O Exame do Abdômen
Por: 291.2 • 11/11/2023 • Trabalho acadêmico • 813 Palavras (4 Páginas) • 102 Visualizações
Exame do abdome: Sistema digestório
Os órgãos que compõem o sistema digestório têm funções específicas, como mastigação, ingestão, digestão e absorção dos alimentos
Quando um processo patológico instala-se em qualquer um dos segmentos do sistema digestório, gera alterações na sua estrutura e ou função.
Esses problemas manifestam-se por sinais e sintomas característicos, como disfagia (dificuldade para engolir), pirose (azia ou queimação), soluços, dispepsia (desconforto na área do abdômen), constipação, dor abdominal, entre outros.
Esses serão avaliados através da anamnese, exame físico, avaliação laboratorial e exames de imagem especializados.
Destaca-se a importância da interação enfermeiro-paciente no momento da realização desse exame, considerando o fato de que o paciente pode estar inseguro e ter expectativas formadas em relação ao atendimento profissional.
Para ajudar nessa relação, é imprescindível que sejam respeitados os medos, anseios e valores do paciente e adotadas atitudes empáticas, não só para amenizar o possível desconforto, mas principalmente, para gerar confiança.
Planejamento: condições ideais e entrevista
Na execução do exame físico do abdome deve haver planejamento das condições ideais, de modo a garantir o conforto e a segurança do paciente. São elas:
→ Preparo do ambiente - a unidade de internação, ou uma sala de consultório, equipada com mobiliário básico. É fundamental que haja boa iluminação e ventilação, que se garanta a privacidade do paciente e que se evitem correntes de ar durante o procedimento, de modo a prevenir desconforto e alteração na tensão da musculatura do abdome.
→Preparo do material - o enfermeiro deve ter à disposição alguns materiais, como balança antropométrica, estetoscópio, fita métrica, relógio com marcador de segundos, régua (20 cm), caneta marcadora e dois travesseiros pequenos.
→ Preparo do paciente-antes de dar início à realização do exame, deve ser solicitado ao paciente que esvazie a bexiga. A posição mais adequada é a supina ou em decúbito dorsal horizontal, com os braços estendidos ao longo do corpo e com um travesseiro pequeno colocado sob a cabeça e outro sob os joelhos, para permitir o relaxamento da musculatura do abdome.
Para realizar o exame, o examinador deve expor o abdome do paciente, tornando-o completamente visível desde o apêndice xifoide até a sínfise púbica. Deve preocupar-se em cobrir-lhe a genitália e, se ele for do sexo feminino, cobrir também as mamas.
Para completar o exame, a região posterior do abdome também deve ser examinada. Para tal, solicita-se ao paciente que se sente na borda do leito ou da mesa de exame com os pés apoiados sobre a escada de dois degraus, as mãos sobre os joelhos ou sobre a cama lateralmente ao corpo e que mantenha o tronco ereto.
O enfermeiro deve dialogar com o paciente, proporcionando-lhe condições para que se sinta confortável e com isso, mais relaxado para o exame. Além disso, é importante que o examinador tenha as unhas aparadas e as mãos aquecidas, preocupando-se em aquecer, também, o diafragma do estetoscópio.
Também como parte do planejamento, antes do exame físico do abdome ou de qualquer outro segmento corporal, é de extrema importância entrevistar o paciente. O enfermeiro deve incluir questões sobre os hábitos relacionados ao funcionamento do sistema digestório.
O roteiro a seguir pode orientar a fase de coleta de dados:
→Hábito alimentar-número de refeições diárias, tipos de alimentos ingeridos, preferências e aversões alimentares, intolerância a alimentos, restrições alimentares.
→Sialorreia ou ptialismo - frequência e fatores desencadeantes da produção excessiva de saliva.
→ Soluço-início e evolução do sintoma, relação com a ingestão de alimentos.
→ Disfagia-início e evolução da dificuldade para deglutir.
→ Pirose ou azia – se a "queimação"
→Náuseas - intensidade, frequência
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