A Edema Agudo de Pulmão
Por: Rafa Ramos • 13/9/2022 • Resenha • 582 Palavras (3 Páginas) • 137 Visualizações
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Resultado do acúmulo anormal de líquido no parênquima pulmonar e nos alvéolos.
Causado pelo fluxo aumentado de líquidos, provenientes dos capilares pulmonares para os espaços intersticiais e alvéolos, que se acumulam nessas regiões ao ultrapassarem a capacidade de drenagem dos vasos linfáticos.
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PRINCIPAIS CAUSAS:
- CARDÍACAS (Insuficiência ventricular esquerda, exacerbação da ICC, arritmias agudas, valvulopatia cardíacas(aórtica ou mitral).
- VASCULARES: Crise hipertensiva, embolia pulmonar.
- SOBRECARGA DE VOLUME: administração excessiva de líquidos, insuficiência renal.
Mecanismos Fisiopatológicos:
No geral, são quatro os mecanismos que podem levar ao influxo de fluidos para os alvéolos.
1. Aumento da pressão hidrostática capilar (pressão exercida pelo volume de líquidos dentro dos vasos). Causas mais comuns: é a disfunção de bomba Direita, que causa edema periférico, sangue congestiona no ventrículo direito, assim aumenta pressão nas veias, vênulas e capilares (estase jugular) / Disfunção de bomba E: Causa o acumulo de líquidos.
2. Aumento da permeabilidade capilar (aumento de mediadores inflamatórios).
3. Diminuição da pressão oncótica capilar (controlada pela quantidade de albumina produzida pelo fígado)
4. Obstrução linfática
DIAGNOSTICO:
O diagnóstico de desconforto respiratório por edema agudo de pulmão deve ser clínico com base na história clínica e exame físico.
- Sinais e sintomas: tosse seca que tende a se tornar produtiva, dispneia de início ou piora súbita, batimento de asa nasal, taquipneia, à ausculta pulmonar presença de estertores crepitantes, roncos e sibilos, sinais de descarga adrenérgica ( taquicardia, hipertensão, sudorese fria, palidez cutânea e ansiedade), Cianose e estase jugular.
COMPLICAÇÕES:
- Hipoxemia
- Hipercapnia
- Acidose respiratória.
- Arritmias.
- PCR
TRATAMENTO:
O tratamento do edema agudo de pulmão consiste em três etapas sobrepostas.
- Primeira etapa: objetivo é manter as funções respiratórias dentro de limites que permitam a manutenção da vida.
- Segunda etapa: o objetivo é a redução da pressão hidrostática capilar pulmonar e consequente redução do ultrafiltrado para o interstício pulmonar de forma farmacológica ou não.
- Terceira etapa: tratar a causa ou eliminar o fator de descompensação da cardiopatia de base.
As medidas terapêuticas objetivam o suporte respiratório e a diminuição da pressão capilar pulmonar pelo uso de drogas vasodilatadoras, diuréticos e morfina .
Oxigenoterapia 🡪 em geral, uma máscara de Venturi é utilizada para que se tenha um maior aproveitamento do oxigênio. Quando a insuficiência respiratória é grave, a intubação endotraqueal e a ventilação mecânica são necessárias.
Nitratos: 🡪o mais usado é o dinitrato de isossorbida, na dose de 5mg SL a cada 5 min. execeto se a Pas < 90 mmHg.
Morfina 🡪 administrada IV em doses 1 a 3 mg a cada 5 minutos, com o intuito de promover venodilatação e redução do retorno venoso, diminuir a ansiedade e a descarga adrenérgica
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