% exibem o mesmo germe na boca;
  • 50% das pessoas saem do banheiro sem lavar as mãos quando estão sozinha; quando acompanhadas, esse número cai pra 9%. Ou seja, sabem o que é certo, mas continuam fazendo o errado;
  • assepsia: medidas que impedem a inserção de micro-organismos em ambientes que não os contêm;
  • antissepsia: medidas que visam inibir o crescimento de micro-organismos num tecido vivo, ou até mesmo eliminá-los, podendo ou não matá-los. Ex: álcool na hora de fazer exame de sangue;
  • degermação: diminuição do número de micro-organismos, patógenos ou não, após escovação da pele com água e sabão;
  • desinfecção: destruição ou inibição de germes patogênicos, assim como de suas toxinas;
  • esterilização: destruição de todas as formas de vida microscópicas;

Manual de Biossegurança

https://drive.google.com/drive/folders/1GCEA4eNJYxVhXI2jufvw9xKBD_C9XAUf

Biossegurança em hospitais:

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