Fundamentos da Educação Inclusiva
Por: ricardomalmeida • 5/10/2015 • Trabalho acadêmico • 722 Palavras (3 Páginas) • 596 Visualizações
Vitória da Conquista, 17/08/2015 Bahia, Brasil.
Querido amigo Antônio,
Como estão as coisas por ai? Aqui está tudo muito bem. Estou lhe escrevendo para lhe contar uma novidade, eu ingressei na área do ensino nas escolas da rede estadual e estou gostando muito dessa experiência, principalmente porque estou trabalhando com a educação inclusiva, que é muito gratificante. Vou lhe contar um pouco dessa minha experiência e estudos que andei realizando.
Como você sabe, já é uma realidade nas redes públicas de ensino, alunos com necessidades especiais cursarem a escola em salas de aula com inclusão. Isso é formidável, pois independentemente do tipo de carência e do grau de comprometimento, podem desenvolver social e intelectualmente na classe regular. Por isso amigo uma das primeiras coisas que tive que fazer foi realizar um estudo sobre a educação inclusiva no Brasil. Veja só o que descobrir.
No Brasil o desenvolvimento do pensamento em relação às necessidades educativas especiais só aconteceu nos últimos cinquenta anos, mas, não se desenvolvem concomitantemente em todos os países. Estas perspectivas são descritas por Peter Clough que relata sobre as evoluções diferentes desse pensamento. Ele aborda sobre cinco estágios bem sendo o primeiro chamado de: O legado psico-médico no qual observa o indivíduo como tendo de algum modo um déficit e por sua vez defende a necessidade de uma educação especial para aqueles indivíduos. A segunda é denominada corresponde a uma critica ao legado psico-médico, e defende uma construção social de necessidades educativas especiais, ela é chamada de Resposta sociológica. As Abordagens Curriculares prevaleceu na década de 70, realça o papel do currículo na solução e, para alguns escritores, eficientemente criando problemas de aprendizagem. Outra fase descrita por Clough são as estratégias de melhoria da escola a qual destaca a importância da organização sistêmica particularizada na busca de educar verdadeiramente. A última é a crítica aos estudos da eficiência que prevaleceu na década de 90, frequentemente elaborada por administradores externos à educação, elabora uma resposta política aos efeitos do modelo errante do legado psico-médico.
Outra descoberta que fiz foi distinção entre os termos integrado e inclusiva levando em conta os termos educacionais são diversificas. Vamos lá vou tentar explicar! O ensino integrado faz referência às crianças que apresentam carência em aprenderem de forma eficaz quando frequentam as escolas regulares, tendo como instrumento a qualidade do ensino. No ensino integrado, as crianças são vista como sendo portadora do problema e necessitando serem adaptadas aos demais estudantes. Por exemplo, se uma criança com dificuldades auditivas é integrada numa escola regular, ela pode usar um aparelho auditivo e geralmente espera-se que aprenda a falar de forma a poder pertencer ao grupo. Mas, não se espera que os professores e as outras crianças aprendam a língua de sinais. Em outras palavras, a integração pressupõe que a criança deficiente se reabilite e possa ser integrada, ou não obterá sucesso. O ensino inclusivo toma por base a visão sociológica de ausência e contestação, reconhece assim que todas as crianças são diferentes, e que as escolas e sistemas de educação precisam ser modificar para acolher às necessidades individuais de todos os educandos – com ou sem necessidade especial. A inclusão não significa tornar todos iguais, mas respeitar as diferenças. Isto exige a utilização de diferentes métodos para se responder às diferentes necessidades, capacidades e níveis de desenvolvimento individuais. O ensino integrado é algumas vezes visto como um passo em direção à inclusão, no entanto sua maior limitação é que se o sistema escolar se mantiver inalterado, apenas algumas crianças serão integradas.
...