O Procedimento Operacional Padrão
Por: Taiara Ferreira • 16/5/2024 • Trabalho acadêmico • 2.796 Palavras (12 Páginas) • 56 Visualizações
[pic 1]HOSPITAL DA MULHER (HM)
Tipo do Documento | PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO | POP.CCIH – Página 1/12 | |
Título do Documento | PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA AO CATETER VESICAL DE DEMORA | Emissão 05/05/2024 | Próxima revisão: 05/05/2026 |
Versão: 01 |
1 OBJETIVO
Garantir as boas práticas clínicas para prevenção, diagnóstico e tratamento de ITU.
2 RESPONSÁVEIS
2.1 Enfermeiros;
2.2 Técnicos de enfermagem;
2.3 Médicos;
2.4 Demais profissionais de saúde.
3 MATERIAIS NECESSÁRIOS
3.1 Cateter ureteral (tipo Foley/ duas ou três vias);
3.2 Bolsa coletora;
3.3 Luvas de procedimento limpas e luvas estéreis;
3.4 Touca;
3.5 Máscara cirúrgica;
3.6 Gel anestésico (deve ser de uso único ou primeiro uso);
3.7 Pacotes de gaze;
3.8 Seringa de 20 ml com bico;
3.9 Agulha calibrosa e ampolas de água destilada;
3.10 Seringa de 3 a 20 ml;
3.11 Álcool a 70%;
3.12 Adesivo ou fita hipoalergénicos;
3.13 Etiqueta de identificação da bolsa coletora ou caneta retroprojetora;
3.14 Biombos.
[pic 2]HOSPITAL DA MULHER (HM)
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Título do Documento | PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA AO CATETER VESICAL DE DEMORA | Emissão 05/05/2024 | Próxima revisão: 05/05/2026 |
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4 SIGLAS
4.1 IRAS – Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde;
4.2 ITU - Infecção do trato urinário;
4.3 ITU-AC – Infecção do trato urinário associada ao cateter vesical de demora;
4.4 IH – Internamento hospitalar;
4.5 IRAS - Infecção relacionada à assistência;
4.6 MDR - Multidroga resistente;
4.7 SVD- Sonda vesical de demora.
5 CONCEITO
5.1 As infecções do trato urinário (ITU) são responsáveis por 35-45% das IRAS em pacientes adultos, com densidade de incidência de 3,1-7,4/1000 cateteres/dia. Cerca de 90% estão relacionadas à cateterização vesical, seja de alívio ou de demora.
5.2 Entende-se que a técnica de inserção de forma asséptica e o tempo de permanência da cateterização vesical são fatores importantes para a colonização e para a infecção do trato urinário. O fenômeno essencial para determinar a virulência bacteriana é a adesão ao epitélio urinário. A contaminação poderá ser intraluminal ou extraluminal (com a produção de 63 biofilmes), sendo esta última a mais comum. O risco para ITU associada ao cateterismo intermitente é menor que a permanência do cateter, sendo de 3,1%.
5.3 Acometem pacientes de ambos os sexos e apresentam agravantes relativos a doenças clínicas ou cirúrgicas. Em uma parcela de indivíduos, a manifestação de bacteriúria clinicamente significativa, porém transitória, desaparece após a remoção do cateter, contudo poderá ocorrer sepse com alta letalidade em alguns casos específicos, dependendo da imunidade do hospedeiro.
[pic 3]HOSPITAL DA MULHER (HM)
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5.4 Os agentes etiológicos responsáveis por essas ITU costumam, inicialmente, pertencer à microbiota do paciente. Posteriormente, devido ao uso de antimicrobianos, pode ocorrer a modificação da microbiota com a seleção de microrganismos resistentes. As bactérias Gram-negativas (enterobactérias e não fermentadores) são as mais frequentes, mas Gram-positivos são de importância epidemiológica, especialmente o gênero Enterococcus.
5.5 O diagnóstico clínico precoce baseado no quadro clínico do paciente, associado aos exames complementares (qualitativo e quantitativo de urina e a urocultura), são úteis para confirmar a infecção urinária e instituir uma adequada terapêutica.
5.6 Existem situações em que o diagnóstico de infecção urinária pode ser confundido com casos de bacteriúria ou candidíase assintomática (nos quais o paciente não tem sintomas) o que pode representar apenas colonização devido à presença do biofilme no dispositivo. A bacteriúria assintomática não necessita de tratamento, exceto em grávidas, transplantados de rim, crianças com refluxo vesico ureteral importante, pacientes com cálculos infectados e os submetidos a cirurgias urológicas.
5.7 Etiologia
5.7.1 Gram-negativos (Klebsiella sp, E. coli, Pseudomonas sp, Acinetobacter Sp);
5.7.2 Gram-positivos (Enterococcus faecalis, E. faecium, Staphylococcus saprophyticus);
5.7.3 Fungos (Candida albicans e não-albicans).
6 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NOS ADULTOS
6.1 Exame de urina e cultura para pacientes com sintomas ou com risco de sepse. O teste só é feito em pacientes que podem exigir tratamento, incluindo aqueles com sintomas, e pacientes com alto risco de desenvolver sepse, como:
6.1.1 Pacientes com granulocitopenia
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