Os Tópicos Integradores
Por: Leila Balieiro • 4/6/2023 • Trabalho acadêmico • 1.202 Palavras (5 Páginas) • 84 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU
CURSO DE FARMÁCIA
LEILA BALIEIRO OLIVEIRA FERREIRA - 17033076
TÓPICOS INTEGRADORES.
BELÉM-PA
2023
Resumo.
Tratamento farmacológico da dor crônica não oncológica em idosos: Revisão integrativa.
O artigo fala sobre o tratamento farmacológico da dor crônica em idosos, publicados entre 2007 e 2017, disponíveis na íntegra nas línguas portuguesa ou inglesa.
Foram selecionados: 20 artigos de revisão, cinco estudos observacionais, cinco ensaios clínicos, uma série de casos e um estudo retrospectivo, os resultados demonstram variadas opções de tratamento da dor crônica na população idosa.
O manejo da dor no idoso requer atenção a diversos fatores, entre eles as comorbidades, polifarmácia e funcionalidade do paciente. Envelhecimento populacional é acompanhado de aumento na incidência de doenças crônicas e degenerativas, que contribuem para o aparecimento de dores e limitações funcionais.
A dor crônica é condição prevalente em idosos e apresenta grande repercussão no estado de saúde, qualidade de vida e 25% a 50% dos idosos em geral sofrem de dor crônica e esses números podem chegar a 80% em idosos institucionalizados.
Analgésicos não opioides.
Grupo de drogas diversas que diminuem ou interrompem as vias de transmissão nervosa.
Não foram encontrados estudos sobre o uso da dipirona na dor crônica, por esse motivo, tal medicamento não será abordado no presente estudo.
Acetaminofeno
É o analgésico mais utilizado mundialmente, sendo a droga de eleição no tratamento da dor leve a moderada. Apresenta raros efeitos colaterais e poucas interações medicamentosas. Em muitos países a droga é considerada a principal causa de insuficiência hepática aguda e, mesmo em dosagens habituais, pode causar toxicidade subclínica. Apesar de ser considerada uma droga segura para idosos, não existem estudos que abordem especificamente a segurança do acetaminofeno em idosos.
Anti-inflamatórios
AINEs como drogas de escolha no tratamento da dor crônica leve a moderada, as mesmas são potencialmente inapropriadas para idosos e seu uso indiscriminado é relacionado a diversas morbidades. O diclofenaco de sódio é uma droga de alta potência e o mais prescrito mundialmente, porém com alto índice de efeitos colaterais. A droga está disponível nas apresentações oral, tópica e adesivo, essa última apresentando maior segurança quanto aos efeitos adversos sistêmicos, porém sua eficiência não pode ser compara à da forma oral.
Estudos sugerem superioridade dos AINEs seletivos sobre os não seletivos quanto aos efeitos gastrointestinais. O celecoxib apresenta melhor perfil de tolerância gástrica quando comparado ao ibuprofeno e diclofenaco, entretanto o seu uso por período superior a seis meses resulta em incidência semelhante de efeitos gastrointestinais. Visto que nenhum dos AINEs é completamente seguro quanto aos seus efeitos gastrointestinais, o uso concomitante de inibidores da bomba de prótons é indicado. Os efeitos cardiorrenais são geralmente atribuídos a drogas tradicionais como o diclofenaco, nimesulida e naproxeno.
Opioides
Devido ao alto índice de dependência, efeitos colaterais e desconhecimento por parte dos clínicos, há receio em prescrever opioides. Os principais efeitos colaterais dos opioides, no entanto, são gastrointestinais, incluindo constipação, náuseas e vômitos. Esses efeitos podem ser amplificados por alterações fisiológicas normais aos idosos, como o aumento do pH gástrico e redução da motilidade intestinal e gástrica.
Tramadol
São escassos os estudos na população idosa e alguns autores indicam o início com dose de 25 a 50 mg dia, com aumento progressivo até 100 mg/dia. Estudo observacional de Imamura avaliou os efeitos da combinação tramadol e acetaminofeno em pacientes com dor lombar crônica sem melhora com o uso de AINEs. Os resultados mostraram melhora significativa da dor após um mês de tratamento, no entanto mais estudos de caráter intervencional são necessários para avaliação a dos resultados em longo prazo.
Codeína
É um opioide fraco amplamente usado no tratamento da dor moderada. Doze vezes menor potência que a morfina, é muito utilizada em combinação com outros analgésicos como o paracetamol. Não foram encontrados estudos avaliando o uso da codeína na população idosa.
Hidrocodona
Hidrocodona, também conhecido como dihidrocodona é um opioide semissintético sintetizado a partir da codeína. É um dos principais e mais utilizados opioides no tratamento da dor crônica nos Estados Unidos. Pacientes com idade superior a 75 anos, com dor moderada a intensa, foram admitidos para tratamento por um período de 52 semanas. Os resultados demonstraram que 94% dos pacientes relataram-se satisfeitos com o tratamento e diminuição da dor no índice de avaliação dor nas últimas 24 horas.
Metadona
A metadona é um opioide sintético popular que apresenta potente efeito analgésico e também diversos efeitos adversos.
Nesse estudo, os autores concluíram que a metadona foi segura, bem tolerada e eficaz no controle da dor quando oferecida como um complemento ao tratamento com hidromorfona. Segundo consenso da ASIPP para o tratamento da dor, a metadona é recomendada apenas em caso de falhas de outras drogas opioides, iniciando-se o tratamento com a dose de dois a cinco mg/dia e dose de manutenção entre 10 e 30 mg/dia. É recomendada a realização de eletrocardiograma prévio e durante o tratamento.
Oxicodona
Novos estudos têm mostrado resultados promissores quanto ao uso da oxicodona como primeira opção no tratamento da dor crônica em idosos. O consenso Britânico para o tratamento da dor crônica reconhece a prescrição de opioides fortes em baixas doses sem o uso prévio de opioides fracos quando a dor não é adequadamente controlada com analgésicos ou AINEs.
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