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Ulcera Venosa

Por:   •  5/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  514 Visualizações

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Ulcera Venosa

A úlcera de perna acomete as extremidades dos membros inferiores e sua causa geralmente relaciona-se ao sistema vascular arterial ou venoso. As úlceras venosas (UV) representam 70 a 90% de todas as úlceras de membros inferiores e é considerada a complicação mais grave da insuficiência venosa crônica, podendo esta decorrer da existência de varizes primárias, sequela de trombose profunda, anomalias valvulares venosas ou outras causas capazes de interferir no retorno do sangue venoso. (Brasil 2002).

O sistema venoso dos membros inferiores é formado por veias profundas e superficiais que se comunicam por meio dos vasos perfurantes. O músculo da panturrilha atua como uma bomba, de modo a facilitar o retorno venoso no sentido cefálico, opondo-se à força gravitacional, e as válvulas unidirecionais presentes no sistema venoso impedem o refluxo do sangue.
Durante a contração do músculo da panturrilha, ao se realizar exercícios físicos ou durante à deambulação, a pressão no sistema venoso profundo diminui, fazendo com que o sangue flua do sistema superficial até as veias profundas, por meio das veias comunicantes. Em indivíduos com insuficiência venosa esse mecanismo não ocorre de maneira eficaz, promovendo hipertensão e consequente estase venosa. Sabe-se ainda que a ulceração venosa decorre da hipertensão venosa, entretanto, o mecanismo preciso ainda é pouco claro. (Kax  2003).

Clinicamente, as UV caracterizam-se por localização na região do maléolo e terço distal da perna, lenta progressão, bordas infiltradas, fundo com fibrina, extremidade quente, edema, presença de varizes, dor em pontada ou contínua, presença de infecção secundária e alterações cutâneas, como eczema de estase, esclerose e hiperpigmentação. (Brasil 2002).

No Brasil, a UV é um grave problema de saúde pública, tendo em vista que a sua prevalência acompanha o crescimento da população idosa e aumenta com a idade, sendo superior a 4% em pessoas acima dos 65 anos. (LPF 2006) e (Torres, Dantas, Nunes 2009). Tal fato adquire maiores dimensões ao saber-se que, com o envelhecimento populacional, consequência do processo de transição demográfica, o resultado é o aumento da proporção de idosos e com ele o aumento da prevalência desse agravo. Por se tratarem de feridas crônicas, as UV causam vários problemas, tais como dor permanente, incapacidade, sofrimento, isolamento social, perda da autoestima, gastos financeiros, afastamento do trabalho e alterações psicossociais dos pacientes e de seus familiares (Torres, Dantas, Nunes 2009).

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