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EMPREGO DOS CUIDADOS PÓS-PCR NA MELHORA DO PROGNÓSTICO DO PACIENTE

Por:   •  17/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.404 Palavras (10 Páginas)  •  417 Visualizações

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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL[pic 1]

PRISCILA ANDREONE PEREIRA – RM : 21837014075

EMPREGO DOS CUIDADOS PÓS-PCR NA MELHORA DO PROGNÓSTICO DO PACIENTE

SÃO PAULO

2018

FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

PRISCILA ANDREONE PEREIRA – RM : 21837014075

EMPREGO DOS CUIDADOS PÓS-PCR NA MELHORA DO PROGNÓSTICO DO PACIENTE

                Trabalho mensal da disciplina Suporte básico de vida e cuidados integrados pós-PCR conforme Diretrizes da Basic Life Support (BLS), prof. Daniel R. Jesus como exigência para o curso de Pós Graduação em Urgência e Emergência pela Faculdade Paulista de São Caetano do Sul.

SÃO PAULO

2018

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04

2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................06

3. CONCLUSÃO........................................................................................................10

4. REFERÊNCIAS.....................................................................................................11


1. INTRODUÇÃO

A parada cardiorrespiratória (PCR) é compreendida como a cessação súbita dos batimentos cardíacos, irresponsividade a estímulos, apneia ou respiração agônica, evidenciada por pulso não palpável e ausência de movimentos respiratórios. Embora haja um avanço no manejo da PCR, este evento envolve alta mortalidade, pois mesmo com uma reanimação cardiopulmonar (RCP) de sucesso, a pessoa acometida ainda poderá apresentar sequelas neurológicas e risco de morte.

Estima-se que no Brasil ocorram 200.000 PCR ao ano, sendo metade dos casos em ambiente hospitalar e a outra metade em ambiente extra - hospitalar. As taxas de sobrevida relacionadas ao cliente com retorno à circulação espontânea ainda não são conhecidas apesar dos avanços relacionados à prevenção e ao tratamento. Isso se justifica pela ausência de estudos estatísticos que comprovem a eficácia da aplicação dos cuidados pós  PCR. Todavia, pode-se dizer que há um avanço no que diz respeito à legislação sobre o acesso público à desfibrilação, à obrigatoriedade de disponibilização do desfibrilador externo (DEA), bem como ao treinamento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, norteado pela Diretriz de 2010 da American Heart Association.

Três fatores fundamentais se associam ao desfecho da PCR, primeiro a qualidade das compressões torácicas continua necessitando de melhoria, embora a implementação das Diretrizes da AHA de 2005 para Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e Assistência Cardiovascular de Emergência (ACE) tenha sido associada a uma melhor qualidade na reanimação e maior sobrevivência. Outro fator é que existe uma variação considerável na sobrevivência à PCR extra - hospitalar entre os serviços médicos de urgência/emergência. Por fim, a maioria das vítimas de PCR súbita extra - hospitalar não recebe nenhuma manobra de RCP de pessoas presentes no local. Para tentar resolver tais questões a AHA atualizou, em 2010, as diretrizes sobre esta temática e visando aumentar a qualidade de vida e o êxito no manejo dos cuidados pós-PCR, incluiu na cadeia de sobrevivência a ênfase a esses cuidados como quinto elo.

Inicialmente, convém citar que segundo a AHA, 2010, os objetivos iniciais dos cuidados pós-PCR são: otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais. Se a PCR ocorrer fora do ambiente hospitalar, transportar o cliente para um hospital com abrangente sistema de cuidado que inclua intervenções coronarianas agudas, cuidados neurológicos, cuidados críticos orientados por metas e considerar hipotermia. Se a PCR ocorrer dentro de hospital, transferir o cliente para uma unidade de cuidados críticos capaz de fornecer cuidados pós-PCR abrangentes, procurar identificar e tratar as causas precipitantes da parada e prevenir eventos recorrentes.

 Além destes, são considerados ainda os seguintes objetivos subsequentes à PCR: controlar a temperatura corporal para otimizar as chances de sobrevivência e a recuperação neurológica; identificar e tratar Síndromes Coronarianas Agudas; otimizar a ventilação mecânica para minimizar danos pulmonares; reduzir o risco de falência múltipla dos órgãos e apoiar o funcionamento dos órgãos; avaliar, objetivamente, os prognósticos de recuperação e auxiliar o sobrevivente com serviços de reabilitação.

 Visto que o enfermeiro participa ativamente neste processo e a evolução da enfermagem teve início com inúmeras teorias, transpostas às classificações de diagnósticos, intervenções e resultados, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) focada nos cuidados pós-PCR se faz necessária para que as ações sejam norteadas e realizadas com êxito. Dentro deste contexto destaca-se as intervenções de enfermagem descritas na Nursing Interventions Classification (NIC) por trazer ações sistemáticas e objetivas, facilitando a sua implementação na prática assistencial.

 

2. DESENVOLVIMENTO

A literatura em geral aponta que embora os melhores cuidados hospitalares para clientes com retorno à circulação espontânea pós-PCR não sejam completamente conhecidos, há um crescente interesse em identificar e otimizar práticas que busquem melhorar os resultados.

 Para tanto, um programa de cuidados abrangente, estruturado e multidisciplinar deve ser aplicado de forma consistente para o tratamento de clientes pós-PCR. Deve incluir como parte de intervenções estruturadas: hipotermia terapêutica; otimização da hemodinâmica e das trocas gasosas; imediata reperfusão coronariana quando indicada para restauração do fluxo sanguíneo coronariano com intervenção coronariana percutânea; controle glicêmico e diagnóstico, gerenciamento e prognóstico neurológico.

 Tendo em vista a importância da otimização dos cuidados prestados nas primeiras 24 horas pós-PCR e visando facilitar o alcance do objetivo deste estudo correlacionaram-se, inicialmente, as etapas do algoritmo de cuidados pós-PCR com as classificações das intervenções de enfermagem (NIC) mais apropriadas.

 Sendo assim, a primeira fase do algoritmo que corresponde ao retorno à circulação espontânea apresenta a seguinte classificação de enfermagem mais apropriada: cuidados cardíacos.

A segunda fase do algoritmo que corresponde à otimização da oxigenação e ventilação apresenta a seguinte classificação de enfermagem mais apropriada: monitorização respiratória.

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