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Sindrome compartimental

Por:   •  8/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  537 Visualizações

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SÍNDROME COMPARTIMENTAL-SC

Consiste em um aumento da pressão dentro de um compartimento fechado com queda da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contido (pressão intersticial maior que a pressão capilar), podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas provocando dano tecidual. A síndrome foi descrita pela primeira vez 1872 por Richard Von Volkmann

Compartimento

Agrupamento de músculos do tipo esquelético, nervos e vasos sanguíneos em braços, pernas, mãos e nádegas e em outros lugares do corpo. São revestidos por uma membrana de pouca elasticidade chamada fáscia. No corpo humano há quarenta e seis compartimentos preenchidos por musculatura e nervos, sendo nove encontrados no tronco enquanto o restante está nas extremidades.

TIPOS DE SÍNDROME COMPARTIMENTAL

Aguda e Crônica

SÍNDROME COMPARTIMENTAL AGUDA

Trata-se de uma emergência médica. Geralmente causada por uma grave lesão . Se não houver tratamento pode levar a lesões musculares permanentes, devido ao aumento do conteúdo ou redução do volume provocando edema e em consequência a necrose muscular e neurológica. A Sindrome Compartimental aguda se desenvolve quando o edema ou sangramento ocorre dentro de um compartimento .

Causas de síndrome compartimental aguda

O fator desencadeante da SC aguda é quase sempre o edema muscular resultante do trauma ocorrido por acidente grave .Raramente desenvolve-se após um ferimento relativamente menor. Devido ao fato da membrana que protege os músculos, fáscia , ter um limite de elasticidade, o edema muscular pode aumentar a pressão sobre os vasos capilares, nervos e músculos dentro das lojas. Comprometendo a circulação sanguínea , faltanto oxigênio ,causará dano tecidual e isquemia. Após seis horas desta, as lesões podem ser reversíveis ou não e após oito horas são irreversíveis . A pressão intracompartimental normal é de 0 a 10 mmHg abaixo da pressão diastólica normal. Já em tecido lesado os danos esquêmicos iniciam com 20mmHg abaixo da pressão diastólica normal.

Principais causas de SC aguda

Fratura;

Compressão do membro por talas enfaixamento e gesso;

Curativos compressivos;

Ataduras elásticas de compressão;

Trauma, esmagamento ;

Queimaduras;

Hemorragia ;

Infusão de medicação ou punção de artéria;

Uso inadequado de manguitos para aferição de pressão arterial não invasiva, principalmente em neonatologia;

Picada de cobra ;

Pós operatório de cirurgia para revascularização-isso pode ocorrer depois de um reparo de uma artéria danificada que foi bloqueada por várias horas;

Posiçoes inadequadas durante a cirurgia.

Compartimentos mais afetados da SC aguda

Os compartimentos mais afetados são aqueles que possuem uma menor capacidade elástica da fáscia. Quando ocorre nos membros inferiores os músculos do compartimento anterior da perna são os mais afetados, entretanto a loja posterior também pode ser acometida. Em torno de quarenta e cinco por cento dos casos de SC é causado por fraturas dos ossos da perna.

Nos membros superiores a Sindrome Compartimental aguda ocorre mais em antebraço por trauma músculo esquelético e vascular.

A prevalência da SC não é bem definida , pois muitas vezes o diagnóstico não é feito.

Sinais e sintomas da Sindrome Compartimental Aguda

Os sinais e sintomas mais comuns são:

PARAESTESIA -é o sintoma inicial refletindo primeiramente o sofrimento nervoso

DOR - dor intensa fora de proporção , é pulsante, profunda e não alivia com medicação analgésica, nem mesmo morfina

EDEMA - edema do membro evidente ,brilhante,duro e quente

PALIDEZ- reflete um sinal de perfusão capilar reduzida e e mais tardio, ou seja, gravíssimo, já encaminhando para amputação

AUSÊNCIA DE PULSO- também é um sinal tardio , pode ser verificado na palpação ou com dopler , porem não é critério de diagnóstico e no caso de síndrome compartimental ele pode estar normal ou levemente diminuído.

PARALIZIA-mostra acometimento da placa neuromuscular e ausência de resposta a estimulação neurológica .

Diagnóstico da Síndrome Compartimental Aguda

O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que um paciente se apresentar com queixas de dor crescente no membro com as características já descritas, principalmente se tiver sofrido traumatismo, imobilização ou cirurgia.

O mais importante para o diagnóstico é conhecer a possibilidade de que a síndrome de compartimento possa ocorrer, mesmo que não haja causa óbvia, devendo o médico atuar precocemente.

A pressão normal em uma extremidade em repouso é normalmente menor que 15 mmHg, ocorrem repercussões circulatórias negativas quando as pressões são superiores a 25 mmHg e cessa fluxo venoso quando a pressão é maior que 30mmHg podendo haver síndrome compartimental

O diagnóstico de SC aguda é clínico porém , quando há suspeita de síndrome do compartimento os níveis de pressão podem ser pesquisados. Existem diversos métodos para monitorizar a pressão intracompartimental, dentre eles: técnicas de Whitesides, Stryker, cateter de Wick, cateter de Slit. Laboratorialmente pode se ter um aumento da creatina-quinase (CK) num valor de 1000-5000U/ml demonstrando uma mioglobinúria que pode sugerir o diagnostico . A técnica mais usada e de Whitesides.

Tratamento da síndrome compartimental aguda

O tratamento da síndrome compartimental aguda é cirúrgico, através de fasciotomia descompressiva de urgência, que permitira a expansão dos tecido e consequentemente a liberação dos músculos com a abertura da fáscia no compartimento acometido descomprimido-o , ocorrendo a reperfusão. Também

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