O LAZER COMO PRATICA DA LIBERDADE
Por: nzr12110 • 5/6/2019 • Resenha • 640 Palavras (3 Páginas) • 535 Visualizações
LAZER COMO PRÁTICA DA LIBERDADE
Autor: Fernando Mascarenhas
O objetivo do presente trabalho acadêmico, consiste em realizar uma resenha crítica do livro Lazer como prática da liberdade. Logo no inicio o autor traz reflexões acerca do lazer, destacando como uma linha do tempo, a produção de conhecimento e as intervenções que sempre estiveram associadas as relações de poder e aos interesses de instrumentalização do “tempo livre”. Compreender todas esses relações intimamente ligadas a um sistema produtivo, ligado a configurações econômicas, políticas e culturais, é fundamental para pensar da necessidade de superação dessas iniciativas funcionalistas e refletir a estratégia de lazer junto aos grupos sociais e populares.
Dentro dessa linha do tempo, destaco a abordagem dada ao surgimento de novas e importantes abordagem no campo do lazer, por Nelson Carvalho Marcellino, que segundo o autor, suas contribuições eleveram para um outro patamar as discussões acerca do lazer, superando o senso comum e bastante próximos as universidades.
Adiante, o autor parte das ideias de Paulo Freire abordando a Pedagogia Crítica do lazer, enfatizando a necessidade de compreender a dimensão histórica do lazer e o mesmo como uma manifestação transitória, suscetivel a ação transformadora dos homens, sendo assim, não é só um método, mas uma concepção de homem e de sociedade, uma visão de mundo.
Destaco a citação do autor em que uma metodologia não deve se restringir a exposição de um simples modelo ou receituario, mas procurar garantir a apropriação coletiva de detreminados elementos que auxiliem o intervir para uma apreensão crítica e conciente do conhecimento. Esse complexo processo esta permanentemente em construção, portanto e necessário, em permanete processo tambem de superação.
Mascarenhas ao longo da obra, vai expondo referências fazendo-nos pensar de maneira crítica o pensar o lazer, para alem de conceitos já superados e do senso comum. Busca ao meu ver, a necessidade de problematizar o lazer, a educação, a sociedade, o prórpio homem enquanto sujeito histórico e agente de transformações..apontando assim, a superação de velhas práticas ainda predominantes, e que possibilitem a emancipação do homem..
Avançando com as análises críticas, Mascarenhas tem como proposta central uma intervenção do lazer-educação com grupos sociais, no qual o objetivo geral diz respeito na apreensão e reflexão do conhecimento em lazer pelo grupo e os objetivos específicos são pertinentes ao grupo trabalhado e os conteúdos a serem abordados. Nessa proposta o tema e os conteúdos referem à historicidade dos sujeitos , sendo possibilitada pela ação diagnóstica para o reconhecimento do grupo, um autodiagnóstico para a construção das possibilidades de intervenção.
Na intervenção do lazer com os grupos sociais, o autor busca a compreensão da realidade/cultura de meninos e meninas de rua em Goiânia , através do projeto Sociedade Cidadão 2000, onde mapeou as crianças e adolescentes em situação de risco, classificando-os em sete categorias. A realidade é de marginalização e a cultura da rua geralmente é demonstrada através do rap, no qual narram o cotiado, os acontecimentos e a vida na rua. Por fim, Mascarenhas apresenta os resultados da intervenção com os êxitos e dificuldades encontradas, “alertando” mais uma vez sobre a necessidade de ampliar a compreensão e visão do campo do lazer.
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