A Saúde da Mulher
Por: Viviane Couto • 11/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 309 Visualizações
A forma geral da pelve
Na união entre o tronco e os membros inferiores, a pelve é como um grande anel ósseo com contornos irregulares. No interior, ela assemelha-se de fato a uma pelve sem fundo, que recebe as vísceras do abdome. Essa parte é chamada de pelve endopélvica, ou face profunda dos ossos da pelve. No exterior, ela serve principalmente para a articulação com as coxas por intermédio dos quadris. Essa parte é denominada pelve exopélvica, ou face externa dos ossos da pelve. A pelve é composta por quatro ossos: • os dois ossos ilíacos (ossos do quadril), localizados anteriormente, nas laterais e mesmo um pouco posteriormente; • o sacro, localizado posteriormente e no meio; • o cóccix, que prolonga o sacro para baixo. O sacro e o cóccix correspondem à coluna vertebral. Os dois ilíacos correspondem aos membros inferiores (“as pernas”).
Entre os três grandes ossos da pelve encontram-se três articulações: • as duas articulações sacroilíacas, atrás; • a sínfise púbica, na frente. Elas ligam os ossos da pelve entre si e são chamadas de articulações intrínsecas. A pelve também se articula com o esqueleto: • o sacro articula-se com a vértebra mais baixa (L5); • cada ilíaco articula-se com o fêmur, formando os quadris. Essas articulações com os ossos exteriores são denominadas articulações extrínsecas. Os dois tipos de articulações serão bem diferenciados para que os efeitos dos movimentos de um tipo não sejam confundidos com os do outro.
No parto:
Durante o trabalho de parto, a mulher é levada a assumir posições corporais pouco habituais. Em particular, posições que colocam os “tecidos moles” do corpo, ligamentos e músculos, sob tensão. Quando um ligamento ou músculo é submetido à tensão, ele torna-se tracionador dos ossos sobre os quais se fixa. É dessa maneira que tensões musculares ou ligamentares criam trações de uma ou de outra parte da pelve. Isso provoca movimentos intrínsecos da pelve e alterações da sua forma. As trações sobre os ossos da pelve também podem ser decorrentes de contrações de músculos que se fixam sobre seus ossos. Isso é mais raro no contexto do parto.
Uma forte flexão da coluna lombar coloca o sacro em nutação por causa das trações musculares Quando flexionamos fortemente a coluna, sobretudo a lombar, os seus músculos posteriores são distendidos e tracionam a parte posterior do sacro de baixo para cima. Dessa maneira, eles levam o cóccix um pouco para trás e para cima. Isso acarreta uma nutação do sacro. Aqui são apresentados, Isso é observado particularmente em três posições: • na posição deitada de lado, com a coluna flexionada para a frente e as pernas flexionadas (posição fetal); • na posição sentada de cócoras, com as costas bem flexionadas para a frente; • na posição deitada de costas, quadris flexionados (se o sacro não estiver apoiado em sua parte inferior e, consequentemente, ele estiver livre de apoio); essa é uma posição frequentemente adotada no parto com a paciente deitada de costas e as pernas flexionadas sobre as perneiras, quando coloca-se o tronco em flexão.
Atrás do sacro e da coluna lombar encontram-se, profundamente, os músculos transversos espinais. Esses músculos arqueiam as costas quando são contraídos e levam o sacro em nutação. Isso contribui para abrir o estreito inferior e fechar o estreito superior. Inversamente, no início do trabalho de parto, durante a etapa de insinuação, a sua descontração algumas vezes permite uma contranutação mais fácil do sacro, o que possibilita recuar o platô sacral, aumenta o diâmetro sagital do estreito superior e facilita a passagem fetal.
Posições com a gestante deitada de costas
Essas posições são as primeiras a serem abordadas porque são as mais comumente utilizadas nos hospitais, em particular para monitoração, toques vaginais e peridural. Ao chegar ao hospital, diversas mulheres pedem igualmente para deitar a fim de descansar. Se o feto estiver pouco engajado (é frequentemente o caso), a força da gravidade o leva para trás da cavidade abdominal e não em direção à pelve. As contrações uterinas lutam à contracorrente de duas forças: a força da gravidade desfavorável para a insinuação e a ausência de mobilidade do sacro. No caso em que é necessário manter essa posição para uma exploração ginecológica, podemos colocar um material macio (bolsa de gel ou de líquido) sob o sacro para permitir a mobilidade dessa região. No caso em que a mulher deseja manter essa posição para descansar, o fato de elevar o leito muda a posição do útero e a contração torna-se mais favorável para a insinuação.
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