Resenha Crítica : Uma Prova de Amor
Por: Isadora R. • 4/11/2017 • Resenha • 687 Palavras (3 Páginas) • 3.623 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL - UDF[pic 1]
Professora: Flávia Oliveira de Almeida Marques da Cruz
Aluna: Isadora da Silva Ribeiro RGM: 1624444-3
RESENHA CRÍTICA
Filme: Uma Prova de Amor
BRASÍLIA
2016
Uma Prova de Amor é um filme sobre um casal, Brian e Sara Fitzgerald, cujas vidas estão centradas em torno de sua filha Kate. Quando pequena, Kate foi diagnosticada com leucemia e os médicos deram-lhe pouco tempo para viver. Consequentemente, seus pais, influenciados pelo médico oncologista de sua filha, tomam a decisão de duplicar os cromossomos dela, gerando geneticamente outro bebê, a Anna, a fim de usar sua anatomia para salvar a vida de sua irmã. À medida que o filme avança, Anna (a criança recém-criada por fertilização in vitro), descobre a verdadeira razão por trás de sua concepção. Mais tarde, o câncer de Katie volta e agora ela precisa de um rim, pois os seus já não funcionam mais. Cansada de passar a vida inteira dando partes do seu corpo para a irmã mais velha, Anna abre um processo contra seus próprios pais. Anna afirma que o processo é para ela ter "direito sobre sua vida" e ter o privilégio de tomar a decisão sobre o que fazer com seu próprio corpo. Isto é o que ela faz seus telespectadores acreditarem, até depois descobrirmos que a motivação real por trás da ação era, na verdade, porque Kate decidiu acabar com sua vida e pôr fim ao seu sofrimento. A família torna-se dividida entre a tensão do processo e a luta para manter Kate feliz e viva.
Há quatro princípios da bioética que devem ser seguidos diante das questões da vida humana: a beneficência, a não-maleficência, a autonomia e a justiça. Assim sendo, podemos apontar que a beneficência é preconizar o bem-estar e os interesses do paciente, do mesmo modo que é refletido no filme, na ocasião em que Kate recebe as primeiras doações de sua irmã Anna de medula óssea, leucócitos e granulócitos, como tratamento para sua doença e assim ajudar-la a se afastar da morte. Além disso, há também a não-maleficência (não realizar dano intencioanl ao paciente), o qual na obra pode ser qualificado no desfecho da existência de Kate, onde ela meramente espera partir, o que se enquadra nos cuidados paliativos ao enfermo, isto é, aprimorando a condição com que ele próprio vive, apresentando por maior finalidade conceder um falecimento digno. Sobretudo, condiz ressaltar sobre a autonomia que é o direito de escolha e decisão sobre as ações que serão realizadas em seu corpo. Dessa maneira, podemos mencionar Anna, concebida precisamente para auxiliar biologicamente sua irmã Kate no tratamento da leucemia. Todavia, quando ela solicita judicialmente sua emancipação médica, está ali praticando a autonomia sobre o seu corpo. Porém, é exibido mais pra frente no filme que Kate, por não sustentar mais passar por mais nenhum procedimento médico e não desejar mais que sua Anna desse qualquer órgão para ela, faz com que sua irmã busque um advogado para se defender. Dessa forma, é estabelecido e concedido igualmente a Kate essa autonomia sobre si, graças a sua decisão de declinar o tratamento, dispensando Anna de correr mais algum risco à saúde e ter uma vida reduzida.
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