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A Alcoolismo nos povos indígenas do Xingu

Por:   •  28/11/2017  •  Seminário  •  833 Palavras (4 Páginas)  •  760 Visualizações

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Alcoolismo nos povos indígenas do Xingu

  1. O que é o alcoolismo
  2. Prevalência do alcoolismo na população brasileira
  3. Breve histórico da relação dos povos indígenas do Xingu com o álcool
  4. Prevalência do alcoolismo em tribos indígenas do Xingu
  5. Breve descrição de políticas de prevenção e intervenção ao alcoolismo para os povos indígenas

Breve descrição de políticas de prevenção e intervenção ao alcoolismo para os povos indígenas

 Como foi apontado durante este breve estudo bibliográfico sobre o alcoolismo nos povos indígenas do Xingu, há uma série de problemas do ponto de vista patológico, estrutural, social e de cultura que causam sérios transtornos dentro das aldeias indígenas. Para a formulação de políticas de redução de danos e estratégias de prevenção e intervenção se faz necessário entender as especificidades de cada um dos grupos, em questão histórica, social e cultural.

Nos anais do seminário sobre alcoolismo e vulnerabilidade às DST/AIDS entre os povos indígenas da macrorregião sul, sudeste e mato grosso do sul, que após extensa avaliação dos artigos apresentados no seminário foram desenvolvidas as conclusões dos grupos de trabalho, que sugere uma proposta de intervenção.

A proposta de intervenção, primeiramente, indica “Os fatores que contribuem para a situação de alcoolismo nas áreas indígenas”. Dentre eles estão: Perda e/ou redução das terras indígenas; Terra de má qualidade; Situação precária de vida, de saúde; A existência de bares dentro das áreas indígenas; Conflito/ Invasão de terra; Ansiedade; Situação de tensão entre as comunidades.

Segundo, “Como fazer um diagnóstico sobre alcoolismo nas áreas indígenas”. Os tópicos apresentam: Aplicação de instrumentos de triagem como o CAGE e outros; Pesquisas etno-históricas e etnográficas: história do contato, questão da terra, deterioração socioambiental, condições de sobrevivência socioeconômica, mudanças culturais, impacto do contato sobre a saúde, levantamento das igrejas e suas interferências com a cultura e a comunidade; Análise de dados.

Terceiro, é apresentado um tópico de “Metodologia”, que norteia a proposta de intervenção e apresenta os seguintes tópicos: Envolver as comunidades do entorno; Inquérito antropológico: levantamento da percepção local do estado de saúde e da situação, dos problemas, das demandas e necessidades, bem como da melhoria junto as lideranças políticas e religiosas tradicionais com os professores, agentes de saúde e com a comunidade como um todo; Pesquisa para identificar, clarear sobre a percepção dos índios sobre o alcoolismo, aspectos culturais associados com uma metodologia comum; Capacitação de recursos humanos (técnicos e comunidades indígenas);

Quarto, são indicadas as “Estratégias de prevenção e intervenção”, dentre elas estão: Disseminar a informação sobre DST/AIDS e alcoolismo (impactos físicos e sociais); Reuniões de sensibilização para o envolvimento da comunidade e priorização do problema; Organizar curso de especialização nas áreas de DST/AIDS e alcoolismo; Prevenção nas escolas, incluir o tema no currículo transversal; Incluir o tema alcoolismo na rotina de trabalho dos agentes indígenas de saúde; Elaboração de material de apoio: cartilhas, vídeos, folders, etc.; Resgate da cultura indígena (valorizar o papel do Kuiã, pajé, os ritos, as danças, mitos, etc.); Considerar as especificidades de cada comunidade em relação ao impacto das diferentes igrejas sobre a cultura e a situação socioeconômico; Formação de um grupo de mulheres que são atingidas pelo problema do alcoolismo e que poderão desempenhar papel fundamental no processo de intervenção.

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