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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM ELSCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Por:   •  3/12/2019  •  Artigo  •  1.928 Palavras (8 Páginas)  •  318 Visualizações

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM ELSCLEROSE LATERAL  AMIOTRÓFICA

RESUMO

        A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença extremamente rara, ainda sem uma causa comprovada, que provoca morte dos neurônios motores superiores e inferiores e, como consequencia, a perda da capacidade de realizar as atividades de vida diárias (AVDs).

        A doença tem progressão muito rápida e pode causar morte ou incapacidade total das pessoas acometidas em um período de cerca de cinco anos, sendo bastante difícil alcançar uma sobrevida de mais dez anos após comprovado o diagnóstico.

        Atualmente, nenhum tratamento para a ELA tem eficácia comprovada, mas seções regulares de fisioterapia têm apresentado grande contribuição para melhoria da qualidade de vida e, em alguns casos, um pequeno aumento na sobrevida destes pacientes.

Palavras-chave: Esclerose Lateral Amiotrófica, Fisioterapia respiratória, Doenças neurodegenerativas e Fisioterapia para Esclerose Lateral Amiotrófica.

INTRODUÇÃO

        A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, crônica e de progressão rápida, podendo, dentro de um período de aproximadamente cinco anos, levar o paciente acometido à uma situação de dependência total (com suporte ventilatório) ou até mesmo à morte.

        “A doença caracteriza-se pela atrofia, arreflexia e fraqueza musculares” (NORDON & ESPÓSITO, 2009). É extremamente rara, acometendo cerca de 2 a cada 100000 pessoas por ano, porém sua incidência vem aumentando, ainda sem um motivo comprovado.

        As causas do surgimento da ELA ainda não são conhecidas cientificamente, bem como uma cura para este mal. “Acredita-se que sua etiologia seja multifatorial, incluindo componentes genéticos e ambientais” (BANDEIRA et al, 2010).

        O paciente com ELA deve ser acompanhado constantemente por uma equipe multidisciplinar, a qual envolve médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e os próprios familiares. O tratamento da ELA com a participação desta equipe inclui o tratamento farmacológico de base, o tratamento sintomático dos problemas associados e o tratamento de reabilitação, com o objetivo de prolongar a capacidade e independência funcional destes pacientes, visando a garantia de melhor qualidade de vida possível.

        “É sabido que não há uma terapia curativa para a ELA. Porém, os efeitos das intervenções refletem na melhoria da qualidade de vida e o aumento da sobrevida” (BANDEIRA et al, 2010).

        A fisioterapia motora, em conjunto com a fisioterapia respiratória e técnicas de ventilação não invasiva, tem contribuído bastante para melhorar a qualidade de vida de pacientes com ELA. O fisioterapeuta busca avaliar e prescrever exercícios para a manutenção da amplitude de movimento, para otimizar a função muscular ainda existente e para prevenir as complicações decorrentes do desuso e da lesão, para a manutenção do tônus muscular e prevenção de possíveis quadros álgicos e edemas.

METODOLOGIA

        Para realização deste trabalho, foram utilizados dez artigos encontrados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs Medline e BVS, no período compreendido entre agosto e setembro de 2010. As palavras-chave utilizadas para busca destes artigos foram: Esclerose Lateral Amiotrófica, Fisioterapia respiratória, Doenças neurodegenerativas e Fisioterapia para Esclerose Lateral Amiotrófica.

DESENVOLVIMENTO

        A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) caracteriza-se por um comprometimento de neurônios motores superiores e inferiores que leva à  paralisia progressiva da musculatura. A maioria dos casos encontra-se em pacientes do sexo masculino com idade compreendida entre 45 e 60 anos.

        “O diagnóstico da ELA atualmente é feito de acordo com critérios do El Escorial World Federation of Neurology, segundo o qual a doença é definida se comprovada a lesão dos neurônos motores superiores e inferiores em três ou mais regiões.” (NORDON & ESPÓSITO, 2009)

        Até os dias atuais, ainda não está comprovada uma cura definitiva para a ELA, o riluzole é o único medicamento que, mesmo não sendo capaz de extinguir a doença, promove um aumento de três a seis meses na sobrevida destes pacientes, o que é bastante significativo pois a doença pode levar o paciente à morte no curto período de seis meses a cinco anos.

        No início do quadro, há um comprometimento principal da musculatura distal dos membros. À medida que a doença progride, este comprometimento evolui para a região proximal, resultando em quadros de importante limitação funcional.

        O tratamento da ELA baseia-se em medidas específicas para a doença, ou seja, tratamento medicamentoso com o objetivo de aumentar a sobrevida e em medidas específicas para o doente, sendo que estas últimas tentam melhorar a qualidade de vida evitando complicações, retardando a incapacidade funcional e o prolongamento da independência dos pacientes.

        “A fisioterapia assume um papel importante no tratamento de ELA, pois os exercícios diários têm permitido a manutenção das funções por um período maior.” (RODRIGUES et al, 2005)

        O fisioterapeuta, ao atender um paciente com ELA, deve tomar algumas precauções e alguns cuidados especiais, sendo o principal deles a atenção dada à fase em que a doença se encontra devido ao fato de que, nestes casos, a fraqueza muscular aumenta consideravelmente com o passar do tempo e conforme a doença progride. Estes procedimetos são importantes para evitar posíveis danos causados por falta ou excesso de exercícios.

        “A abordagem fisioterápica é essencial para portadores de ELA e permeará durante toda a evolução da doença. A conduta é baseada na prevenção e no quadro clínico do paciente.” (DURÁN, 2006)

        Os exercícios fisioterapêuticos para pacientes com ELA devem ser realizados diariamente para que ocorra uma melhora significativa na funcionalidade e na qualidade de vida.

        Caso o paciente não tenha condições de ver o fisioterapeuta todos os dias, aconselha-se (após devida avaliação) a prescrição de exercícios domiciliares que possam ser realizados com o auxílio dos familiares, sendo que é indispensável o acompanhamento mensal pelo mesmo fisioterapeuta que realizou a avaliação e indicou os exercícios para que correções e mudanças necessárias possam ser realizadas com qualidade e segurança.

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