Cultura e os Processos de Saúde e Doença
Por: Edna Silva • 26/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.233 Palavras (5 Páginas) • 604 Visualizações
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TRABALHO
DE
ANTROPOLOGIA
Cultura e os Processos de Saúde e Doença
Aluna: Edna da Silva Pereira
Turma: Enfermagem I
RM: ______________
SÃO SEBASTIÃO
2014
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TRABALHO
DE
ANTROPOLOGIA
Questionário realizado como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Antropologia do curso de Enfermagem I, sob a orientação da Profª Priscila....................
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SÃO SEBASTIÃO
2014
Sumário
- Um pequeno histórico........................................................................................................03
- Da Etnomedicina à Antropologia de Saúde.....................................................................04
- A Dinâmica Cultural..........................................................................................................04
- A Doença como Processo...................................................................................................04
- A Doença como Experiência..............................................................................................05
- Um pequeno histórico
O crescimento do setor da antropologia da saúde como uma área com sua própria originalidade teórica e conceptual é recente. Mas, a relação íntima entre saúde e cultura não é um assunto novo na antropologia. No começo do século, o inglês W. H. R. Rivers, antropólogo formado em medicina, explorou medicina nas culturas não-européias, chamadas “primitivas” naquele período.
Duas décadas à frente depois, nos Estados Unidos, outro médico-antropólogo, Erwim Ackerknecht, publicou muitos artigos sobre a medicina primitiva. Ambos apontaram para as noções de causalidade como ponto de partida para entender os procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Os mesmos limitaram seu foco ao que eles consideraram “medicina primitiva”, caracterizando esta como primariamente mágico-religiosa e qualitativamente diferente da “medicina científica”.
Ackerknecht e Rivers foram homens que no seu tempo e na época da antropologia, quando os conceitos, teorias e debates centravam-se mais na problemática do pensamento de um “outro” caracterizado como primitivo do que na construção de um campo teórico para antropologia da saúde. Neste caso a crítica feita aqui deve ser temperada e equilibrada. Eles foram particularmente importantes ao estabelecerem o estudo da etnomedicina como objeto da pesquisa antropológica. As crenças e as práticas de saúde e doença formam parte de um sistema lógico-conceitual, e não são só fragmentos abundantemente ligados entre si ou aos outros aspectos da cultura e da sociedade.
É visível que, durante a primeira metade do século, os antropólogos interessados em sistemas médicos não tenham explorado questões ligadas à biomedicina, tais como a epidemiologia ou a saúde pública. Apesar de serem médicos Rivers e Ackerknecht não se interessavam em traçar um perfil da saúde dos grupos ou estudar especificamente como as práticas culturais e sociais interagem com questões biológicas para indicar a situação de saúde do grupo.
Trabalhos destacando a questão do estado de saúde e tentando medir o impacto das práticas culturais e sociais sobre saúde apareceram com o desenvolvimento da antropologia aplicada, depois da segunda guerra mundial.
As ações culturais eram vistas como benéficas neutras ou erradas, dependendo de uma avaliação segundo os princípios e o conhecimento da biomedicina. Ainda faltava o desenvolvimento de conceitos que levaria à antropologia fazer uma contribuição significativa para o conhecimento sobre o processo de saúde/doença como uma construção sociocultural.
- Da Etnomedicina à Antropologia de Saúde
Na época de 70, vários antropólogos começaram a propor visões alternativas à biomedicina sobre a definição da doença aproximando o campo da etnomedicina com as preocupações da antropologia simbólica a semiótica, a psicologia, e as considerações sobre o tema da eficácia da cura, estes estudiosos se preocuparam com a construção de paradigmas onde o biológico estivesse articulado com o cultural. Ainda, segundo eles a doença não é um evento primariamente biológico, mas é concebida em primeiro lugar como um processo vivido cujo significado é produzido através dos contextos culturais e sociais, em segundo lugar como um evento biológico.
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