ESTUDO SOBRE MEDICAMENTOS ANSIOLÍTICOS FITOTERÁPICOS PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE
Por: prjcs2 • 10/1/2023 • Trabalho acadêmico • 4.560 Palavras (19 Páginas) • 127 Visualizações
ESTUDO SOBRE MEDICAMENTOS ANSIOLÍTICOS FITOTERÁPICOS PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE
INDALECIO, Michele Cristina [1]
Faculdades Integradas Maria Imaculada – FIMI
michelecristinaindalecio@gmail.com
MARINI, Danyelle Cristine[2]
Faculdades Integradas Maria Imaculada – FIMI
danymarini@gmail.com
RESUMO
A ansiedade tornou-se um problema de saúde pública e no Brasil existe uma taxa significativamente alta envolvendo este transtorno que afeta inúmeras pessoas, sendo o quinto país em casos de depressão. A ansiedade configura-se como um problema que agrega inúmeros graus de desconforto. O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade do mundo, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade. Os medicamentos que são produzidos a partir de partes de plantas são chamados de fitoterápicos, e já possuem eficácia comprovada no tratamento de certas doenças, pois a maioria das pessoas procura um tratamento que venha da natureza, que não provoque tanta agressividade no organismo. Segundo a legislação sanitária brasileira, RDC nº 26 de 13 de maio de 2014, os medicamentos fitoterápicos são aqueles obtidos através do uso exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, com a segurança e qualidade baseado em evidências clínicas. Esse trabalho teve como objetivo analisar pessoas que fazem ou já fizeram uso de medicamentos fitoterápicos para o tratamento da ansiedade. A pesquisa foi realizada por meio de aplicação de um questionário contendo 23 questões aplicadas a 100 voluntários maiores de 18 anos, destes, 47% tiveram melhoras com o uso de medicamentos fitoterápicos para o tratamento da ansiedade, 50% obteve conhecimento sobre medicamento fitoterápico conversando com terceiros, 91% acreditam na eficácia do uso de medicamentos fitoterápicos Conclui-se que os medicamentos fitoterápicos melhoram a ansiedade dos pacientes, sendo importante o acompanhamento de um profissional adequado sobre a orientação de seu uso.
Palavras-chave: 1. Ansiolíticos. 2. Fitoterápicos. 3. Plantas medicinais
- INTRODUÇÃO
A ansiedade faz parte dos sentimentos normais de uma pessoa, porém ela se torna patológica quando não é proporcional à situação que a desencadeia, interferindo na qualidade de vida do indivíduo, tornando-se um transtorno de ansiedade, caracterizado por preocupação excessiva e crônica sobre diferentes situações (GUIMARÃES et al., 2015).
O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é, recordista mundial no transtorno de ansiedade, onde 18,6 milhões (9,3%) da população, sofre com esse problema se tornando um problema de saúde pública (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017).
No caso da depressão, o Brasil ocupa o quinto lugar. Alguns desconfortos causados pela ansiedade são: sudorese, aceleração do pensamento, insônia, dificuldade de se concentrar, problemas cardíacos (ZANUSSO, 2019).
Segundo análise da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a prevalência mundial do transtorno de ansiedade (TA) é de 3,6%. No continente americano esse transtorno mental alcança maiores proporções e atinge 5,6% da população (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017).
Os transtornos que a ansiedade gera são: Transtorno do Pânico, Fobia Específica, Transtorno de Ansiedade Social (TAS) e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) (FERNANDES et al., 2017).
O tipo mais comum é o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), no qual o indivíduo sofre por sintomas de ansiedade persistentes afetando vários comportamentos do mesmo em situações cotidianas. Os sintomas incluem incapacidade de respirar, fadiga e cefaleia, hiperatividade, palpitação, sudorese, tontura, calafrios, falta de ar, irritabilidade e dificuldades de concentração. O tratamento desta doença consiste na farmacológica associada à psicoterapia (BRASIL, 2015)
Foram constatados que os transtornos de ansiedade são frequentes em adultos, principalmente entre as mulheres. Conforme a intensidade da ansiedade, pode prejudicar o funcionamento psíquico e corporal. Acredita-se, que esse tipo de transtorno está diretamente relacionado a alguns neurotransmissores (FAUSTINO; ALMEIDA; ANDREATINI, 2010).
Foram verificados através de testes com animais, que as drogas que bloqueiam os receptores da serotonina diminuem o comportamento ansioso. O Ácido gama-aminobutirico (GABA) é um outro neurotransmissor envolvido com os processos de ansiedade, o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central (SNC). Nos transtornos de ansiedade há uma alteração nesses receptores do Ácido gama-aminobutirico (GABA), estando em número reduzido ou a afinidade pelo neurotransmissor está reduzida. No transtorno de ansiedade ocorre uma ansiedade ininterrupta, que se caracteriza por ter uma duração e intensidade desproporcionais às situações, a qual, além de não ajudar, dificulta as reações de defesa ao perigo. Pode vir acompanhada de irritabilidade, tensões musculares, falta de sono, taquicardia, tremores, inquietação, entre outros. Três plantas podem ser utilizadas no tratamento da ansiedade, já que elas têm ações ansiolíticas, com eficácia comprovada e aprovada pela legislação de fitoterápicos (BRAGA; PORDEUS; SILVA, 2010).
Os medicamentos que são produzidos a partir de partes de plantas são chamados de fitoterápicos, e já possuem eficácia comprovada no tratamento de certas doenças. Os fitoterápicos passam por testes de qualidade e precisam ser registrados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antes de serem comercializados. Já as plantas medicinais, também utilizadas para o tratamento de enfermidades, não passam por um processo de fabricação e controle de qualidade, geralmente são utilizadas em chás (CRF SP, 2019).
A fitoterapia é a utilização de plantas medicinais no tratamento e prevenção de doenças, sendo a forma terapêutica mais antiga. Pode-se ser apresentada de três maneiras: substâncias in natura, manipuladas ou industrializadas. Atualmente, o tratamento com plantas medicinais tem sido muito utilizado pela população, pois a maioria das pessoas procura um tratamento que venha da natureza, que não tenha tanta agressividade no organismo e seja “natural”, porém, muitas pessoas não sabem que há tantos perigos e interações medicamentosas quanto os medicamentos alopáticos (CRF, 2019).
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