Desenvolvimento do Aparelho Respiratório
Por: lucianaheider • 12/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.418 Palavras (6 Páginas) • 736 Visualizações
Desenvolvimento do aparelho respiratório
Pode ser dividido em 3 períodos cronológicos:
- Embrionário
- Fetal
- Pós- natal
Os folhetos embrionários podem ir para:
- Ectoderme – EEM
- Mesoderme – MEHN
- Endoderme – GTA
Período fetal
- Pseudoglandular – SETIMA A DECIMA SEXTA SEMANA
- Aparência glandular
- Formação de vias aéreas condutoras
- Cartilagem + musc lisa
- Interstício pulmonar abundante
- Vasos sanguíneos pequenos e com pouco fluxo
- Canalicular – DECIMA SETIMA A VIGESIMA SEXTA SEMANA
- Proliferação de vasos sanguíneos no interstício
- Diferenciação de células epiteliais pneumocitos tipo 2 – surfactante = inicio da secreção de surfactante 23 semana
- Potencial viável para trocas gasosas
- Sacular – VIGESIMA SETIMA A TRIGESIMA QUINTA SEMANA
- Expansão da área de troca gasosa
- Redução do interstício pulmonar
- Crescimento da rede capilar
- Maturação do sistema surfactante
- Alveolar – TRIGESIMA SEXTA ATÉ O BEBE A TERMO
- 80 – 85% dos alvéolos formados nesse período
Os primeiros movimentos respiratórios acontecem na 18 semana, e vão até o sexto e sétimo mês, servindo para condicionar a bomba muscular do feto
Após nascimento adaptações mais importantes:
- Surfactante
- Eliminar o líquido amniótico do pulmão
- Estabilizar pequena e grande circulação – oxigênio é vasodilatador. Ventrículo direito consegue bombear sangue para o pulmão pela pequena circulação. Onde se estabelece a circulação pulmonar;
Na primeira expiração do RN:
- Tem que vencer a tensão superficial ar-liquido
- Expulsar o liquido viscoso intrapulmonar
- Vencer a retração elástica e resistência dos tecidos
Nam primeira expiração do RN:
- Necessidade do surfactante
- CRF aumenta nas respirações
Particularidades do RN:
- Imaturidade do SNC
- Laringe alta – 3 – 4 meses
- Apoio estrutural reduzido
- Área alveolar diminuída
- Menor diâmetro das VAs
- Desproporção toraco-abdominal
- Diminuição do numero de estruturas de ventilação colateral
- Inserção do diafragma
- Desenvolvimento de MM abdominais
- Complacência pulmonar diminuída
- Ritmo respiratório irregular
- FR aumentada
- FC aumentada (40 – 60 RPM)
DIAFRAGMA
- Quase horizontal e circular – movimento das costelas para dentro ao invés de levantar
- Desce menos na inspiração
- Vísceras abdominais maiores restrigem movimento vertical
PREMATURIDADE
- RN com peso inferior a 2500 g, independente da idade gestacional
- Feto prematuro ou pré termo = menos de 37 semanas
- Moderada = 32 – 36 semanas
- Acentuada = 28 – 31 semanas
- Extrema = menos de 28 semanas
- Restrição do Crescimento intra uterino = feto com peso abaixo do percentil 10
DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
SINDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN OU DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA (DMH)
Tem como causa a produção insuficiente de surfactante causando um colapso alveolar.
SINAIS CLINICOS:
- Desconforto respiratório nas primeiras horas de vida, causado por:
- Retração da parede do tórax
- Cianose
- Gemido expiratório
- BAN
- Taquipnéia e diminuição do MV.
É uma deficiência do surfactante que causa um aumento da tensão superficial, causando uma instabilidade alveolar, com hipoxemia e hipoperfusão gerada pelas atelectasias, causando um colabamento do pulmão com aumento da permeabilidade dos capilares, com extravasamento de plasma e sangue para os espaços alveolares gerando formação clássica da membrana hialina.
Tratamento:
- Oxigenoterapia
- Surfactante exógeno
- Manutenção térmica
- Suporte hemodinâmico
- Controle de infecções
Complicações:
- Displasia broncopulmonar
- Retinopatia da prematuridade
- Barotrauma
- Hemorragia intra-craniana
- Persistência do canal arterial
DISPLASIA BRONCOPULMONAR (DBP)
Lesão pulmonar presente em todo neonato que necessitou de concentrações de O2 acima de 21% por mais de 28 dias de vida.
Causando lesões pulmonares causadas pela VM, deficiência nutricional, exposição pulmonar pós-natal e mediadores químicos do processo inflamatório em razão da toxidade pelo O2.
Gera uma alteração e interrupção do crescimento e desenvolvimento pulmonar pós-natal.
Há uma destruição dos cílios do trato respiratório, seguida por necrose das células do epitélio respiratório levando a uma fibrose intersticial pulmonar.
ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO
Causa obstrução das vias aéreas, que podem gerar uma tensão respiratória com retração da parede torácica, roncos, taquipneia e cianose.
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN
Causa desconforto respiratório de leve a moderado, com sinais clínicos de taquipneia superior a 60 rpm, retração intercostal e esternal, gemidos expiratórios e cianose.
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA
Manter vias aéreas permeáveis
Melhorar função respiratória do RN
Prevenir atelectasias
Prevenir infecções
Diminuir desconforto respiratório
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