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A Farmacogenética

Por:   •  24/5/2015  •  Resenha  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  434 Visualizações

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A Farmacogenética pode ser considerada como a ciência que examina as bases genéticas das variabilidades individuais, observadas nas repostas terapêuticas a tratamentos farmacológicos. Recentemente a farmacogenética foi definida como o estudo do papel da hereditariedade na variação individual ao efeito de um fármaco. A convergência atual dos avanços em farmacogenética e sua transformação farmacogenômica tem levado a comunidade científica a um entusiasmo crescente para a aplicação na prática clínica.

As diferenças no genoma humano são raramente encontradas, porém quando elas acontecem chamamos de mutações, já o Polimorfismo é o mais comum. Alguns Polimorfismos estão associados a mudanças no metabolismo e efeitos de fármacos, para que haja uma resposta clínica muitos estão sendo usados para estudo. A variabilidade farmacocinética é decorrente do polimorfismo genético de enzimas participantes do metabolismo de fármacos.

Reações metabólicas de fármacos são divididas em duas fases, sendo assim cada uma apresentando sua característica. Segue abaixo:

• Reações de Fase 1: As três principais famílias de enzimas do citocromo P450, são as CIP1, CIP2 e CIP3. O gene CIP2D6 gera diferentes fenótipos de metabolização que estão muito relacionados a fármacos como morfina, dextrometorfano, metoprolol e nortriptilina. Algumas pessoas apresentam uma resposta terapêutica inadequada a certos fármacos, que geralmente é decorrente do seu metabolismo ser ultra-rápido. Os metabolizadores lentos necessitam apenas de uma fração da dose utilizada pelos metabolizadores rápidos, para possuir a mesma concentração plasmática, exemplo no caso do antidepressivo nortriptilina.

• Reações de Fase 2: Estudos de clonagem molecular mostram que existem dois genes da N-acetiltranferase em humanos NAT1 e NAT2. O polimorfismo genético responsável pela variação no metabolismo da isoniazida envolve o gene NAT2 e existem diferenças quanto à frequência desse polimorfismo. Os fármacos tiopurinicos, mercaptopurina e aziatiopurina são antimetabólicos usados clinicamente como imunossupressores e para tratar leucemia linfoblasticas em crianças. Os pacientes com baixos níveis de atividade para TPMT podem ser tratados com fármacos tiopurinicos, somente em pequenas doses para que a toxidade do fármaco seja evitada, há evidências de que pacientes com altos níveis de eficácia do fármaco tiopurinico são reduzidas, pois ambos são rapidamente metabolizados.

As variações genéticas nos transportadores de íons possuem uma função importante nos efeitos tóxicos produzidos pelos fármacos em certos pacientes. Uma mutação no KCNE2, o gene de uma subunidade de membrana integral que conta com a ajuda da HERG para formar canais de potássio, foi identificado em um paciente que apresentou arritmia cardíaca após ingerir o antibiótico claritomincina.

O polimorfismo no gene da poliproteína E (APOE) tem um papel importante na resposta ao tratamento de Alzheimer. Em estudos relacionados à doença com tacrina, 83% dos pacientes que não possuíam alelo e mostram melhora na resposta total e na resposta cognitiva após 30 semanas. As diferenças genéticas não explicam apenas as diferenças entre pessoas quanto à eficácia de fármacos, mas também quanto à frequência de efeitos colaterais.

Na insuficiência cardíaca, foram identificados alguns polimorfismos em genes responsáveis pela codificação dos receptores adrenérgicos, os quais podem influenciar a resposta terapêutica, o prognóstico ou o risco de desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Um polimorfismo importante foi identificado para o receptor adrenérgico Beta1

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