A Coordenação Motora

Conclusão parte 1

Fixando os limites na discussão deste trabalho, procuramos delinear as questões específicas que suscitaram os pontos para as reflexões aqui desenvolvidas: Primeiro, o modelo educacional de formação de professores vigente no país tem se mostrado, na prática, ainda bastante deficitário. Dessa forma, cresce a preocupação, estudos e pesquisas voltados para minimizar tal situação. Sendo que a questão dos professores, no âmbito de sua formação e qualificação profissional é bastante complexa e está profundamente ligada a contextos sociais e culturais, necessitando do rompimento de antigos paradigmas neste âmbito. Outro ponto relevante, é a grande luta travada por entidades preocupadas em legitimar e valorizar nossa profissão, como entidades como ANFOPE, aqui tratada. Contudo, observamos discursos antagônicos entre alguns discursos identificados em documentos oficiais que propiciam cada vez mais debates sobre a temática. Em contrapartida, temos alguns indícios de mudanças no meio educacional, no que se refere a conquistas de algumas lutas em defesa dos interesses dos profissionais da educação, até mesmo a oportunidade de abertura de debates sobre o tema que já se constitui como vitória. Porém, muito ainda precisa ser feito, necessitamos ter em mente a relevância de uma formação sólida, teórica, reflexiva e interdisciplinar, desencadeando uma unidade entre teoria e prática constante dos professores da educação básica, revendo não só os currículos iniciais de formação, como também os cursos de formação continuada, os encaminhamentos dados a partir de quando o profissional da educação sai com sua formação inicial, pois o profissional da educação não sai totalmente preparado para resolver todas as questões que a profissão irá exigir e (principalmente as competências impostas e requeridas pelos discursos oficiais).

Finalizando, nossa pesquisa, e sabendo certamente que a mesma abre espaço para muitos e muitos outros estudos no âmbito de políticas de formação de professores, à guisa de conclusão, ressaltamos a importância de haver subsídios necessários aos docentes para se que obtenha uma práxis competente, ou seja, que a formação em serviço esteja sempre orientada para uma prática reflexiva e autônoma; que se multipliquem as oportunidades dos professores de elaborarem os esquemas gerais de reflexão e ajustes para a sua atuação e transformação social. Os novos desafios que esses profissionais vão enfrentar, vão requerer, cada vez mais, tudo o que ele apreendeu no curso de formação e até mais, habilidades para resolver problemas do cotidiano que vão além das teorias de sala de aula, e apontam para a necessidade de uma reflexão crítica sobre a própria profissão e sua relação com a realidade.