A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Debora De Jesus • 14/5/2020 • Monografia • 2.254 Palavras (10 Páginas) • 198 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Débora Pereira de Jesus 1
Gilmar Luis Mazurkievicz 2
Resumo: Este estudo busca através de pesquisas bibliográficas e de campo, realizada por meio de entrevista com vinte pessoas do círculo social, responder questionamentos sobre a importâcia do brincar na educação infantil, levando em consideração seu papel como agente de socialização, seus benefícios, e várias outras informações que levam à conclusão de que tal atividade é realme nte significativa para o desenvolvimento psicomotor da criança.
Palavras-chave: Educação infantil. Psicomotor. Brincar. Brincadeiras lúdicas.
Abstract: This study seeks through bibliographic and field research, conducted through interviews with twenty people from the social circle, to answer questions about the importance of playing in early childhood education, taking into consideration its role as a socialization agent, its benefits, and several Other information leads to the conclusion that such activity is really significant for the child's psychomotor development.
Key words: Child education. Psychomotor. Play. Playful games.
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da criança desde os primeiros dias de vida é considerado objeto de estudo de diversos pesquisadores. Ao longo do curso tenho levantado certos questionamentos ao papel desempenhado pelo ato de brincar no desenvolvimento das crianças. Crianças que brincam desde cedo se desenvolvem mais rápido? As crianças possuem brinquedos que são apegadas e não ficam longe? Os familiares acham importante que a criança brinque? As crianças preferem brincadeiras lúdicas ou brinquedos? Há diferença no desenvolvimento de crianças que possuem preferência por brincadeiras lúdicas ao invés de brinquedos? Levando em consideração esses aspectos, o principal objetivo desse estudo é responder essas e várias outras dúvidas sobre a importância do brincar na educação infantil, entendendo o conceito de brincar e suas contribuições sociais, psicológicas e motoras no desenvolvimento da criança desde os primeiros dias de vida, além do papel do professor como agente transformador e auxiliador nesta fase.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 O CONCEITO DE BRINCAR
A brincadeira é definida de diferentes formas pelos autores, mas sempre apresentam relação direta com as manifestações sociais e culturais do cenário em que a criança se encontra inserida.
Segundo Kishimoto (2002), a brincadeira é uma atividade realizada pela criança desde seu nascimento no âmbito familiar e social com outras crianças, sem apresentar inicialmente objetivos educativos ou de aprendizagem pré-definidos.
De acordo com Brougère (1998), por estar em constante desenvolvimento, a criança realiza e estrutura suas brincadeiras de acordo com sua capacidade psicomotora, apresentando diferentes possibilidades de comunicação, expressão e formas de se relacionar em cada faixa etária, se desenvolvendo e avançando mais nos primeiros seis meses de vida do que nas demais fases.
Ao longo de seu desenvolvimento, são adquiridas novas e diferentes aptidões no contexto do exercício social, que irão facilitar a compreensão do mundo em que estão inseridas. O brincar é considerado como atividade fundamental em seu cotidiano, uma vez que é uma importante ferramenta para sua construção social, pois através dela se desenvolve não só a expressão de sentimentos, como também a tomada de decisões, o autoconhecimento, o ato de partilhar com seus pares, entre vários outros itens relevante para a formação do ser.
A partir da análise dessas informações surgiu a primeira pergunta que constitui o questionário que fundamenta esta pesquisa “A criança teve algum brinquedo na infância que era apegada emocionalmente e acabou auxiliando em seu desenvolvimento? Se sim, qual?”. Para apresentar os dados obtidos após essa pergunta foi confeccionado um gráfico com os resultados obtidos, sendo eles:
Figura 1 – Quais são os brinquedos que as crianças mais se apegam na infância?
[pic 1]
No Brasil atualmente são determinados pelas Diretrizes Curriculares de Educação Infantil diversas orientações para práticas pedagógicas, entre elas a que é primordial que haja interação (com professores, outras crianças, brinquedos, materiais, família e outros) em qualquer brincadeira realizada, sempre respeitando os desejos e limitações das crianças. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define que: “Art.53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1990).
2.2 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
A indústria tem produzido cada vez mais brinquedos com fins pedagógicos, conquistando e atraindo as crianças por suas formas e cores. Mas ser atrativo não deve ser o único requisito para sua compra, sendo necessário não promover a estimulação de preconceitos de gênero, classe social ou etnia, além de ser duas vezes maiores e mais largos que a mão fechada da criança, sem cordas ou cordões, sem bordas cortantes ou pontas, entre vários outros que garantem a segurança e a evolução social adequada para a criança.
São importantes no desenvolvimento não só os brinquedos desenvolvidos artesanalmente ou comprados em lojas diversas, mas também as brincadeiras lúdicas onde há o desenvolvimento da psique da criança entre três e sete anos, onde o faz-de-conta é a atividade que mais desperta interesse entre elas.
Piaget (1978) afirma que a brincadeira de faz-de-conta:
“está intimamente ligada ao símbolo, uma vez que por meio dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estes trazem como temática para essa brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou personagens de televisão (p.76).”
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