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Caso Clinico Ulcerações

Por:   •  23/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.076 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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Caso clinico sobre ulceração

Tom é um estudante de curso de pós-graduação, de 24 anos de idade. Apresenta-se com boa saúde, apesar de estar consumindo aproximadamente dois maços de cigarro e tomando cinco xícaras de café por dia. Neste momento, encontra-se estressado devido à proximidade do prazo de entrega de sua tese de informática. Além disso, vem tomando dois comprimidos de aspirina por dia nos últimos dois meses, devido a uma lesão do joelho sofrida enquanto esquiava durante as férias de inverno. Nessas últimas duas semanas, Tom começou a sentir uma dor em queimação na parte superior do abdome, que aparece 1 a 2 horas após a ingestão de alimento. Além disso, essa dor o acorda freqüentemente por volta das 3 h da madrugada. A dor é habitualmente aliviada com a ingestão de alimento e o uso de antiácidos de venda livre. Com o aumento da intensidade da dor, Tom decide consultar o seu médico, o Dr. Smith, na Policlínica. O Dr. Smith verifica que o exame do abdome é normal, exceto por uma hipersensibilidade epigástrica à palpação. Discute as opções de exames diagnósticos com Tom, incluindo uma seriografia gastrintestinal superior e um exame endoscópico. Tom escolhe submeter-se à endoscopia. Durante o exame, uma úlcera é identificada na porção proximal do duodeno, na parede posterior. A úlcera mede 0,5 cm de diâmetro. Efetua-se uma biópsia de mucosa do antro gástrico para a detecção de Helicobacter pylori. O diagnóstico é de úlcera duodenal. O Dr. Smith prescreve omeprazol, um inibidor da bomba de prótons. No dia seguinte, quando o relatório de patologia indica a presença de infecção por H. pylori, o Dr. Smith prescreve bismuto, claritromicina e amoxicilina, além do inibidor da bomba de prótons. O Dr. Smith também aconselha a Tom a parar de fumar e de beber café e, sobretudo, a evitar o uso de aspirina. Tom não apresentou nenhum problema clínico durante os 10 anos que sucederam à cicatrização de sua úlcera duodenal. Aos 34 anos, desenvolve a síndrome do túnel do carpo e começa a tomar vários comprimidos de aspirina ao dia para aliviar a dor. Um mês depois, aparece uma dor em queimação na parte superior do abdome. Após a ocorrência de vômito “em borra de café” e perceber que as fezes adquiriram uma cor preta, Tom decide procurar o seu médico. O Dr. Smith efetua uma endoscopia e descobre que Tom apresenta uma úlcera gástrica que sangrou recentemente. O Dr. Smith explica a Tom que a doença ulcerosa péptica sofre recorrência. O teste da respiração é negativo para H. pylori, e o médico diz que o uso de aspirina é a causa mais provável da recorrência. Tom é tratado com antiácidos e ranitidina, um antagonista dos receptores H2, e o médico pede que interrompa o uso de aspirina. O Dr. Smith explica a Tom quais são os analgésicos considerados antiinflamatórios não-esteróides (AINE). Passaram-se duas semanas, Tom declara ao Dr. Smith que a dor no punho tornou-se insuportável e que precisa continuar com a aspirina para conseguir se concentrar no trabalho. O Dr. Smith responde que ele pode até mesmo continuar com a aspirina, contanto que a sua medicação antiulcerosa seja modificada, substituindo o antagonista H2 por um inibidor da bomba de prótons.

1- Quais os fatores de risco apresentados por Tom para o desenvolvimento de doença ulcerosa péptica? Qual o papel do H. pylori e do uso de AINE nesta doença? 

O fator de risco principal apresentado por Tom é o uso da aspirina diariamente isso por que a aspirina se trata de um AINE, não seletivo, ela possui o mecanismo de ação a inibição da Cox2 (inflamativa) e da Cox1 (constitutiva).

O seu uso com frequência pode desenvolver doenças ulcerativas isso por que a Cox1 está inibida, e ela é responsável pela formação da película cito protetora estomacal que protege as células estomacais do liquido ácido que degrada os alimentos, podendo causar fortes dores evoluindo para ulceras (feridas) estomacais.

Por isso a orientação do médico para não utilizar mais a aspirina e o quadro clinico dele não se potencializar.

A H. pylori é uma bactéria que provoca ulceras por danificar o revestimento mucoso que protege o estomago e o duodeno. Com a lesão do revestimento mucoso faz com que o ácido forte do estomago atinja o revestimento sensível, a H. pylori e o ácido do estomago juntos, irritam o revestimento do estomago e o duodeno e causam ulceras.

Tom fuma e toma café, o que foi orientado pelo médico a para, porem as úlceras peptídicas não são causadas por estresse ao comer alimentos picantes, mas ambos podem piorar os sintomas, ato de fumar e a ingestão de bebida alcoólica também podem piorar as úlceras e impossibilita a sua cura.  

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