Estudos etnobotânicos - Doce Vasurunya Amargosa
Relatório de pesquisa: Estudos etnobotânicos - Doce Vasurunya Amargosa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 99521785 • 14/2/2015 • Relatório de pesquisa • 2.005 Palavras (9 Páginas) • 385 Visualizações
RELATÓRIO DO TEMPO COMUNIDADE
Assunto: Estudo etnobotânico – Vassourinha Doce
Amargosa
2015
Relatório apresentada à Universidade Federal do
Recôncavo Bahia, Centro de Formação de Professores
de Amargosa, Curso Licenciatura em Educação do
Campo – Ciências Agrárias II período, disciplina
Biologia, para detenção de nota. Sob-responsabilidade da
Professora Márcia Neves e Professor Raul Lomanto.
Sumário
RELATÓRIO DO TEMPO COMUNIDADE
INTRODUÇÃO
(Estudo etnobotânico na comunidade da Cambauba (Vale do Jequiriça - Amargosa -BA- Brasil)). O presente trabalho tem como objetivo realizar o levantamento etnobotânico da planta classificada em diferentes categorias de uso na comunidade de Cambauba, no município de Amargosa, BA, Brasil e estimar o valor de uso da espécie botânica.
1. OBJETIVO
Descrição do objetivo da atividade do Tempo Comunidade. Um Objetivo Geral (para todo o trabalho) e outros Objetivos Específicos. Objetivos são apresentados como ações (o verbo é escrito no infinitivo): “observar”, “analisar”, “caracterizar” etc.
2. METODOLOGIA
Foram aplicados questionários em 01 residente adulto do sexo feminino e entrevistas do tipo semiestruturadas com perguntas de enfoque socioeconômico e uso de plantas medicinais. O perfil geral dos entrevistados mostrou que as mulheres detêm a maior parte do conhecimento, sendo que repassam esse uso às gerações futuras e amigos; encontram essas plantas em quintais, roças e matas. A planta foi coletada durante a entrevista e depositada em vaso no quintal de casa. Os resultados demonstram que a população possui conhecimento da planta e de suas propriedades de cura.
Descrição do material e dos procedimentos (que são os métodos) utilizados na atividade. Pode estar subdividido, por exemplo:
Área de estudo
Povoado Cambauba, Amargosa - BA -Distrito: CORTA MÃO
Total de endereços encontrados: 124
Domicílios particulares: 93
Estabelecimentos agropecuários: 11
Estabelecimentos de ensino: 1
Estabelecimentos de outras finalidades (comercial, religioso, outros): 14
Edificações em construção: 5
Quantidade estimada de moradores nesse logradouro: 342
Com o nome científico de Scoparia dulcis, a planta vassourinha doce é originária do Brasil, sendo comum encontrá-la em campos abertos sem a necessidade de grandes empenhos para seu cultivo, porém quase sempre são indivíduos esparsos, pode comporta-se como invasora de culturas perenes, em especial café.
Em tempos passados a planta era amarrada em feixes e usada como vassoura, daí vem seu nome. Possui propriedades medicinais comprovadas. Suas flores são diminutas, porém muito curiosas se observadas de perto, polinizadas principalmente por pequenas abelhas. Os frutos são cápsulas deiscentes contendo numerosas sementes semelhantes a um pó, dispersas pelo vento. Planta originalmente Sul-Americana, porém hoje apresenta dispersão pantropical..
Pertence à família das Scrophulariaceae e se trata de uma planta herbácea, muito ramificada e de caule lenhoso, que pode chegar até 50cm de altura. Pode ser identificada pelas pequenas e solitárias flores brancas, além do fruto sustentado por um cálice dentado, em forma de cápsula globosa.
De sabor amargo, a planta foi descoberta pelos caboclos, que a utilizavam para tratar seus problemas respiratórios. O tempo passou e a vassourinha doce foi indicada para as posteriores gerações, que após estudos comprovaram os efeitos da planta no organismo humano.
Como dito, os caboclos acreditavam que a vassourinha doce curasse ou ao menos aliviasse seus problemas respiratórios, e estudos confirmaram que eles estavam certos: o consumo regular e frequente da planta trata asma, bronquite, catarro e tosse. Permite que o indivíduo volte a respirar bem e ter noites de sono tranquilas.
2.1. Levantamento Etnobotânico -
Foram aplicados questionários em 01 residente adulto do sexo feminino e entrevistas do tipo semiestruturadas com perguntas de enfoque socioeconômico e uso de plantas medicinais. O perfil geral dos entrevistados mostrou que as mulheres detêm a maior parte do conhecimento, sendo que repassam esse uso às gerações futuras e amigos; encontram essas plantas em quintais, roças e matas. A planta foi coletada durante a entrevista e depositada em vaso no quintal de casa. Os resultados demonstram que a população possui conhecimento da planta e de suas propriedades de cura.
2.2. Acompanhamento, Coleta e Identificação das Espécies Vegetais
RESULTADOS E DISCUSSÃO –
A Etnobotânica desponta como o campo interdisciplinar que compreende o estudo e a interpretação do conhecimento, significação cultural, manejo e usos tradicionais dos elementos da flora (Caballero 1979). Segundo Barrera (1979), os estudos etnobotânicos vão além do que pode pretender a investigação botânica, uma vez que suas metas se concentram em torno de um ponto fundamental que é a significação ou o valor cultural das plantas em determinada comunidade humana.
É visível o papel que os povos tradicionais exercem na exploração dos ambientes naturais, fornecendo informações sobre as diferentes formas de manejo executadas no seu cotidiano e usufruindo da exploração enquanto forma de sustentação desses povos. As principais razões para tal constatação incluem o desinteresse por parte das novas gerações (Brasileiro et al., 2006) e a idade avançada que os conhecedores das plantas medicinais possuem. Portanto, existe a necessidade de pesquisas que resgatem os
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