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Plantas Tóxicas e Alucinógenas

Por:   •  10/12/2021  •  Resenha  •  5.573 Palavras (23 Páginas)  •  155 Visualizações

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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

CURSO DE FARMÁCIA E BIOQUÍMICA – 2º PERÍODO

TRABALHO DE QUÍMICA ORGÂNICA II

PLANTAS TÓXICAS E ALUCINÓGENAS

JUIZ DE FORA – 2021

INTRODUÇÃO

Denomina-se planta tóxica todo o vegetal que, introduzido no organismo do homem ou de animais, seja capaz de danos que se refletem na saúde e vitalidade desses seres.

Todo vegetal é potencialmente tóxico.

A planta tóxica ocasiona um desequilíbrio que se traduz no paciente como sintomas de intoxicação.

Indagações sobre ingestão de plantas constituem cerca de 10% das chamadas aos centros de controle de veneno - nos EUA. Apenas uma pequena fração delas está associada com a ocorrência de intoxicações.

A maioria das intoxicações envolvem crianças de 3 anos de idade ou menores.

A idade da vitima sempre dá a indicação precisa da planta envolvida.

Os bebês estão expostos principalmente às plantas ornamentais presentes no interior das casas.

Crianças maiores, na idade escolar estão expostas também às plantas de jardim. Elas são atraídas por sementes coloridas ou plantas que são usadas como alimento quando brincam de casinha. Essas plantas geograficamente são mais variáveis.

A busca de plantas e fungos com propriedades alucinógenas por adolescentes e adultas tem resultado na ocorrência de intoxicações graves.

Intoxicações severas têm sido observadas após consumo de plantas silvestres impropriamente selecionadas como alimentos.

As plantas têm sido também usadas nas tentativas de suicídio e práticas de aborto.

As lojas de produto naturais, onde são encontrados alimentos e plantas medicinais, têm se revelado, recentemente, fontes de materiais de plantas potencialmente tóxicos. Nela têm sido encontrados ingredientes rotulados de forma incorreta ou contendo mais de uma planta.

Em algumas preparações de plantas medicinais tem sido encontrada a presença de fármacos que são a ela adicionados mas que não constam nos rótulos.

1 – EFEITOS TÓXICOS PRODUZIDOS POR TOXINAS DE PLANTAS NO HOMEM

Matos, F. J. A. em seu artigo intitulado: Riscos na utilização de plantas medicinais denomina terapia livre, o hábito de tratar doenças através de cascas, folhas e raízes sob orientação semi¬leiga ou por automedicação.

Segundo esse autor um aspecto importante da terapia livre é a possibilidade das plantas medicinais possuírem princípios ativos tóxicos. Sendo assim, o uso dessas plantas de forma inadequada pode se constituir em um sério risco para a saúde do homem. As substâncias tóxicas, em sua maioria, ocorrem naturalmente em algumas plantas, outras vezes podem se formar em sua preparação ou conservação impróprias.

Matos, F. J. A. chama a atenção para o fato de que vários microorganismos encontram ambiente favorável para o seu crescimento na matéria vegetal alimentícia ou medicinal, mal conservada e constituída de folhas, raízes, cascas, sementes, etc.

Diversos tipos de fungos produzem, como resultado do seu metabolismo, substância potencialmente muito tóxicas. As aflatyoxinas, por exemplo, são produzidas por certas linhagens de AspergiIIus flavus e Aspergilus parasiticos. Esses fungos são amplamente disseminados no ambiente e potencialmente capazes de contaminar uma grande variedade de alimentos. Essas micotoxinas são contaminastes muito comuns do amendoim (é praticamente impossível a obtenção de amendoim isento de aflatoxinas).

A ingestão de alimentos contaminados com baixos teores dessas micotoxinas (teores da ordem de ppb) com certa freqüência a longa prazo leva, via de regra, ao aparecimento de carcinoma hepático. Por outro lado a ingestão de alimentos com alto grau de contaminação (da ordem de ppm) produz em geral a curto prazo efeitos caracteristicamente hepatotóxicos (degeneração gordurosa e necrose ). As aflatoxinas situam-se entre os mais potentes carcinógenos para o homem.

Finalmente deve ser ressaltado o fato de que em muitos casos de intoxicações ocorridas após a ingestão de plantas, estavam envolvidas plantas inofensivas que foram previamente tratadas com praguicidas ou fertilizantes.

2 – INTOXICAÇÃO SISTÊMICAS POR PLANTAS VASCULARES

2.1 - PRINCÍPIOS GERAIS

Em qualquer averiguação sobre ingestão de plantas, esforços devem ser feitos para identificar a planta, a parte ou partes da planta envolvidas e a quantidade aproximada ingeridas.

Após a ingestão de cogumelos ou plantas tóxicas conhecidas (outras que não aquelas que produzem somente irritação oral), nos casos sintomáticos recomenda-se o esvaziamento do estômago.

Levando em consideração o tamanho das partículas de plantas, a indução de vômito pelo uso de xarope de ipeca e água é, provavelmente, mais eficaz do que a lavagem gástrica.

A seguir deve ser feita a instalação de carvão ativado.

Como na maioria dos casos de intoxicação, o tratamento é usualmente sintomático. Monitorização especial e terapia com fármacos específicos são indicados em algumas situações.

Uma conduta importante no tratamento pediátrico é prover hidratação adequada.

A maioria das plantas tóxicas, a despeito de outros efeitos tóxicos mais importantes, causa a perda de água através do vômito ou diarréia.

As crianças em particular são sensíveis a tais perdas e podem morrer após a ingestão de plantas que causam simples irritação gastroentérica.

Outro efeito que passa desapercebido na intoxicação por plantas é a diminuição (volume pulmonar) - (grau de velocidade ou marcha respiratória). pode mostrar-se inalterada mas com uma toxina age como um relaxante muscular.

O jasmim amarelo (Gelsemium sempervirens) é exemplo de uma planta que pode causar severa redução do volume pulmonar; o que se não for corrigido pode resultar em súbita parada respiratória e colapso cardíaco.

O diagnóstico de intoxicação por planta,

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