A Hanseníase é uma doença de evolução crônica
Por: Maiara Rekowsky • 14/4/2016 • Trabalho acadêmico • 357 Palavras (2 Páginas) • 623 Visualizações
INTRODUÇÃO
A Hanseníase é uma doença de evolução crônica cujo agente etiológico o Mycobacterium leprae (M. leprae), que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas, com redução de sensibilidade. O bacilo da lepra tem preferência por células cutâneas e nervosas periféricas. O agravamento da Hanseníase se dá, devido ao comprometimento do sistema nervoso periférico com conseqüente perda de sensibilidade atrofia e paralisias musculares, que se não tratadas podem evoluir para incapacidades físicas fatais. Quando a imunidade é eficiente, o individuo no desenvolve a doença, ou desenvolve sob o tipo de hanseníase tuberculóide pode mostra poucas lesões bem delimitadas, que tendem a cura espontânea. Há, no entanto, uma porcentagem de indivíduos que apresenta defesa imune celular deficiente contra o M. leprae e, quando infectados, desenvolvimento múltiplo, rico em bacilos, não se curam espontaneamente, tendendo a piora progressiva. A transmissão da hanseníase se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento, que elimina os bacilos pelas vias áreas superiores, infectando outras pessoas suscetíveis. Estima-se que somente uma parcela da população que entra em contato com a bactéria manifeste a doença, que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também se manifesta de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. O diagnóstico da hanseníase é realizado essencialmente nos serviços de Atenção Básica de Saúde, por meio do exame dermato neurológico, com o objetivo de identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos. Os pacientes virchowiano caracterizam-se clinicamente por apresentarem comprometimento cutâneo generalizado com lesões em pápulas, tubérculos, nódulos e infiltrações difusas que praticamente, não deixam área de pele indene. Do ponto de vista histopatológico aparecem granulomas extensos em pele e nervos, constituídos por macrófagos volumosos com múltiplos bacilos. Dados epidemiológicos dão conta que no Brasil a doença é endêmica, sendo registrados 47.000 novos casos a cada ano, dos quais 23,3% com graus de incapacidade I e II sabem-se que o conhecimento deficiente desta doença por parte da população afetada e como conseqüência a baixa adesão ao tratamento e o abandono na sua fase inicial são alguns dos fatores que contribuem para o crescimento do número de casos.
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