Práticas Educativas em Saúde
Por: Francr13 • 24/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.380 Palavras (6 Páginas) • 346 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
CURSO: Enfermagem
DISCIPLINA: Práticas Educativas em Saúde
(UNIDADE 1- TAREFA 1)
Cinthya Dantas Nascimento Cód. 830972
Francielle Rozendo de Carvalho Cód. 831076
Gabriela Aparecida Zanelato Sanitá Cód.831076
Júlia Larissa Galhardi Cód. 831163
Rayanne Rezende Ferreira Cód. 830987
Profª. Drª Débora Cristina Modesto Barbosa
Ribeirão Preto – SP
2019
INTRODUÇÃO
O período pós-parto, também chamado de período pós-natal ou puerperal, refere-se às semanas imediatamente após a mulher ter dado à luz. Durante esse período, o corpo da mulher retorna ao estado pré gravidez, produzindo contrações que causam o encolhimento do útero da mulher, que retira o feto. Os efeitos posteriores do parto também incluem sangramento vaginal ou lóquios. Como essas alterações geralmente ocorrem nas seis a oito semanas após o parto normal, também é estimado que o período pós-parto ultrapasse de seis a oito semanas. Além das mudanças físicas, dor e fadiga que acompanham o parto, a mulher também experimenta mudanças emocionais e psicológicas significativas ao começar a cuidar do bebê
O período pós-parto é uma fase muito especial na vida de uma mulher e de celebração em muitas sociedades, onde as mães muitas vezes cheias de perguntas e dúvidas se baseiam nas práticas de cuidado de si e do bebê, em mitos e superstições passadas de geração em geração. Esse período é o momento que o corpo precisa se curar e recuperar da gravidez e do parto. Um bom puerpério com cuidados, higiene e dieta bem equilibrada durante o período puerperal é muito importante para a saúde da mulher. Mas práticas culturais e tabus podem afetar negativamente a vida dela e do seu bebê.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo é descrever as práticas tradicionais mais comuns entre as mulheres relacionadas ao período pós-parto.
METODOLOGIA
Realizamos uma pesquisa bibliográfica de artigos, relacionados ao pós-parto e às crenças tradicionais e ou práticas culturais nesse período, com intuito de desmistificar as práticas relacionadas as restrições associadas à higiene corporal da puérpera, como, a não lavagem dos cabelos.
RESULTADOS
Os resultados deste estudo mostram que as tradicionais práticas de cuidado com a mãe no período após o nascimento são comuns.
A tradição e a cultura passadas de geração para geração sempre tiveram uma força intensa. Os mitos relacionados à cultura atravessam as fronteiras do tempo e influenciam o comportamento das mulheres, já que o puerpério é realizado nas bases familiares, onde elas eram instruídas, por exemplo, a não lavarem seus cabelos durante 13 dias nesse tempo de ''recuperação'', para não interromper o sangramento no pós-parto e, assim, correr o risco de morrer ou ficar louca. Esse e outros hábitos assolam crenças infundadas que não possuem nenhuma comprovação cientifica e podem prejudicar a mulher e a criança em seu período de pós-parto. Por isso esses artigos comprovam que não há embasamento científico que confirme que essas práticas, seja verdadeira e benéfica para a saúde da mulher. Com base nesses resultados, os profissionais de saúde responsável por cuidar da mulher e sua família no período após o nascimento deve avaliar o indivíduo de forma holística e inclusivamente, pessoal deve estar ciente das mudanças culturais que afetam significativamente a saúde e a importância de conhecimento das crenças e práticas tradicionais da sociedade que eles servem.
CONCLUSÃO
Com bases no que foi estudado, é necessário que se tenha mais informações sobre os benefícios dos serviços formais de saúde materna, esses programas educacionais devem ser voltados não apenas para mulheres, mas também para maridos, pais e sogros e a comunidade. Ao reconhecer e apreciar crenças locais comuns, os profissionais podem estar mais bem posicionados para fornecer cuidados culturalmente competentes. Em vez de reduzir as opções disponíveis para as mulheres durante a experiência do parto, os profissionais devem entender, respeitar e integrar interpretações culturais do parto e as necessidades das mulheres e de suas famílias.
É muito importante que o enfermeiro conheça esses métodos realizados por essas mulheres a fim de incorporar os cuidados fornecidos nas orientações de saúde e promover uma atenção mais qualificada durante este período, a assistência de enfermagem, por meio da educação em saúde, tem um papel muito importante para que a puérpera consiga alcançar a autonomia no cuidado consigo e com a criança.
