Assistência em Neuropsiquiatria: Suicídio e Agressividade

Etip Master

Resumo do trabalho de Assistência em Neuropsiquiatria

Tema: suicídio e agressividade

Professora: Laura

Tentativa de Suicídio

A pessoa com ideação e tentativa suicida constitui uma das mais graves emergências psiquiátricas. Frequentemente, a procura de atendimento de emergência diante de uma tentativa de suicídio ocorre em serviços gerais de saúde e não no serviço especializado.

A ideação e a tentativa de suicídio, em geral, estão associados a manifestações de comportamento decorrentes de transtorno bipolar, depressão, uso de substâncias psicoativas, transtornos orgânicos, alterações no conteúdo do pensamento, sensação de desesperança, baixa autoestima, etc.

Entre os pacientes que cometem suicídio, quase 95% tem uma doença mental diagnosticada, 80% tem um transtorno de humor, 25% são dependentes de álcool. Dos doentes que padecem de um destes transtornos, 15% morrem por suicídio. Apesar de ser uma doença menos comum, a esquizofrenia responde por 10% dos suicídios. Pacientes com depressão delirante são aqueles que apresentam o mais alto risco para suicídio.

Existem alguns fatores de risco para o suicídio, a saber:

• Sexo (mulheres tentam mais suicídio do que homens; porém os homens obtêm maior êxito na tentativa);
• Idade acima de 30 anos;
• Tentativas anteriores;
• Historia familiar de tentativa;
• Perdas recentes;
• Ausência de laços afetivos estáveis (divorciado, solteiro, viúvo);
• Desemprego e perda de status;
• Doenças crônicas, incapacitantes e terminais;
• Transtorno de personalidade.
  

A equipe de enfermagem:

Manter anotação de enfermagem sobre as manifestações de comportamento e de todas as ações de enfermagem executados.

Verificar sinais vitais periodicamente, de acordo com o estado do cliente, não só em razões das condições clínicas em que o paciente se encontra, mas em relação dos psicofármacos, porque pode haver alterações significativas destes sinais.

Manter atitude positiva de aceitação e de não julgamento em relação ao paciente e aos familiares.

Agressividade

O paciente agressivo é uma constante em prontos-socorros psiquiátricos. É indispensável avaliá-lo para averiguar o grau de periculosidade. Quanto à abordagem médica, tenta-se a abordagem verbal, a contenção física e a contenção química, nesta ordem, para impedir riscos de auto ou heteroagressividade.

Pacientes com reações antisociais e personalidade emocionalmente instáveis podem apresentar comportamento agressivo. Várias são as causas de agressividade, indo desde intoxicação por drogas, doenças psiquiátricas, reações psíquicas e doenças neurológicas como epilepsia.

O tratamento do paciente violento e agressivo geralmente exige contenção física, controle dos sinais vitais, utilizam-se os medicamentos antipsicoticos que permitem o controle da agitação em curto espaço de tempo.

Sintomas associados a agressividade:

• Sarcasmo
• Ameaças verbais ou físicas
• Mudança no tom de voz
• Golpear objetos ou pessoas
• Ideação homicida ou suicida
• Automutilação
• Desconfiança
• Interpretação incorreta de estímulos

Fatores de risco do comportamento agressivo:

• História de agressão e compulsividade;
• Diagnostico do paciente (intoxicação por drogas, esquizofrenia, distúrbio de estresse, distúrbio cerebral orgânico, epilipsia);
• Instabilidade emocional;
• Baixa tolerância e frustação;
• História de delinquência;
• Ideias delirantes de perseguição, alucinação auditiva;
• Comportamento agressivo recente;

A equipe de enfermagem:

A equipe de enfermagem deve se manter calma, com atitudes firmes e estabelecer limites.

Ameaças devem sempre ser levadas a sério.

Abordar com movimentos lentos.

Registrar todo episódio de agressivo nas anotações de enfermagem.