Resumo Apresentado no Simpósio de Farmácia Clínica 2018
Por: Fernanda Vilanova • 18/11/2019 • Trabalho acadêmico • 510 Palavras (3 Páginas) • 372 Visualizações
DUPLICIDADES TERAPÊUTICAS EM PRESCRIÇÕES DE IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO ESCOLA
Fernanda Vilanova Nascimento Silva1; Paloma Aparecida Santos Rocha¹; Vanessa Alves-Conceição¹; Kérilin Stancine Santos Rocha¹; Dyego Carlos Anacleto¹; Daniel Tenório da Silva²; Divaldo Pereira de Lyra Júnior¹.
1 Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brazil. e-mail: lepfs.ufs@gmail.com
² Grupo de Estudos em Geriatria e Gerontologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.
Introdução. A alta prevalência de doenças crônicas em pacientes idosos torna esse grupo mais suscetível à polifarmácia, o que pode aumentar os riscos de possíveis duplicidades terapêuticas. Tais duplicidades podem colocar em risco à saúde do paciente. Portanto é necessário identificar a prevalência das duplicidades terapêuticas, a fim de possibilitar a criação de estratégias para melhorar a segurança dos pacientes¹. Objetivo. Identificar a prevalência de duplicidades terapêuticas em prescrições de um grupo de idosos atendidos em um serviço de cuidados farmacêuticos em um ambulatório escola. Métodos. Foi realizado um estudo transversal no período de fevereiro a abril de 2017, no Serviço de Cuidados Farmacêuticos, realizado por um farmacêutico de um ambulatório escola no estado de Sergipe, Nordeste do Brasil. Foram avaliados retrospectivamente os prontuários de pacientes com idade ≥60 anos, em uso de pelo menos um medicamento, atendidos nos últimos seis anos. As duplicidades terapêuticas foram classificadas de acordo com o sistema de classificação Anatomical-Therapeutical-Chemical (ATC)². Resultados e Discussão. Os resultados foram expressos por meio de estatística descritiva. No total, 165 prontuários compuseram a amostra do estudo. A idade média dos idosos foi de 69 ± 7,14, dos quais 79,4% eram mulheres. Dos 733 medicamentos prescritos, foi possível identificar 22 duplicidades terapêuticas em 17 (10,3%) idosos atendidos. As duplicidades mais frequentes foram encontradas para os medicamentos hipoglicemiantes (52,38%), agentes que atuam no sistema renina-angiotensina (19,06%), anti-inflamatórios (9,52%), antirreumáticos (9,52%) e antilipêmicos (9,52%). Conclusão. A maioria das duplicidades terapêuticas encontradas foi considerada moderada e associada à polifarmácia. Foi observado que os medicamentos hipoglicemiantes foram os mais envolvidos em duplicidades terapêuticas. A literatura confirma que a utilização de múltiplos medicamentos é indispensável para o controle de doenças como a Diabetes Mellitus e outras comorbidades³. Entretanto a duplicidade terapêutica pode ser responsável por ocasionar problemas de segurança na farmacoterapia do paciente. Deste modo, é necessário realizar a analise do risco-benefício da duplicidade terapêutica a cada visita ao médico e retorno à farmácia.
Palavras-chave: idosos, duplicidades terapêuticas, polifarmácia, ambulatório escola, serviço de cuidados farmacêuticos.
Referências
1 WIMMER, B. C.; DENT, E.; BELL, J. S, et al. Medication regimen complexity and unplanned hospital readmissions in older people. Annals of Pharmacotherapy, v. 48, p. 1120-1128, 2014.
2 World Health Organization. Guideline for ATC classification and DDD assignment.
3 BALISA-ROCHA, B. J.; AGUIAR, P. M.; CERQUEIRA, K. S, et al. Evaluation of the effects of long-term of pharmacotherapeutic follow-up intervention on clinical and humanistic outcomes in diabetes mellitus patients. African Journal of Pharmacy and Pharmacology, v. 8, n. 14, p. 372-378, 2014.
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