AMAMENTAÇÃO EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS
Por: shirleycorrea • 23/4/2015 • Artigo • 2.429 Palavras (10 Páginas) • 299 Visualizações
ALEITAMENTO MATERNO EM UTI
Os recém-nascidos internados em UTI, tem um risco maior no desmame em função da prematuridade e do baixo peso ao nascer, do longo período de internação, da separação mãe e filho, dentre outros fatores. O leite humano atende as necessidades da criança durante o primeiro semestre de vida, as prioridades nutricionais, físicas, fisiológicas, microbiológicas e imunológicas do leite materno são especialmente importantes para os bebês de risco da UTI, especialmente os pré-termos em virtude das altas taxas de mortalidade por estarem sujeitos a complicações nutricionais e infecciosas. Mais uma vantagem do aleitamento materno é seu papel na maturação gastrintestinais e formação do vínculo mãe-filho, aumento do desempenho neurocomportamental, melhor desenvolvimento cognitivo e psicomotor e menos incidência de re-hospitalização. Todavia, percebe-se que o desmame entre os recém-nascidos prematuros ocorre precocemente principalmente em decorrência da condição clínica do bebê, que impede o início precoce da sucção direta ao seio materno, do período prolongado de internação, do estresse materno e da falta de rotina sistematizada que incentivem o aleitamento materno. Para que a mãe tenha sucesso na manutenção da lactação, durante a hospitalização de seu bebê é necessário que se sinta segura e tenha orientação e apoio tanto de sua família quanto dos profissionais de saúde.
AMAMENTAÇÃO EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS
Alguns hospitais adotam a rotina de o recém-nascido deve receber leite ordenhado na mamadeira quando estiver com peso de 1500g á 1800g e só sugar no seio se estiver com boa sucção e deglutição e acima de 1800g. Com muita frequência as mamães enfrentam problemas provenientes com a amamentação, a rotina de muitos hospitais torna a situação mais difícil para mamães e bebês. Bebês muito pequenos que a mãe não consegue ordenhar o leite materno necessitam de fortificantes ou seja o leite materno + fórmula muitas UTIs tem como regra que os RN recebam apenas uma quantidade de leite por dia, ou seja é feita uma restrição líquida. Bebês prematuros geralmente não podem mamar até que completem 34 semanas de gestação porque muitos não são capazes de realizar a pega e extrair o leite disponível, recebem assim o leite pela sonda nasogástrica, mamadeira ou até mesmo glicose com água por via intravenosa pela imaturidade do trato gastrointestinal e dos reflexos de sucção e deglutição. Tem também a alternativa oral com copinho, esse método evita o contato com bico artificiais e favorece o aleitamento posteriores.
MONITORAMENTO NUTRICIONAL
Os recém-nascidos prematuros são ainda mais suscetíveis a deficiências nutricionais que podem interferir no desenvolvimento neurológico e de todos os sistemas e órgãos, portanto a avaliação periódica do crescimento e desenvolvimento do paciente é muito importante. O monitoramento nutricional envolve a observação dos seguintes parâmetros. * história neonatal: patologias, condições que aumentam a demanda ou ampliam as perdas metabólicas e calóricas. * Aporte nutricional: observação da tolerância alimentar, manutenção do registro da dieta ingerida, cálculo das calorias administradas, avaliação bioquímica dos componentes nutricionais (1 vez/semana) e balanço nutricional, para estimar a retenção de nutrientes. * antropometria: medição das dimensões corpóreas como peso, comprimento e perímetro cefálico, índice ponderal, perímetro braqueal. * utilização de gráficos de avaliação do crescimento construído a partir do peso de nascimento em relação á idade cronológica. Na dinâmica do crescimento verifica-se um período inicial de perda de peso (primeira semana) seguido por estabilização e ganho de peso. Os RN com baixo peso ao nascer perdem mais peso e demoram mais a recuperar o peso de nascimento. A decisão de promover o aporte nutricional adequado desde o primeiro dia de nascido deve ser uma rotina estabelecida em cada UTI neonatal, para que tanto os prematuros extremos e perto do termo, quanto os pequenos para a idade gestacional possam ter menos incidências de mortalidade causadas pelo déficit nutricional.
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