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Os diferentes Métodos e Abordagens de Ensino de Modalidades Coletivas

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.571 Palavras (15 Páginas)  •  1.033 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

EDSON VEGA XIMENEZ - RA 07297660805

Os diferentes Métodos e Abordagens de Ensino de Modalidades Coletivas

Dourados/MS

2017


INTRODUÇÃO

Os esportes coletivos fascinam as pessoas pois suprem a necessidade humana de convivência e integração, além disso, nas escolas ajudam a ensinar conceitos importantes, como cooperação e unidade e, a partir das técnicas de modalidades variadas, aprendemos a importância do trabalho em equipe. Também, garantem as condições para que todos os alunos tenham acesso ao esporte.

A formação de atletas não é o objetivo primordial da escola, mas ela é a base para estimular todas as práticas esportivas e revelar campeões porque, no caso dos esportes coletivos, ao praticá-los, ajudam a desenvolver as competências técnicas e táticas, como também a habilidade de se relacionar e de solucionar situações-problema gradativamente mais complexas.

Podem ser trabalhados com crianças de diferentes faixas etárias, desde que se faça as devidas adaptações com relação ao esporte oficial, rede de vôlei num tamanho compatível com a sua altura e bolas grandes e macias, por exemplo, é fundamental para garantir que todos conheçam os gestos associados a cada esporte.

O importante é que técnicas, conceitos de saúde e história do esporte componham a temática das aulas, dentro desses temas, observe o que é mais importante para a turma, quando houver conflitos, é necessário que se trate, inclusive questões relacionadas à solidariedade, companheirismo e compromisso grupal, deve-se fazer atividades que gerem reflexão sobre o respeito ao adversário e que tratem de comportamentos agressivos.

Os esportes coletivos facilitam, por atender muitas pessoas ao mesmo tempo e baixo custo, organizar campeonatos nas escolas e isso é fundamental, pois ajudam a trabalhar conceitos como análise tática e trabalho em equipe, devem ser organizados com atividades de que todos possam participar e não apenas os mais eficazes, embora jamais possamos evitar que só as melhores equipes se sobressaiam.

A organização deles deve ser feita de acordo com seus objetivos, mas sempre garantindo grupos heterogêneos: estudantes de diferentes portes físicos, mais e menos habilidosos, meninas e meninos. É essencial que todos vivenciem cada um dos papéis no coletivo para que treinem diversas habilidades.

Neste contexto, o professor tem tempo para identificar e orientar as capacidades físicas mais exigidas, como força, resistência, flexibilidade, ritmo, coordenação e velocidade, e que interferem diretamente na realização de determinados movimentos. As crianças podem ser questionadas sobre o que é necessário para que se saiam cada vez melhor, isso gerará os momentos próprios para leva-los a construir os conceitos associados a elas.

O esporte é, dentre as várias manifestações humanas, uma das maiores e mais importantes, com grande notoriedade em várias instâncias sociais. Sua abrangência recobre todas as camadas sociais e esferas de poder, e, ainda, variada faixa etária. É tal sua relevância que, para Bento (2006, p. 16): “É um caleidoscópio da diversidade de problemas e tramas da vida e do homem, das suas fraquezas e contradições pela sua janela entra e contempla o mundo todo”. Por estas e outras razões o esporte tem tanto prestígio e, ao longo da história, firmou-se como conteúdo hegemônico nas aulas de Educação Física, servindo a diversos interesses tanto no meio social quanto no mundo da produção.

Essa visão do que é trabalhar com esportes coletivos, nos dias atuais, tem sido construído ao longo do tempo, no princípio, as aulas de Educação Física serviam aos modelos tecnicistas. Neste texto abordaremos como se deu esse avanço para a abordagem mais sócio interativa do ensino de Esportes Coletivos e as adequações metodológicas realizadas nos trabalhos executados pelos professores nas escolas brasileiras.

Educação Física e Esportes Coletivos

O conteúdo da Educação Física é composto fundamentalmente pelo esporte, nas suas mais variadas modalidades, distribuídas nas diferentes séries. As modalidades esportivas que mais se fizeram presentes são o futebol /futsal, o voleibol, o basquetebol e o handebol. Durante muito tempo, esses esportes ocuparam boa parte da demanda das aulas de Educação Física, além delas, apenas, o atletismo ganhou algum destaque e, em algumas poucas escolas que dispõem de piscina, a natação. Em paralelo a essas práticas desportivas, a ginástica passou a ser apenas coadjuvante do esporte, na realização do aquecimento ou ensinada nas suas formas esportivas, como a ginástica olímpica e a rítmica esportiva.

O objetivo destes jogos, entendidos basicamente como pré-esportivos, no currículo traduziam-se numa forma de familiarizar o aluno com o esporte. No planejamento do ensino, muito frequentemente, eram distribuídos por bimestres: voleibol no primeiro bimestre, atletismo no segundo, e assim por diante.

Por conta disso formou-se a cultura esportiva na Educação Física, respaldada no prestígio e importância social, política e econômica do esporte, a própria população brasileira atribuía este status a essa forma de metodologia da disciplina, pois a prática do esporte poderia significar forma de ascensão para os alunos que se destacassem.

Nos anos 80, no período da democratização da sociedade brasileira, constituiu-se, um movimento, denominado movimento renovador, que se caracterizou por uma forte crítica à função atribuída até então à Educação Física no currículo escolar e que provocou uma mudança radical do entendimento do conteúdo da disciplina.

O movimento renovador da Educação Física brasileira defendeu que o corpo não poderia mais ser entendido somente como uma dimensão da natureza (em nós) e sim, principalmente, como uma construção cultural, portanto, simbólica. O corpo e suas práticas expressam a sociedade na qual estão inseridos, ou seja, são construções históricas, assim como, a própria noção de natureza. As diferentes práticas corporais (ou atividades físicas, como eram chamadas) foram construídas pelo homem em determinado contexto histórico-cultural e com sentidos próprios, passou-se, então, a serem utilizadas as expressões cultura corporal, cultura de movimento e cultura corporal de movimento para expressar o objeto/conteúdo de ensino da Educação Física.

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