A Assistência ao Idoso Insuficiência Familiar
Por: conta google • 7/3/2023 • Trabalho acadêmico • 1.361 Palavras (6 Páginas) • 202 Visualizações
COLÉGIO TABLEAU
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
nome
ASSISTÊNCIA AO IDOSO: INSUFICIÊNCIA FAMILIAR
CAÇAPAVA-SP
2022
nome
ASSISTÊNCIA AO IDOSO
TCC sobre assistência ao idoso, e insuficiência familiar, apresentado no colégio tableau de Caçapava-sp pela matéria de projeto interdisciplinar.
Orientador (a): Prof.ª Emanuelle
CAÇAPAVA
2022
Sumário
INTRODUÇÃO
Insuficiência familiar se caracteriza como um processo de interação psicossocial de estrutura complexa, fundado especialmente no baixo apoio social da pessoa idosa e no vínculo familiar prejudicado. Tem como antecedentes as transformações contemporâneas no sistema familiar, os conflitos Inter geracionais, o comprometimento das relações familiares e a vulnerabilidade social da família. As consequências da insuficiência familiar incluem a vulnerabilidade social da pessoa idosa, o declínio da saúde psicológica e funcional, a menor qualidade de vida e o envelhecimento malsucedido. (SOUZA A., ET AL.,2015)
A família pode ser definida por um conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, que residem na mesma unidade domiciliar ou sozinhas. Também pode ser vista como um sistema interpessoal formado por pessoas que interagem por diferentes motivos, tais como afetividade e reprodução, dentro de um processo histórico de vida, mesmo sem habitar o mesmo espaço físico. Assim, pode ser facilitadora na formação de pessoas saudáveis, emocionalmente estáveis, felizes e equilibrada. Desse modo, a família constitui um espaço de proteção social, à medida que se caracteriza como lugar de apoio, solidariedade, de reprodução social e de cuidados a seus membros. (SOUZA A.,2015)
Quando a família não tem condições psicológicas, sociais nem mesmo recursos financeiros ou humanos para cuidar de seu familiar idoso, este fica exposto às situações de morbidade. Nesse contexto a insuficiência familiar encontra terreno fértil, o que pode prejudicar as condições de vida da pessoa idosa e comumente levá-la à institucionalização e separação de seus familiares. Atualmente, o conceito de insuficiência
familiar assume a característica de Síndrome Geriátrica e é considerada um dos sete gigantes da Geriatria. (SOUZA A.,2015)
A insuficiência familiar, dentre as síndromes elencadas, é caracterizada como o processo onde ocorre uma ineficiência, ou até mesmo ausência, na interação entre a família, parentes, amigos e vizinhos. Tendo sua relevância na superação de desafios econômicos, funcionais, biológicos e físicos, sua ausência também pode contribuir com o surgimento de problemas de saúde (SOUZA, PELEGRINI, SANTOS, et al., 2015) Impactos da insuficiência familiar na saúde do idoso A estrutura familiar tem importante papel na saúde dos indivíduos da terceira idade, sendo muitas vezes responsável por prestar um cuidado diário e continuado, uma vez que ele já apresenta fisiologicamente uma maior vulnerabilidade, temos idosos com índices de dependência cada vez maiores e que necessitam de mais cuidados e atenção. Em contrapartida, percebemos famílias cada vez mais reduzidas e com interações fragilizadas. Isso acarreta maus tratos, abusos e abandono por parte dos familiares (KASABA, SATO, FUKUMA, et al., 2016). Na terceira idade essa situação tende a se agravar em virtude da concomitância com outros fatores, a exemplo: diminuição de autonomia, do autocuidado, aumento da fragilidade e vulnerabilidade (ROSLAND, PIETTE, CHOI, et al., 2011). O idoso passa então a experimentar um processo de estresse e sofrimento físico e psicológico, o que aumenta cada vez mais os índices de depressão e de outras patologias entre essas pessoas, fazendo com que haja um declínio da saúde psicológica e emocional desses pacientes (CLOSS, ZIELGEMMANN, GOMES, et al., 2016). Aliado a isso, a família tem papel de extrema importância no aconselhamento, cuidado e acompanhamento. Quando possui um vínculo prejudicado, esse apoio deixa de ser eficaz, por consequência, deixam de participar das consultas e encontros de cuidado (BASTOS, FERNANDES, ALMEIDA, et al., 2018). Esse abandono ou diminuição de participação acarreta baixos índices de aderência ao tratamento, bem como no isolamento social pela sensação solidão percebida (KASABA, SATO, FUKUMA, et al., 2016).
A família ainda pode identificar precocemente mudanças físicas, biológicas e sociais. Auxiliando, dessa maneira, o indivíduo da terceira idade a lidar com os fatores do envelhecimento e com os problemas de saúde. Dessa maneira, o baixo apoio social resulta em danos na interdependência, na fragilidade emocional e diminuição da autoestima (CLOSS, ZIELGEMMANN, GOMES, et al., 2016).
A junção de todos esses fatores acaba por provocar um envelhecimento com maiores disfunções cognitivas resultando, dessa maneira, em um envelhecimento malsucedido e trazendo consequências para o cuidado desses pacientes (VELLO, PEREIRA, POPIM, 2014).
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