A Estrutura normal do glicogênio hepático
Por: Marcela Maria • 1/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.168 Palavras (5 Páginas) • 527 Visualizações
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ELIANA BORGES
MARCELA MARIA
CASO CLINICO
Trabalho de Bioquímica II apresentado como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Bioquímica II do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos de Araguari.
Professora: Mirian
ARAGUARI - MG
2015
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ELIANA BORGES
MARCELA MARIA
CASO CLINICO
ARAGUARI-MG
2015
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- Qual a estrutura normal do glicogênio hepático?
É uma molécula ramificada, constituída por unidades de glicose em ligação glicosídica α-1-4, com ramificação onde a ligação é α-1-6.
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Referêcia:http://www2.iq.usp.br/docente/nadja/Metabolismo_glicogenio.pdf
2- Que modificações nesta estrutura acompanhariam uma deficiência na enzima ramificadora (Doença de Andersen)?
A deficiência da enzima ramificadora, tem origem em uma anomalia genética, ou seja, é causada por um gene autossômico recessivo e é considerada como uma moléstia rara, esse gene afeta a produção da enzima amilo
(α-1,4 α--1,6)trans-glicosidase, causando uma amilo-pectinose no individuo afetado.
Neste caso o glicogênio não é ramificado, assim, adquire uma forma muito longa, ou seja, não apresenta as ligações a -1,6 glicosídicas, que permite a condensação do glicogênio que, dessa forma, torna-se menos eficiente na sua função de armazenar a glicose e, ao ser lisada, a liberar glicoses.
Referência:
3- Explique as razões para os episódios de hipoglicemia de jejum.
Doença de Von Geirke: Com a deficiência da glicose-6-fosfatase a glicose-6-fosfato principal produto da glicogenólise e gliconeogenese não pode ser convertida em glicose livre, o que torna impossível a travessia desta pela membrana citoplasmática. Como consequência apenas 8 a 10% da glicose retirada do glicogênio pode ser usada para o controle da glicemia, sendo que essa glicose é proveniente da quebra das ligações α-1,6. Com isso o fígado não é capaz de manter os níveis de glicose no sangue normais, ocorrendo a hipoglicemia.
Doença de Cori: Caracterizada pela deficiência da enzima desramificadora. A degradação do glicogênio ocorre devido a uma hipoglicemia leve.
Presença de atividade residual da enzima; presença da enzima amilo-1,6-glicosidase, a qual é responsável pela liberação de cerca de 8-10% da glicose produzida pelo fígado; presença da a-glicosidase ácida que libera todo o glicogênio degradado pelo lisossomo na forma de glicose.
Referência: http://www.hepcentro.com.br/glicogenoses.htm
http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=584
4- Quais seriam as razões para:
a) Aumento dos ácidos graxos livres:
A doença de Von Geirke ocorre devido o fígado não conseguir suprir a necessidade de glicose que o organismo precisa, então ele busca novos caminhos para conseguir esta energia necessária e faz com que os ácidos graxos se quebrem, consequentemente ocorre o aumento da sua concentração na sua forma livre, e assim as células conseguem energia.
Referência: http://www.mendelics.com.br/hipoglicemia-disturbios-glicose/
b) A cetonemia (aumento dos corpos cetônicos circulante):
Casos como jejum prolongado, resultam em uma superprodução de corpos cetônicos, à qual se associam sérios problemas médicos. Durante o jejum, a gliconeogênese retira a maior parte dos intermediários do ciclo de Krebs, redirecionando o acetil-CoA para a produção de corpos cetônicos. A insulina está presente em ínfimas quantidades, e os tecidos extra-hepáticos não conseguem captar a glicose da corrente sangüínea de forma eficiente. Para aumentar o nível de glicose no sangue, a gliconeogênese hepática é acelerada, o que também ocorre com a oxidação dos ácidos graxos no fígado e na musculatura, gerando uma produção de corpos cetônicos acima da capacidade de sua oxidação pelos tecidos extra-hepáticos.O aumento nos níveis sangüíneos do acetoacetato e D-β-hidroxibutirato diminuem o pH sangüíneo, resultando em uma acidose, condição que pode provocar o coma, em casos extremos, e até evoluir para a morte.
Referência: Lehninger Princípios da Bioquímica – David L. Nelson, Michel M. Cox. 3 edição, 2002.
c) A acidose metabólica?
A presença de glicose-6-fosfato em excesso no fígado dispara a glicólise, com o excesso de piruvato produzido o tecido não pode ser suprido de oxigênio suficiente para suportar toda a oxidação aeróbica desse nutriente. Com isso utiliza-se o metabolismo anaeróbico com produção de lactato, levando ao aumento dos níveis de lactato e piruvato no sangue.
Em situações normais o lactato é convertido no fígado em glicose por um ciclo de reações chamado de ciclo de Cori, realizando o processo de gliconeogênese, porém isso não ocorre na glicogenose tipo 1a, aumentando os níveis de lactato cerca de quatro vezes acima dos valores normais.
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