A Saúde Coletiva
Por: Mickaelly Marcelino dos Santos • 17/11/2018 • Trabalho acadêmico • 585 Palavras (3 Páginas) • 283 Visualizações
UNIVERSIDADE TIRADENTES
CURSO DE FARMÁCIA
MICKAELLY MARCELINO DOS SANTOS
RESUMO: SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Aracaju
2017
MICKAELLY MARCELINO DOS SANTOS
RESUMO: SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Resumo apresentado ao Curso de Farmácia, sob orientação da profª Nara Michelle Moura Soares, como um dos pré-requisitos para avaliação da disciplina de Saúde Coletiva.
Aracaju
2017
Jornal Nacional. Ministério confirma 42 mortes por febre amarela no país em 2017, 17 de janeiro de 2017. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal- nacional/noticia/2017/01/ministerio-da-saude--confirma-42-mortes-por-febre-amarela-no-pais.html
Durante o início do período Brasil Colônia, o sistema de saúde predominante era o curandeirismo dos índios, onde os pajés utilizavam ervas medicinais para o tratamento e cura das doenças. Além dos pajés, a única assistência de saúde que a população tinha era dos boticários viajantes. Em 1789 existiam no Rio de Janeiro somente quatro médicos e as condições de saúde eram precárias, apenas 1808 com a chegada da Família Real Portuguesa, percebeu-se a necessidade de melhoria no sistema de saúde, criando as academias médico-cirúrgicas do Rio de Janeiro (1813) e da Bahia (1815), que se tornaram as primeiras escolas de medicina do país. No início do século XX foi organizado o saneamento básico das cidades brasileiras e, Oswaldo Cruz foi encarregado de sanar as epidemias da época, ele assumiu caráter agressivo/punitivo e isto acabou causando indignação da população e consequentemente revoltas, como a Revolta da Vacina, em que a população se mobilizou para protestar contra a obrigatoriedade da vacina antivaríola, pois as pessoas não tinha conhecimento sobre sua serventia e a viam como um castigo, em meio a tudo isso Oswaldo Cruz foi afastado da Saúde Pública. Seu sucessor foi Charles Chagas, que estruturou campanhas de educação sanitária e promoção de saúde, pois a população carecia dessas medidas. Em 1884, o Brasil recebeu grande número de imigrantes europeus, que trouxeram consigo pensamentos diferentes, como a exigência de um modelo de saúde melhor e fazer manifestações, causando pressão popular ao governo que estabeleceu a lei Eloi Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensão, sustentada por empresas privadas, ela dava direito à assistência médica e aposentadoria para os trabalhadores urbanos, apenas 40 anos depois, foi criado o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, para dar o mesmo direitos a quem não trabalha no centros urbanos. Na década de 30, Vargas substituiu as Caixas de Aposentadoria e Pensão por IAPs (Institutos de Aposentadoria e Pensões), muito similar às caixas, a diferença real era que as IAPs foram administradas por representantes de sindicatos, afastando a administração das empresas privadas. Vargas também criou o Ministério da Educação e Saúde, nisto ele executou medidas sanitaristas, mas a maior parte do investimento foi para a educação. Durante o Regime Militar, os planos de saúde privados tomavam força, pois a maioria dos trabalhadores não tinha carteira assinada, assim não recebendo os direitos do governo. Nessa época o governo e as instituições cristalizavam a medicina curativa, deixando as práticas de prevenção de doenças em segundo plano novamente. A indignação com o Regime Militar e com a saúde pública, provocou pressão no governo para a Reforma Sanitária, que futuramente deu fruto ao SUS. A partir deste relato da história da saúde coletiva no Brasil, pode se afirmar que o braseiro nunca teve uma assistência médica coletiva acessível e eficiente, pois sempre desvalorizou o trabalhador, e isto, apesar de ter diminuído em grau, ainda persiste na atualidade, pois o SUS apesar de ser universal, possui um atendimento precário e vergonhoso para o país e sua população.
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