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O Desenvolvimento Educacional Da Criança Com Deficiência Auditiva

Por:   •  17/10/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.958 Palavras (8 Páginas)  •  28 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.

RESUMO

O presente estudo teve como principal objetivo mostrar a importância da educação física adaptada para alunos com deficiência auditiva uma vez que as aulas de educação física podem propiciar momentos privilegiados para iniciar uma mudança de comportamento tanto dos profissionais como nos alunos dentro da escola inclusiva. Portanto, a educação fisica adapatada pode contribuir muito no desenvolvimento social e cognitivo de alunos com deficiencia auditiva melhorando assim a qualidade de vida. O resultado obtido possibilitou avaliar a necessidade de uma melhor abordagem sobre a realidade da pessoa com deficiência e a inclusão durante a formação acadêmica, bem como a necessidade de um programa dos gestores da educação em proporcionar ao corpo docente capacitação permanente sobre essa temática, isto tornaria a escola um lugar de todos e para todos sem distinção. A educação física adaptada ajuda no desenvolvimento geral em relação ao ensino aprendizagem, melhorando a confiança, a auto-estima a socialização.

Palavras-chave: Deficiência; Inclusão; Educação Física.

Introdução

Esse trabalho visa abordar a importância da atividade física adaptada no desenvolvimento educacional da criança com deficiência auditiva, sabemos que o desenvolvimento da criança começa desde a gestação. Para Dalpiaz (2009), a criança que nasce surda, de preferência na infância, é de suma importância o desenvolvimento da expressão corporal, pois a partir de estimulação é que facilita a comunicação, interação, convivência social e conseqüentemente a realização pessoal. O autor ainda acrescenta que é fundamental a capacitação de profissionais para atuarem nesta área, pois o desenvolvimento motor torna-se fundamental.

 Segundo o Instituto Nacional de Educação de Surdos: A deficiência auditiva traz algumas limitações para o desenvolvimento do indivíduo, uma vez que a audição é essencial para a aquisição da língua oral, inicialmente, a surdez interfere no relacionamento da mãe com o filho e cria lacunas nos processos psicológicos de integração de experiências que irão afetar em maior ou menor grau, a capacidade normal de desenvolvimento do indivíduo.

ESTIMATIVAS INDICAM QUE NO BRASIL EXISTEM CERCA DE 300 MIL CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA. O PROBLEMA NA INFÂNCIA PODE SER DIAGNOSTICADO ASSIM QUE A CRIANÇA NASCE ATRAVÉS DO TESTE DA ORELHINHA. UM EXAME SIMPLES, REALIZADO POR UM COMPUTADOR. “O APARELHO EMITE UM SOM NO OUVIDO DO RECÉM-NASCIDO E UM MODERNO SOFTWARE COLHE O RUÍDO QUE A CÓCLEA (ORELHA INTERNA) FAZ QUANDO O SOM PASSA POR ELA. CASO NÃO HAJA O RUÍDO, A CRIANÇA DEVERÁ SER REAVALIADA, POIS PROVAVELMENTE APRESENTA PROBLEMAS AUDITIVOS”, EXPLICA O DR. LUIS CARLOS ALVES DE SOUSA, OTORRINOLARINGOLOGISTA E COORDENADOR DA CAMPANHA NACIONAL DA SAÚDE AUDITIVA. 
SEGUNDO O ESPECIALISTA, É FUNDAMENTAL QUE ESSE EXAME SEJA FEITO NOS PRIMEIROS SEIS MESES DE VIDA, POIS CERCA DE 50 A 75% DAS DEFICIÊNCIAS AUDITIVAS SÃO PASSÍVEIS DE SEREM DIAGNOSTICADAS NO BERÇÁRIO ATRAVÉS DA TRIAGEM AUDITIVA. “NESSA FASE É POSSÍVEL RESGATAR A AUDIÇÃO EM QUASE 100% DOS CASOS”. LEMBRANDO QUE ESSE EXAME DEVE SER SOLICITADO PELOS PAIS DO BEBÊ. 

A surdez afeta apenas o aparelho auditivo, não trazendo nenhum outro prejuízo, desta forma, o desenvolvimento motor de crianças surdas costuma seguir os padrões de normalidade, não havendo, portanto, nenhuma restrição à prática de atividade física, ao contrário, ela proporciona a esses alunos um melhor entendimento do meio em que vive.

Segundo PALMA (2010) a comunicação da criança com o meio que a cerca se evidencia através da motivação e criatividade que a Educação Física adaptada proporciona à criança, tornando-a mais ativa e interessada, facilitando a aprendizagem da mesma. Ainda o autor acrescenta que tendo a Educação Física e a comunicação um papel de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, é normal que procuramos compreender, entender e estudar o seu importante papel no processo de comunicação da criança surda.

O desenvolvimento da expressão corporal é de máxima importância para o surdo em qualquer idade, mas principalmente quando este é criança. É a partir da estimulação e desenvolvimento recebido na infância, que a criança surda terá maiores possibilidades de comunicação, interação e convivência social, assim como de sua realização pessoal.

Gorgatti e Costa (2005) a educação física adaptada deve ser mantida a integridade das atividades e promovida à maximização do potencial individual, uma vez conhecidas às metas do programa, convém modificá-las, apenas quando necessário, sempre respeitando as metas previamente determinadas, assegurando que as atividades sejam um desafio a todos os participantes e, sobretudo, que seja valorizada a diferença. (DUARTE E LIMA, 2003; GORGATTI E COSTA, 2005). Sento assim no Brasil, cabe destacar ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990), Lei n° 8.069, promulgada em 13 de julho de 1990.

Art. 3: "a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes por lei, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade." Afirma, também, que "é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária." (Art.4). No que se refere à educação, o ECA estabelece, em se Art. 53, que "a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho". O Art. 54 diz que "é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: II. I atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.

  A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (9394/96) AINDA COLOCA QUE A EDUCAÇÃO FÍSICA É “COMPONENTE CURRICULAR E PEDAGÓGICO OBRIGATÓRIO NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL” (P. 37) E ISSO IMPLICA DESENVOLVIMENTO NAS QUESTÕES EDUCACIONAIS DA INSTITUIÇÃO (CHAVES ET AL, 2007). SEGUNDO OS MESMOS AUTORES:

    A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE CARÁTER INCLUSIVO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESBARRA EM HISTÓRICAS DIFICULDADES QUE ESTÃO RELACIONADAS COM O ENTENDIMENTO DA SUA AÇÃO. ENQUANTO A AÇÃO PEDAGÓGICA ESTIVER CENTRADA NO ENSINO DO MOVIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE SUA TÉCNICA RESPALDADA POR CONCEITOS DE “MELHOR/PIOR”, “CERTO/ERRADO” E “GANHAR/PERDER”, SEMPRE HAVERÁ MARGEM PARA A EXCLUSÃO (P. 41)

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