Inserção de Tecnologia em Saúde nas Políticas de Saúde Mental
Por: Amanda Vieira • 7/9/2015 • Trabalho acadêmico • 3.886 Palavras (16 Páginas) • 302 Visualizações
Faculdade de Enfermagem[pic 1]
Inserção de Tecnologia em Saúde nas Políticas de Saúde Mental
Piracicaba
2014
Anhanguera Educacional
Ciência e Tecnologia em Saúde
Curso: Enfermagem – série 1
Professora Michelle
Grupo: RA:
- Amanda Vieira Costa 9902002297
- Bruna Gabriela Barreto 8408960042
- Débora Silva Vasconcelos
- Fernanda da Rocha Pereira
- Ivanilde Oliveira dos Santos 8075853682
- Jhonny Rodrigo Araújo 9902005331
- Jeniffer Thais Carvalho 8094909091
- Jucélia Schiavolin 8062805289
- Maitê Rakowski 8499229345
Piracicaba
2014
Sumário
Faculdade de Enfermagem
Introdução
Reforma Psiquiátrica no Brasil
Desinstitucionalização
Matriciamento ou Apoio Matricial
Práticas do Cuidado – O Enfermeiro
Discussão
Conclusão
Referências Bibliográficas
Introdução
O hospital nem sempre teve um conceito de instituição responsável com finalidade de tratar doentes e promover a cura quando possível. Antes da Reforma Psiquiátrica, ele não era uma instituição médica. Hospitais na Idade Média eram como instituições de caridade, que tinha como finalidade oferecer abrigo, alimentação e assistência religiosa aos marginalizados. Utilizou-se a expressão hospital que, em latim, significa hospedaria, hospitalidade. Contudo, a loucura era vista como forma de marginalidade, no sentido de que os doentes mentais eram indivíduos que deveriam ser afastados para as hospedarias por estarem num estado de inadequação social. Apenar de depois de tempos a saúde já ser diferente do que era, até pouco tempo as práticas manicomiais ainda eram comuns.
A Reforma Psiquiátrica visou reformar as antigas práticas de exclusão social de pacientes mentais com base em novas tecnologias e novos estudos. Sabendo que a tecnologia é a forma de conhecimento que abrange todos os métodos, independente do uso de equipamentos modernos, a visão sobre o paciente mental mudou. Profissionais da saúde e os Direitos Humanos passaram a garantir um tratamento mais humanista dando sentido terapêutico aos hospitais gerais, os quais se encontravam em condições subumanas, promovendo a segregação familiar e social.
A importância do estudo e atualização na área da saúde mental mostra a abrangência da tecnologia empregada no tratamento do paciente. O que melhorou muito de lá pra cá.
Tecnologia na Enfermagem
A tecnologia proporciona uma variedade de opções para atender a demanda com objetivo de facilitar, agilizar e modernizar. Aperfeiçoa objetos tornando-os mais duráveis, melhorando a produção ao reduzir o tempo e/ou o seu custo.
Hugo de Saint-Victor, na idade média descreveu sobre a tecnologia: “Atualmente a ciência é considerada a parceira da tecnologia sendo, dessa forma, uma atividade tão utilitária quanto contemplativa [...] A moderna tecnologia com base científica consiste no uso de ciência pura e aplicada para fabricar artefatos, construir técnicas e organizar atividades humanas”. Descrevendo a tecnologia como uma forma de conhecimento que deve abranger os métodos de produção de todas as coisas, Hugo mostrou que a tecnologia além de produzir máquinas físicas e bem elaboradas, organiza e sintetiza atividades. Ou seja, a tecnologia física e pesada apoia-se nas ciências naturais e a tecnologia não física e leve, nas ciências comportamentais.
Não sendo apenas destacada pelos maquinários e avanços modernos, a tecnologia é um conjunto de conhecimentos sintetizados e com constantes inovações e estes podem ser usados pelo profissional da enfermagem em seu trabalho. Pela reflexão, interpretação e análise, que aprimoraria sua experiência profissional e humana.
A origem da palavra techné − arte aplicada - introduz um conceito mais amplo destacando a utilização de conhecimentos científicos, ou não, em situações comuns na enfermagem. Assim a arte pode ser entendida como tecnologia em enfermagem. Para esclarecer melhor, a Drª Elvira Felice de Souza, enfermeira que introduziu as técnicas de enfermagem de forma sistematizada e que contribuiu para o crescimento desse saber pelo seu aperfeiçoamento em tecnologia, afirmou que “a enfermagem pode ser considerada como arte e ciência, sendo que a tecnologia põe a ciência em prática e para que isto aconteça, devem-se ter a ciência, por conseguinte da tecnologia”.
Assim, tendo em vista a rápida evolução e o constante aprimoramento da ciência, tem sido difícil acompanhar o ritmo das mudanças, adequando-se a estas na mesma proporção a tecnologia. Portanto ela não é apenas o modo de fazer ou a ciência empregada ao caso, mas é também o modo de pensar, conhecimento e experiência em suas tomadas de decisões, incluindo como e se devem ser usadas às novas tecnologias disponíveis, levando sempre em consideração o melhor para o paciente.
A Reforma Psiquiátrica no Brasil levou em consideração estas pesquisas e foi se adequando cada vez mais ás necessidades do paciente, visando o melhor tratamento e o conceito de tecnologia na saúde do paciente mental.
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