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As Embalagens de Alimentos no Brasil

Por:   •  9/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.705 Palavras (11 Páginas)  •  739 Visualizações

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EMBALAGEM

O mercado de alimentos no Brasil tem sido alvo de grandes investimentos e é um dos que mais cresce. Ao mesmo tempo, o mercado de embalagens passa pela mesma transformação com a abertura de novas empresas e melhoria dos processos de produção. Os consumidores estão exigindo embalagens mais funcionais em termos de comunicação de informações e mais facilidades para segurar, carregar e usar. Com a difusão da tecnologia, o principal diferencial nas embalagens tem sido a criatividade, sendo responsável pelo desenvolvimento de embalagens cada vez mais leves, práticas e eficientes, que atendem às exigências dos consumidores (GONÇALVES. 2008).

A embalagem para bens de consumo é um elemento fundamental para a vida moderna, ao desempenhar importante papel na economia e no comportamento da sociedade.

As principais funções de uma embalagem é, conter que significa conter uma determinada quantidade de alimentos, que facilite o transporte, a estocagem, a venda e a utilização do produto, a proteção que é considerada uma barreira entre o alimento e o meio externo, a função de informar que está relacionada com as informações ao consumidor sobre o alimento e vender que vem sendo o primeiro contato visual do consumidor com o produto e que permite uma rápida identificação do produto pelo consumidor.

Dada a importância do setor de embalagens na indústria de alimentos, este artigo de revisão tem por objetivo abordar os grupos de embalagens utilizadas para o acondicionamento de alimentos, enfatizarão os diferentes tipos de embalagens ativas e inteligentes, o armazenamento e transporte do alimento preparado e a coleta seletiva e reciclagem das embalagens.

TIPOS DE EMBALAGENS

Os grupos de embalagens utilizadas para o acondicionamento de alimentos compreendem as compostas por vidro, papel e/ou cartão, metal e plásticos. A Tabela 1 apresenta algumas características e aplicações importantes dos diversos tipos de embalagens (FABRIS, FREIRE, REYES, 2006).

[pic 1]

As embalagens se encontram apresentadas em três níveis: primária, secundária e terciária ou de transporte (BARÃO. 2011).  

As embalagens primárias são aquelas que entram em contato direto com o alimento, podendo ser a lata; o vidro ou o plástico. Sua grande responsabilidade é conservar e conter o produto (BARÃO. 2011).

Já as embalagens secundárias (caixas de cartão ou de cartolina) entram em contato com as embalagens primárias, podendo conter uma ou várias embalagens primárias, tendo afinalidade de protegê-las das ações físicas e mecânicas durante a distribuição. (BARÃO. 2011).

As embalagens terciárias agrupam diversas embalagens primárias ou secundárias, sendo responsáveis pela proteção durante o transporte, como as caixas de cartão canelado ou as caixas plásticas (engradados) usadas para garrafas (BARÃO. 2011).

SISTEMAS DE EMBALAGENS ATIVAS E INTELIGENTES

Dentre os desenvolvimentos em embalagens ativas, merecem destaque os filmes, revestimentos e sachês antimicrobianos e antioxidantes e os filmes aromáticos. Já as embalagens inteligentes são divididas em dois grupos principais, carreadoras de dados, onde estão inseridos o código de barras e as etiquetas por identificação de frequência de rádio (RFID), e indicadoras, que incluem os sensores de tempo-temperatura, gases, toxinas e microrganismos (BARÃO. 2011).

EMBALAGENS ATIVAS

As embalagens ativas têm várias funções adicionais em relação às embalagens passivas, que são limitadas a proteger os alimentos de condições externas. As embalagens ativas alteram as condições do produto, aumentando sua vida de prateleira, segurança e qualidade e, ou melhorando suas características sensoriais (SOARES, et al.2009).

Alguns sistemas de embalagens ativas já foram desenvolvidos e encontram aplicação em produtos disponíveis no mercado. As principais técnicas em embalagens ativas dizem respeito a substâncias que absorvem oxigênio, etileno, umidade e odor, e aquelas que emitem dióxido de carbono, agentes antimicrobianos, antioxidantes e aromas. Essas técnicas consistem na incorporação e, ou imobilização de certos aditivos à embalagem em vez da incorporação direta no produto (SOARES, et al.2009).

EMBALAGENS ANTIMICROBIANAS

A crescente preocupação com a qualidade microbiológica dos alimentos tem aumentado o interesse pelos filmes antimicrobianos. A embalagem antimicrobiana é um tipo promissor de embalagem ativa que apresenta substância antimicrobiana incorporada e, ou imobilizada no material da embalagem e é capaz de eliminar ou inibir microrganismos deterioradores e, ou patogênicos. O princípio básico de atuação dessa embalagem é a adição de uma barreira extra (microbiológica) às barreiras físicas (oxigênio e umidade) (SOARES, et al.2009).

Os agentes antimicrobianos podem ser incorporados diretamente à matriz polimérica em rótulos, etiquetas ou estar contidos em sachês. Sua adição nos filmes poliméricos pode ser feita de duas maneiras: incorporação e imobilização. No primeiro caso, há liberação do agente antimicrobiano para o alimento, enquanto na imobilização o composto atua somente em nível de superfície (SOARES, et al.2009).

Alguns fatores podem afetar a efetividade da embalagem antimicrobiana, como as características do antimicrobiano (solubilidade e tamanho da molécula) e do alimento, condições de estocagem e distribuição (tempo e temperatura), método de preparo do filme (extrusão ou casting) e interação entre antimicrobiano e polímero. Diversos estudos têm demonstrado eficiência e aplicabilidade das embalagens ativas antimicrobianas (SOARES, et al.2009).

EMBALAGENS ANTIOXIDANTES

A oxidação constitui um dos mecanismos mais frequentes de deterioração e redução da vida útil dos alimentos. Além de alterar o gosto (rancificação) e a qualidade nutritiva (perda de vitaminas e ácidos graxos essenciais) dos alimentos, a oxidação resulta em compostos reativos e tóxicos que representam um perigo para os consumidores (SOARES, et al.2009).

Esse sistema consiste na incorporação de substâncias antioxidantes em filmes plásticos, papéis ou sachês, de onde serão liberadas para proteger os alimentos da degradação oxidativa, inibindo as reações de oxidação ao reagirem com radicais livres e peróxidos e, consequentemente, estendendo a sua vida de prateleira (SOARES, et al.2009).

As embalagens antioxidantes apresentam potencial para aplicações comerciais, entretanto é necessário que elas satisfaçam critérios de segurança alimentar. A difusão dos antioxidantes para os alimentos causa preocupações aos consumidores no que diz respeito à sua segurança. Por essa razão, existe crescente preferência pelo uso de substâncias naturais. Alguns antioxidantes naturais que podem ser utilizados em embalagens para alimentos incluem ácidos fenólicos (á-tocoferol), ácidos orgânicos (ácido ascórbico), extrato de plantas (alecrim, chá etc.) e poliaminas (espermina e espermidina). As substâncias naturais são normalmente caras, logo o desenvolvimento de novas embalagens ativas empregando quantidades mínimas destes compostos é desejável para aplicações práticas (SOARES, et al.2009).

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