FICHAMENTO E REFERÊNCIAS
AUTOR/ANO/TÍTULO | OBJETIVO | METODOLOGIA | RESULTADO/DISCUSSÕES/CONCLUSÃO |
Autor: Renata Reps – Revista Crescer Ano: 2014. Título: O que é permitido (ou não) na quarentena | Desmistificar as crenças sobre não poder lavar os cabelos no período pós-parto. | Página de internet Site:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Pos-parto/noticia/2014/01/o-que-e-permitido-ou-nao-na-quarentena.html | Lavar o cabelo no pós-parto pode causar a morte ou deixá-la louca? MITO/VERDADE - Desde que o mundo é mundo após as mulheres passarem pelo parto, seja ele normal ou Cesária são orientadas a seguirem certas ''regras'', costumes no período conhecido como pós-parto, puerpério ou quarentena (período de 40 dias) Eram instruídas por exemplo a não lavarem seus cabelos durante 13 dias nesse tempo de ''recuperação'', para não interromper o sangramento no pós-parto e, assim, correr o risco de morrer ou ficar louca. Porém esse e outros milhares de condutas, procedimentos, hábitos dos quais as mulheres foram aconselhadas a seguir por suas avós, tias, mães, não passam de mitos, lendas, crenças infundadas; não possuem nenhuma comprovação cientifica que prove sua eficácia. Mas ainda hoje em pleno século XXI vemos pessoas acreditando piamente nessas lendas populares. Uma pesquisa efetuada pela Unifesp, baseada na análise de entrevistas realizadas com cerca de 300 mulheres que acabaram de ter filhos, comprova que procedimentos sem validação científica ainda permanecem na vida das mães. |
Autor: Maurício Sobral Ginecologista e Obstetra Ano: 2015 Título: O que pode e o que não pode no pós-parto: ginecologista tira dúvidas sobre os cuidados na quarentena | Descrever sobre o mito de não poder lavar os cabelos no período de puerpério. | Página de internet Site: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/maternidade/noticia/2015/09/o-que-pode-e-o-que-nao-pode-no-pos-parto-ginecologista-tira-duvidas-sobre-os-cuidados-na-quarentena-cjplg6nbz01bumncn1c0q2iqf.html | Lavar o cabelo no puerpério pode fazer com que o sangramento da vagina suba para a cabeça? MITO - Na época das avós, tinha uma lenda de que se a mãe lavasse a cabeça durante a quarentena, o sangramento da vagina poderia subir para a cabeça e com isso deixando a mulher louca, mas isso é um mito, durante essa fase não há problemas em manter a higiene lavando os cabelos. |
Autor: Solange Madalena – Experiências realizadas com mães Ano: 2014 Título: Pós-parto, o que pode e o que não pode | Relatos sobre o mito de não poder lavar os cabelos no período da quarentena. | Página de internet | Lavar o cabelo no pós-parto pode causar danos à saúde do bebê? MITO - Lavar a cabeça no período de quarentena, nome popularmente utilizado, já nos meios dos profissionais da área de saúde tem como o período de puerpério. Trata-se de um mito lavar a cabeça após o nascimento da criança (que é cerca de 6 a 8 semanas), a mulher pode e deve lavar o cabelo, isso ajuda ela se sentir melhor com ela mesmo, e mantêm a higiene pessoal, não interfere em nada de sua saúde e muito menos na saúde do bebê. |
Autor: Amaral, Souza, Melo, Ramos – Revista da rede de enfermagem do Nordeste Ano: 2012 Título: Práticas de cuidado de si: Mulheres no período puerperal | Práticas de Cuidados com mulheres no período de puerpério. | Página de Internet Site: http://www.redalyc.org/pdf/3240/324027980011.pdf | Como as mulheres realizavam as práticas de cuidados de si durante o período do puerpério MITO/VERDADE -” eu ficava na casa da minha mãe e ela não me deixava lavar cabelo, essas coisas de “louco” assim sabe?! Dos antigos. E eu tinha cuidado com os pontos para não infeccionar, né?! Que elas (enfermeiras e técnicas de enfermagem) recomendam lá (no hospital) quando sai, fazer a higienização direitinho [...]” “Ah, eu cuidava para não me abaixar muito, não fazer muito esforço, ficava mais deitada, por causa dos pontos, né?” ” Eu não carregava peso, eu ficava mais deitada por causa dos pontos também” “Não faz isso, não faz aquilo”: mitos construídos no contexto familiar sobre o período puerperal” Os mitos e tabus relacionados à cultura atravessam as fronteiras do tempo e influenciam o comportamento das mulheres. Contudo, os autores deste mesmo estudo acreditam que, por meio de diálogo franco e da preparação das mulheres para o parto e puerpério, com orientações claras e esclarecimentos, torna-se possível rever condições inadequadas à saúde da puérpera. Considera-se que a assistência de enfermagem, por meio da educação em saúde, tem um papel muito importante para que a puérpera consiga alcançar a autonomia no cuidado consigo e com a criança. |
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