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Intoxicação por agrotóxicos no Brasil: os sistemas oficiais de informação e desafios para realização de estudos epidemiológicos

Por:   •  6/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  471 Palavras (2 Páginas)  •  710 Visualizações

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PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO

TRABALHO AVALIATIVO:

Intoxicação por agrotóxicos no Brasil: os sistemas oficiais de

informação e desafios para realização de estudos epidemiológicos

        

        

APARECIDA  MOURA CARVALHO

SÃO PAULO/ SP

2015

O estudo do artigo afirma que o trabalho agrícola é uma das mais perigosas ocupações na atualidade. Dentre riscos os agrotóxicos são relacionados a infecções agudas, doenças crônicas, problemas reprodutivos e danos ambientais. A OMS estima que os agrotóxicos causem 70 mil infecções agudas e crônicas que evoluem para óbito e pelo menos 7 milhões de doenças agudas e crônicas não fatais, devido aos pesticidas.

O consumo de agrotóxicos no Brasil cresceu muito, transformando o país em um dos lideres mundiais no seu consumo. A pesquisa sobre os danos que esses agrotóxicos causam ao ser humano também cresceu, mas é insuficiente conhecer para conhecer a dimensão dos danos á saúde. O problema apontado é a falta de informação sobre o consumo de agrotóxico e consequentemente a insuficiência de dados sobre intoxicações por estes produtos.

Assim, o artigo busca avaliar os dados sobre intoxicações por agrotóxicos obtidos em fontes oficiais de registro, como o SINITOX, SIH/SUS, CAT, SINAN, e para dados de mortalidade, o SIM.

Os métodos utilizados foram a examinação da estimativa de intoxicação e morte por agrotóxicos, depois analisados os dados do Receituário Agronômico como instrumento de avaliação do consumo de agrotóxico no Brasil e então avaliados vários estudos brasileiros sobre intoxicações por agrotóxicos em trabalhadores rurais. Pode-se falar que os métodos utilizados no trabalho abordado faz referência a aula exposta pelo professor, quando fala que avanços recentes da epidemiologia usa métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças e definir estratégias de prevenção e controle.

Foi observado que existem vários sistemas oficiais que registram intoxicações por agrotóxicos, mas nenhum deles corresponde adequadamente como instrumento de vigilância. Na prática, apenas registram os casos agudos e mais graves, e os casos crônicos não são captados por nenhum desses sistemas.

Sobre os Receituários Agronômicos foram discutidos entre profissionais da área, mas não se identificou um padrão específico, evidenciando a insuficiência do RA como fonte de informação.

Como cita o autor, pesquisa sobre epidemiológica sobre as intoxicações por agrotóxicos no Brasil ainda é uma área com várias lacunas a serem preenchidas. O processo de qualificação dos registros oficiais implica em análises frequentes desses registros e na devolução para o sistema, identificando as fragilidades e estimulando a melhoria das notificações.

Destaca-se a necessidade urgente de um sistema confiável de informações sobre o consumo de agrotóxicos no país. O RA vem se distanciando do controle de uso desses produtos como objetivo original.

A relevância do tema e o enorme contingente de trabalhadores expostos é um estímulo para a pesquisa epidemiológica sobre intoxicações por agrotóxicos, que no Brasil ainda tem um vasto campo para se desenvolver (FARIA, N.M.X. et al).

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