A HISTERECTOMIA RADICAL
Por: jonasn • 15/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.208 Palavras (5 Páginas) • 569 Visualizações
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HISTERECTOMIA RADICAL
SANTO ANDRÉ
2016
HISTERECTOMIA RADICAL
Trabalho elaborado para disciplina de Clinica Cirúrgica, sob orientação do professor .
SANTO ANDRÉ
2016
Sumário
1. Introdução 4
2. Histerectomia Radical 4
3. Cirurgia 5
4. Pós-operatório 5
5. Motivo da cirurgia 5
6. Efeitos colaterais 6
7. Especialidades médicas envolvidas 6
8. Complicações 6
9. Anestesia 8
10. Cuidados de enfermagem 8
Pré-operatório: 8
Pós-operatório imediato: 8
Pós-operatório tardio: 8
11. Referencias 10
- Introdução
Histerectomia é um termo utilizado para definir a retirada cirúrgica do útero. É uma das cirurgias ginecológicas mais realizadas em âmbito mundial, sendo a mais praticada nos Estados Unidos, com cerca de 800.000 cirurgias por ano. Existem diversos tipos de histerectomia conforme os órgãos que são retirados são elas:
Histerectomia Parcial – Remoção do corpo do útero, deixando o colo do útero.
Histerectomia Total – Remoção do útero e colo do útero.
Histerectomia Radical – Envolve a remoção do útero, colo do útero, uma pequena porção da parte superior da vagina e alguns tecidos conjuntivos da pelve.
- Histerectomia Radical
A histerectomia radical difere da histerectomia simples (histerectomia parcial e total). Essa cirurgia envolve a remoção radical dos tecidos, como o útero, colo do útero, parte superior da vagina, além da remoção dos gânglios linfáticos pélvicos (linfadenectomia) e tecidos de sustentação do útero.
As tubas uterinas e os ovários também podem ser removidos durante o procedimento, chamado de salpingo-ooforectomia bilateral dependendo da necessidade clínica.
A histerectomia radical não muda a capacidade da mulher de sentir prazer sexual. Embora a vagina seja encurtada, a área em torno do clitóris e do revestimento da vagina permanece tão sensível como antes.
- Cirurgia
A histerectomia é considerada uma cirurgia de grande porte e potencialmente contaminada e pode ser efetuada através de incisão abdominal ou histerectomia laparoscópica. Normalmente é realizada com uma incisão abdominal por onde se retira o útero e tecidos, semelhante à incisão cesariana. Outra abordagem cirúrgica é a histerectomia radical vaginal assistida por laparoscopia, esta cirurgia combina a histerectomia radical vaginal com a dissecção laparoscópica pélvica. O laparoscópico permite uma melhor visualização, além de tornar mais fácil para o médico à remoção do útero, ovários e tubas uterinas através da incisão vaginal.
- Pós-operatório
O pós-operatório imediato prevê a deambulação precoce para evitar complicações tromboembolísticas, a alta hospitalar é dada por volta de 5 a 7 dias. O tônus da bexiga retorna lentamente a drenagem com o cateter vesical deve ser mantida até a recuperação do tônus muscular. Constipação e incontinência são sintomas imediatos comuns que devem melhorar significativamente após alguns meses.
- Motivo da cirurgia
A necessidade cirúrgica geralmente se da quando existe uma neoplasia maligna que acomete os órgãos do sistema reprodutor feminino, das quais podemos citar:
- Câncer no ovário;
- Câncer de colo uterino;
- Tumor na parte superior da vagina;
- Câncer de endométrio.
- Efeitos colaterais
- Infertilidade;
- Efeitos da menopausa precocemente;
- Linfedema com acumulo de líquidos nas pernas em decorrência da linfadenectomia (retirada dos gânglios linfáticos pélvicos).
- Especialidades médicas envolvidas
A histerectomia é realizada pelo médico ginecologista, com especialização em vídeo laparoscopia caso a cirurgia seja feita pelo método de laparoscopia.
- Complicações
As possíveis complicações de uma histerectomia incluem:
- Náusea e vômitos
- Infecção
- Hemorragia interna
- Acúmulo de sangue embaixo dos pontos (hematoma)
- Tecido de cicatriz interno
- Reação alérgica à anestesia
- Coágulos de sangue
- Dificuldade para urinar
- Diminuição de desejo sexual
- Dor pélvica constante
- Dor de barriga
- Lesão do intestino, bexiga ou ureteres (tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga)
- Fístula (furo anormal entre estruturas internas, como o intestino e a vagina)
- Prolapso vaginal (quando a parede vaginal superior perde a sua forma, desce e fica saliente)
- Anestesia
Geralmente é utilizado o bloqueio regional tipo raqui-anestesia, onde o médico anestesiologista injeta anestésico e analgésico bem próximo à medula espinhal passando por entre as vertebras lombares.
- Cuidados de enfermagem
Pré-operatório:
- O profissional de enfermagem deve preparar a paciente para a realização de exames físicos e laboratoriais;
- Ficar atento aos sinais vitais e dar apoio psicológico;
- Verificar roupa cirúrgica (de acordo com a instituição) e retirar adornos;
- Antissepsia da pele, tricotomia, jejum e preparo intestinal.
Pós-operatório imediato:
- Transportar o paciente e mantê-lo em decúbito dorsal;
- Verificar os sinais vitais de duas em duas horas;
- Observação constante;
- Atenção a hemorragias;
- Apoio emocional ao paciente;
- Observar nível de consciência;
- Aquecer o paciente, de acordo com suas necessidades;
- Instalar balanço hídrico.
Pós-operatório tardio:
- Controlar e anotar parâmetros vitais de acordo com evolução clínica do paciente e/ou prescrição médica;
- Controle da hidratação venosa;
- Mudança de decúbito;
- Prestar higiene;
- Trocar o curativo de 12 em 12h (de acordo com a prescrição do enfermeiro chefe).
- Ficar atento ao aparecimento de alterações como: Dor, Alteração da temperatura, Náuseas e vômitos, Sede, Soluços, Choque, Alterações urinárias.
- Aconselhar o paciente a retornar ao hospital em caso de: Febre persistente; Vômitos incessantes; Dor forte no abdome que não passe com a medicação prescrita pelo médico; Secreção fétida na ferida da operação ou vermelhidão, calor ou sangramentos; Grandes sangramentos (maiores do que os da menstruação).
- Referencias
- Hoff man. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre : AMGH, 2014.
- www.oncoguia.org.br > acesso em Março de 2016
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