KINESIO TAPING COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Por: fernandasr074 • 20/9/2019 • Trabalho acadêmico • 2.554 Palavras (11 Páginas) • 360 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
COLEGIADO DE FISIOTERAPIA
KINESIO TAPING COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Cascavel – Paraná
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO | 04 |
2. DESENVOLVIMENTO | 06 |
2.1 Kinesio taping e sua aplicação | 06 |
2.1.1 Utilização da Kinesio taping no Membro Superior após AVC | 06 |
2.2.2 Utilização da Kinesio taping no Membro Inferior após AVC | 08 |
2.2.3 Utilização da Kinesio taping na Marcha após AVC | 09 |
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS | 11 |
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | 12 |
- INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido como uma síndrome clínica de rápido desenvolvimento, súbita e focal da função cerebral e com duração superior a 24 horas, sendo resultado de uma obstrução ou ruptura de um vaso sanguíneo cerebral (ocasionando privação de oxigênio no tecido encefálico), causando sequelas como a espasticidade, comprometimentos cognitivos e corporais e danos às funções neurológicas (TELES e GUSMÃO, 2012).
Dentre as formas de AVC nós temos, o AVC isquêmico que ocorre quando há obstrução de um vaso sanguíneo, bloqueando o seu fluxo para as células cerebrais. E o AVC hemorrágico que é resultado da ruptura de um vaso, com consequente sangramento intraparenquimatoso ou subaracnóide.
Entretanto, os sinais mais comuns de um pré AVC, o qual ocorre com maior frequência na fase adulta, é a fraqueza repentina ou a dormência da face, braço ou perna, geralmente em um lado do corpo.
Outros sinais frequentes incluem: confusão mental, alteração cognitiva, dificuldade para falar ou compreender, dificuldade em engolir, enxergar com um ou ambos os olhos, caminhar, sentir tonturas, perder o equilíbrio ou a coordenação, ter dor de cabeça intensa, sem causa conhecida e a haver a diminuição ou a perda de consciência.
São fatores de risco para um AVC: Idosos, sexo masculino, história familiar de ocorrência de AVC, história pregressa de AIT Ataque isquêmico transitório), hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, diabetes Mellitus, dislipidemia, fibrilação atrial, sedentarismo, obesidade, alcoolismo e uso de cocaína e anfetaminas (Ministério da Saúde, 2013).
Diante dos fatos as sequelas após o acidente vascular cerebral vão depender da extensão da lesão e do local de acometimento. Esses comprometimentos podem ser sensitivos, motores e/ou cognitivos afetando principalmente a qualidade de vida dos indivíduos (HUANG et al., 2017; LEMOS, DIAS e KASE, 2013).
Após a ocorrência de um AVC a incapacidade mais comumente desenvolvida no adulto é a hemiplegia/hemiparesia, definida como a abolição (paralisia) ou limitação (paresia) dos movimentos do lado contralateral do corpo a lesão do hemisfério cerebral. Em um quadro inicial há hipotonia associada a hiporreflexia ou arreflexia, caracterizando a síndrome piramidal deficitária, comumente conhecida por fase flácida.
Posteriormente ocorre a instalação da fase espástica e da síndrome piramidal de liberação onde os membros apresentam aumento da resistência muscular ao movimento associada a um quadro de hipertonia e hiperreflexia no dimidio corporal afetado (CARVALHO et al., 2007).
Diante disto, o objetivo da fisioterapia pós AVC é promover ou buscar a independência funcional do indivíduo preconizando a inibição da atividade reflexa patológica para diminuir a alteração do tônus e facilitar o movimento adequado, que por sua vez, vão inibir a espasticidade.
Desta forma um dos recursos fisioterapêuticos utilizados no pós AVC é o uso da Kinesio taping que tem como objetivo minimizar inabilidades e favorecer a funcionalidade do paciente, pois a tração sobre a pele imediatamente abaixo da bandagem, otimiza a comunicação neural com os mecanorreceptores, aumentando o número de unidades motoras recrutadas durante a contração muscular o que resulta em um melhor aproveitamento da coordenação e do controle muscular voluntário (DORETTO, 2005; FERNANDES et al., 2009; SOUZA et al., 2010; LIANZA, 2001).
- DESENVOLVIMENTO
2.1 Kinesio taping e sua aplicação
A bandagem elástica também conhecida como Kinesio Taping foi criada pelo quiroprático Kenzo Kase em 1973 e foi introduzida no Brasil em 1999. Sendo está uma técnica na qual, se aplica sobre a pele a bandagem elástica composta de 100% de algodão com adesivo e 100% acrílico termoativo que pode ser esticada em até 140% do seu comprimento normal.
A Kinesio Taping é hipoalergênica, tem espessura e peso similar a pele, é permeável ao ar, a prova de água, sensível ao calor, ausente de qualquer medicamento e tem como função promover uma tração constante na pele com força para cima, resultando em um mecanismo de pressão/força. Em geral, é aplicada durante um período de 3 a 5 dias, sempre de acordo como objetivo e a técnica a ser utilizada (LEMOS, DIAS e KASE, 2013).
Dentre os objetivos propostos no uso da Kinesio Taping incluem corrigir a função muscular, estimulando a contração em músculos debilitados ou dificultando-a em músculos que se encontram hiperativos ou hipertônicos, além disso melhorar a circulação sanguínea e linfática e diminuir a dor por supressão neurológica (GLOTH, 2004).
Outros mecanismos propostos por essa ferramenta incluem um aumento da propriocepção por aumentar a excitação dos mecanorreceptores cutâneos (HALSETH, 2004). E oferecer um suporte a articulações subluxadas aliviando a tensão dos músculos, ajudando a devolver a função da musculatura e da fáscia (FIGUEIREDO et al., 2011; SOUZA et al., 2010; CARVALHO ET AL., 2007).
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