MÉTODOS PEDAGÓGICOS DE ENSINO DE MODALIDADES COLETIVAS .
Por: ascfreit • 27/10/2017 • Trabalho acadêmico • 4.639 Palavras (19 Páginas) • 1.010 Visualizações
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SUMÁRIO
1 1º PARTE – Introdução: Métodos pedagógicos de ensino de modalidades coletivas 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 8
4 2º PARTE – PESQUISA DE CAMPO: Aula e entrevista na escola 9
5 Texto sobre pesquisa em campo 12
6 Produção do plano de aula 14
7 Anexos 16
REFERÊNCIAS 17
- 1º PARTE – INTRODUÇÃO: MÉTODOS PEDAGÓGICOS DE ENSINO DE MODALIDADES COLETIVAS
A Pedagogia do Esporte, na gênese de sua significância, seria aquela a dar conta de educar para a prática esportiva. Nos dias atuais, temos observado um aumento considerável nas discussões sobre as metodologias de ensino-aprendizagem dos desportos; nos jogos desportivos coletivos, inúmeros são os assuntos a serem debatidos. Contudo, ao discutirmo-la como um campo amplo de diversas possibilidades pedagógicas (ou seja, educacionais) vemos como importante aspecto a utilização da prática esportiva como um facilitador para a formação do indivíduo.
Os jogos desportivos coletivos são constituídos por várias modalidades esportivas - voleibol, futsal, futebol, handebol, pólo aquático, basquetebol - entre outros e, desde sua origem, têm sido praticados por crianças e adolescentes dos mais diferentes povos e nações. Sua evolução é constante, ficando cada vez mais evidente seu caráter competitivo, regido por regras e regulamentos (Teodorescu, 1984). Na busca por esse indivíduo autônomo e crítico às situações que vivencia é que se encontram as novas perspectivas da Pedagogia do Esporte, pois, ao ensinar o esporte para todos, ensiná-lo bem, ensinar mais do que ele próprio e ensinar a gostar de esporte (FREIRE, 2002) é que mantemos uma prática prazerosa na qual a criança/aluno sente vontade de voltar a praticá-lo e, com isso, aumenta-se sua vivência na modalidade, o que facilita o aprendizado técnico-tático intrínseco a essa prática. Assim, alguns buscariam o esporte como uma futura possibilidade profissional, enquanto atleta, e outros teriam da prática esportiva uma ferramenta de lazer, não deixando de desfrutar de seus benefícios (socialização, saúde, entre outros). Essa divisão entre o esporte profissional (esporte de alta performance) e esporte lazer é trazida por Bracht (2005), quem vê em ambos a possibilidade educacional, a qual é vista, pela constituição brasileira de 1988, em caráter separado das duas outras áreas citadas.
Isso nos remete a buscar mais profundamente como a pedagogia pode e vai contribuir para o desenvolvimento das praticas coletivas no ambiente escolar.
- DESENVOLVIMENTO
A pedagogia do esporte busca estudar esse processo, e as ciências do esporte, em suas diferentes dimensões, identificaram vários problemas, os quais serão balizadores deste estudo: busca de resultados em curto prazo; especialização precoce; carência de planejamento; fragmentação do ensino dos conteúdos; e aspectos relevantes, que tratam da compreensão do fenômeno na sua função social. Assim sendo, o ensino dos jogos desportivos coletivos deve ser concebido como um processo na busca da aprendizagem. Esse pensamento faz-nos refletir acerca da procura por pedagogias que possam transcender as metodologias já existentes, a fim de inserir, no processo de iniciação esportiva, métodos científicos pouco experimentados.
Os Jogos Esportivos Coletivos são caracterizados pela presença de duas equipes que se enfrentam de maneira não hostil (Teodorescu, 1984 apud Balbino e Paes, 2007) em um campo determinado, cujo objetivo é levar o objeto do jogo (bola, por exemplo) até o alvo do adversário, ao passo que se defende o próprio alvo. Para isso, joga-se com a ajuda dos companheiros no objetivo de superar o sistema defensivo dos adversários (Bayer, 1992).
Mertens & Musch (1990) apresentam uma proposta para o ensino dos jogos coletivos, tomando como referência a idéia do jogo, no qual as situações de exercícios da técnica aparecem claramente nas situações táticas, simplificando o jogo formal para jogos reduzidos e relacionando situações de jogo com o jogo propriamente dito. Assim, surgem princípios operacionais que são semelhantes a todas as modalidades e as regem em seu entendimento básico: no ataque, visa-se manter a posse de bola, avançar com ela, juntamente com a equipe, para o alvo adversário, e finalizar contra esse alvo; na defesa, objetiva-se retomar a posse de bola, impedir que a equipe adversária avance com a bola rumo ao alvo defendido, e defender o próprio alvo (Bayer, 1992).
Bayer (1994) afirma coexistir duas correntes pedagógicas de ensino para os jogos desportivos coletivos: uma utiliza os métodos tradicionais ou didáticos, decompondo os elementos (fragmentação), na qual a memorização e a repetição permitem moldar a criança e o adolescente ao modelo adulto.
De uma forma geral, praticamente todos os autores, antes de introduzirem suas propostas metodológicas, realizam uma rápida abordagem dos dois princípios metodológicos que tangeram a história dos Jogos Esportivos Coletivos: o analítico (que previa a fragmentação dos gestos técnicos e o ensino a partir da aplicação de sequências pedagógicas que visavam a aprendizagem dessas técnicas), e o global (o qual preconizava o ensino por meio de jogos, para que, por meio deles, o indivíduo aprendesse não só as técnicas mas também a tática inerente ao jogo).
Garganta (1998), nos estudos sobre pedagogia do esporte, enumera duas abordagens pedagógicas de ensino: a primeira é mecanicista, centrada na técnica, na qual o jogo é decomposto em elementos técnicos: passe, drible, recepção, arremesso. Os gestos são aprimorados, especializados, e suas conseqüências mostram o jogo pouco criativo, com comportamentos estereotipados e problemas na compreensão do jogo, com leituras deficientes do ponto de vista tático.
Esses “novos” métodos, destacados dentre outros que podem ser encontrados na literatura, convergem para uma melhor compreensão de aspectos inerentes à prática pedagógica do processo de ensino, vivência e aprendizagem de uma modalidade coletiva, e podemos notar uma constante preocupação com a compreensão que o indivíduo tem do processo como um todo, e não mais apenas de suas vertentes técnicas.
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