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O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE COM NEOPLASIA INTRACRANIANA METÁSTATICA

Por:   •  7/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.735 Palavras (7 Páginas)  •  310 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

CURSO DE ENFERMAGEM

VICTÓRIA FINOTTI VILLEGAS

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE COM NEOPLASIA INTRACRANIANA METÁSTATICA

GUARUJÁ

2019

Victória Finotti Villegas

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE COM NEOPLASIA INTRACRANIANA METÁSTATICA

Trabalho científico apresentado à universidade de Ribeirão Preto –UNAERP Campus Guarujá, como requisito parcial para obtenção do título de conclusão da máteria de Gestão do conhecimento.

Orientador: Profª Ma. Vírginia Sene Fernandes

Guarujá

2019

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

Um tumor cerebral é o crescimento de células anormais no interior do crânio. Os tumores cerebrais ocorrem em todas as faixas etárias. Cerca de 50% dos tumores cerebrais são malignos. Um tumor cerebral, seja ele maligno ou benigno, pode levar a morte. (SMITH, et al, 2005).

Os tumores cerebrais secundários ou metastáticos desenvolvem-se a partir de estruturas fora do cérebro e ocorrem em 20 a 40% de todos os pacientes com câncer. Os tumores cerebrais raramente originam metástase para fora do sistema nervoso central, mas as lesões metastáticas para o cérebro ocorrem comumente a partir do pulmão, mama, trato gastrointestinal inferior, pâncreas, rim e pele (melanomas). (SMITH, et al, 2005)

Os sinais e sintomas neurológicos incluem a cefaleia, distúrbios da marcha, comprometimento visual, alterações da personalidade. mentalização alterada (perda da memória e confusão), fraqueza focal paralisia, afasia e convulsões. Esses problemas podem ser devastadores para o paciente e para a família. (SMELTZER, et al, 2009).

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano, 2018/2019, foram diagnosticados 11.320 novos casos de tumores cerebrais/sistema nervoso central (5.810 em homens e 5.510 em mulheres) no Brasil. Esses números correspondem a um risco estimado de 5,62 casos novos a cada 100 mil homens e 5,17 para cada 100 mil mulheres.

Segundo Sales, et al. (2003), o enfermeiro desempenha um papel muito importante nos cuidados do paciente com neoplasia, principalmente na obtenção de conforto para o doente, pois o enfermo terminal encontra-se geralmente marcado pelos longos períodos de hospitalização e pode sofrer uma variedade de sintomas, desde a constipação intestinal até a depressão nervosa. Assim sendo necessário uma avaliação do grau de deficiência para o autocuidado ocasionado pela enfermidade e seu tratamento e a reação do paciente perante esses problemas, sendo a meta promover maior independência do doente, ou, quando isso não for possível, procurar a melhor maneira de ele adaptar às limitações impostas pelo progresso da doença.

O presente trabalho se justifica pelo alto crescimento de casos neoplásicos no sistema nervoso central. Esperamos atrair atenção para o tema, visto que os cuidados paliativos têm como finalidade proporcionar ao paciente e sua família uma melhor qualidade de vida possível, e a comunicação terapêutica pode auxiliar no enfrentamento da doença e no medo de morrer. Pois apesar desses cuidados estar voltada para o doente em fase terminal da enfermidade, muitos de seus princípios são aplicados também em etapas iniciais da doença, em combinação com as terapêuticas específicas ao processo patológico.

O estudo tem como objetivo descrever a assistência prestada ao paciente oncológico pelo profissional enfermeiro. Acredita- -se que o estudo poderá contribuir para a reflexão do papel comunicacional, bem como o conforto nos cuidados paliativos do profissional em sua relação com pessoa com tumor metastático no sistema nervoso central.

Descrevo então a seguinte estrutura; para introduzir o tema fica claro o conceito geral, específico e os principais sinais e sintomas da patologia usando como referencial SMITH, 2003 e SMELZER, 2002. Seguido de dados de incidência de novos casos encontrados no INCA. Considerando o papel do profissional enfermeiro no assunto proposto com SALES, 2003. Levo em consideração NASCIMENTO, 2010 e PETERSON, 2011, no desenvolvimento do presume trabalho, no papel da enfermagem com a comunicação terapêutica e cuidados paliativos do paciente portador de neoplasia metastática intracraniana.

Comunicação Terapêutica na Assistência de Enfermagem

 Conforme Peterson, et al. (2011) a comunicação terapêutica frente ao paciente oncológico terminal, permite que o profissional de enfermagem identifique as necessidades de saúde de seu paciente, além de transmitir confiança, auxiliando na ansiedade e no enfrentamento do processo de morrer, transformando esse cuidado em um cuidado mais humano.

Em vista disso o enfermeiro deve utiliza uma comunicação adequada, de fácil entendimento, mantendo um diálogo constante, interesse pela escuta, cultivando o respeito, empatia e confiança. E ao mesmo tempo proporcionar as informações corretas sobre seu câncer e tratamento utilizado. Situações que requerem o domínio das emoções, como enfermeiro, sendo elas transmitidas de forma verbal e não verbal.

Todavia, existem dificuldades a serem enfrentadas na comunicação enfermeiro e paciente em estado terminal. O cuidado nessas condições confronta o enfermeiro com seus próprios medos, o que podem interferir nos cuidados. A falta de vontade de se comunicar ou de interagir com os doentes é interpretada por estes como um não cuidado, além do que uma atitude distante pode gerar sentimentos de medo e abandono. (PETERSON, et al., 2011).

Para comprovar o sentimento de tristeza na assistência ao paciente frente ao processo de morrer, Peterson, et al. (2011) cita o depoimento de enfermeiros experientes na área da oncologia:

[...] Apesar da dor, especialmente por perceber a dor vivenciada pelo próximo, há um sentimento de satisfação de saber que foi feito o melhor e que tive contribuição em deixar aqueles momentos finais em algo melhor, digo, tentando melhorar o conforto e segurar a mão, demonstrar carinho e, às vezes, é melhor que um remédio prescrito [...] (PETERSON, et al., 2011, pg 695).

Para manter-se boa a terapia comunicativa o enfermeiro necessita não só adquirir o conhecimento da patologia em si e seus cuidados paliativos, mas, além disso, a habilidade em lidar com os sentimentos dos outros e com as próprias emoções frente ao doente com ou sem possibilidade de cura. (PETERSON, et al., 2011).

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