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Compreender como são mensuradas a energia, o trabalho e a potência

Por:   •  2/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  431 Visualizações

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

BACHARELADO

Disciplina: BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO

Tarefa: ATIVIDADE NO PORTFÓLIO

Nome:

RA:

Turma:

Parecer do Tutor:

Atividade no Portfólio

Objetivo

  • Compreender como são mensuradas a energia, o trabalho e a potência.
  • Identificar como o gasto energético é mensurado e quais os sistemas de controle do corpo e como eles funcionam durante o exercício.
  • Conhecer as respostas metabólicas durante a recuperação do exercício físico.
  • Compreender como ocorrem as respostas metabólicas durante diferentes tipos de exercícios físicos, como é estimado a utilização do nutriente durante o exercício físico.
  • Descrever os fatores determinantes na seleção dos nutrientes.

Descrição da atividade

Fundamentado nas leituras propostas, responda às questões a seguir e poste suas considerações no Portfólio para apreciação do tutor. O aluno deve consultar somente a Referência: POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao exercício – guia do estudante. 8 ed. São Paulo: Manole, 2014. (“Minha Biblioteca”).

Não será permitida, sob-hipótese alguma, a consulta ou cópia de conteúdos de sites da internet, outros livros ou trabalhos, tendo o trabalho zerado e sem oportunidade de refazê-lo.


  1. Explique, com as suas palavras, o que é calorimetria direta e indireta (Capítulo 1).

A calorimetria direta utilizar a mensuração da produção de calor como indicação da taxa metabólica. Essa técnica envolve a colocação do indivíduo em uma câmara apertada (denominada calorímetro), isolada do meio ambiente (em geral, por um revestimento de água ao redor da câmara), e permite a ocorrência de troca livre de O2 e CO2 a partir da câmara. O calor do corpo do indivíduo eleva a temperatura da água que circula ao redor da câmara. Assim, ao mensurar a mudança de temperatura por unidade de tempo, a quantidade de produção de calor pode ser calculada. Em adição, o indivíduo perde calor por evaporação da água da pele e vias respiratórias. Essa perda de calor é mensurada e somada ao calor total assimilado pela água, para render uma estimativa da taxa de utilização de energia do indivíduo.

Já a calorimetria indireta estima a taxa metabólica via medida do consumo de oxigênio. Dada a existência de uma relação direta entre o O2 consumido e a quantidade de calor produzida no corpo, à mensuração do consumo de O2 fornece uma estimativa da taxa metabólica. Para converter a quantidade de O2 consumida em equivalentes de calor, é necessário saber o tipo de nutriente (carboidrato, gordura ou proteína) que foi metabolizado.

  1. Faça um resumo do sistema anaeróbio alático (ATP-CP), sistema anaeróbio lático (glicólise) e sistema aeróbio (capítulo 3). © Arquitetura da Informação e Usabilidade Claretiano - Centro Universitário | 12.

A combinação de ATP armazenado e PC é denominada sistema ATP-CP ou “sistema do fosfogênio”. Esse sistema fornece energia para contração muscular no início do exercício e durante o exercício de alta intensidade e curta duração (duração inferior a 5 segundos). A formação de novo de PC requer ATP e somente ocorre durante a recuperação do exercício.

Uma segunda via metabólica capaz de produzir ATP rapidamente sem envolvimento de O2 é denominada glicólise. A glicólise envolve a quebra de glicose ou glicogênio para formação de duas moléculas de piruvato ou lactato. A glicólise é uma via anaeróbia usada para transferir energia de ligação da glicose para reunir o Pi ao ADP. Esse processo envolve uma série de reações acopladas e catalisadas por enzimas. A glicólise ocorre no sarcoplasma da célula muscular e produz um ganho líquido de duas moléculas de ATP e duas moléculas de piruvato ou lactato por molécula de glicose.

A produção aeróbia de ATP ocorre dentro da mitocôndria e envolve a interação de duas vias metabólicas cooperativas: o ciclo de Krebs e a cadeia de transporte de elétrons. A função primária do ciclo de Krebs é completar a oxidação (remoção de hidrogênio) de carboidratos, gorduras ou proteínas usando NAD+ e FAD como transportadores de hidrogênio (energia). A importância da remoção do hidrogênio está no fato de os hidrogênios (por causa dos elétrons que possuem) conterem a energia em potencial presente nas moléculas de alimentos. Essa energia pode ser usada na cadeia de transporte de elétrons para combinar ADP + Pi e assim formar de novo ATP. O oxigênio não participa das reações do ciclo de Krebs, mas é o último aceptor de hidrogênio no fim da cadeia de transporte de elétrons (há formação de água: H2 + O → H2O). O processo de produção aeróbia de ATP é denominado fosforilação oxidativa. Convém pensar na produção aeróbia de ATP como um processo de três estágios: estágio 1 consiste na geração de uma molécula central composta por dois carbonos, acetil-CoA; 2 é a oxidação da acetil-CoA no ciclo de Krebs; e 3 é o processo de fosforilação oxidativa (formação de ATP) na cadeia de transporte de elétrons (cadeia respiratória).

  1. O que é o consumo de oxigênio pós-exercício (EPOC) (Capítulo 4).

O consumo de oxigênio requer alguns minutos para atingir o nível exigido, no qual os processos aeróbios são totalmente funcionais, mas as demandas do corpo aumentam acentuadamente no momento em que o exercício começa. Como a necessidade de oxigênio e seu suprimento no corpo diferem durante a transição do repouso ao exercício, o corpo sofre um déficit de oxigênio até em atividades físicas de baixa intensidade. Esse déficit pode ser calculado como a diferença entre o oxigênio necessário para uma taxa de trabalho e o oxigênio realmente consumido. Do ponto de vista histórico, o termo débito de oxigênio é aplicado ao consumo de oxigênio elevado (acima dos níveis de repouso) após o exercício. Durante os minutos imediatamente posteriores ao exercício, a despeito de o trabalho dos músculos serem interrompido, a demanda de oxigênio não diminui de imediato e permanece elevada durante um tempo. Esse consumo em excesso, recebia tradicionalmente o nome de débito de oxigênio. Vários pesquisadores argumentaram que o termo débito de oxigênio deveria ser eliminado da literatura, pois o consumo de oxigênio elevado subsequente ao exercício não parece ser totalmente devido a um “empréstimo” de oxigênio a partir das reservas corporais de oxigênio. Nos últimos anos, foram sugeridos diversos termos para substituição. Um desses termos é o EPOC (excess post-exercise oxygen consumption), que indica o “consumo excessivo de oxigênio pós-exercício”.

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