O CÂNCER PRÓSTATA

1. INTRODUÇÃO

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino, localizada na parte baixa do abdômen, e é responsável pela a produção de sêmen no homem. O Câncer da Próstata aparece quando as células da próstata passam a se dividir e se multiplicar de forma desordenada, constituindo-se um tumor que pode se desenvolver rapidamente, disseminando-se para outros órgãos do corpo e pode levar à morte. (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER PRÓSTATA; 2014) O toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) são os principais métodos de identificação de alteração na próstata. (SROUGI; 2008)

Os sintomas mais comuns relacionados ao Câncer de Próstata são: sangue na urina; urina em excesso; jato urinário fraco; dor ou queimação ao urinar. O tratamento adequado contra o câncer de próstata deve ser individualizado para cada paciente e leva em conta o estágio do tumor, idade, tamanho da próstata, grau histológico, expectativa de vida, anseios do paciente e recursos técnicos disponíveis. (MS; 2002)

O câncer da próstata se tornou uma das formas de câncer mais comum na população masculina e se estima que um em cada doze homens seja diagnosticado com a doença ao longo da vida. A incidência dessa doença aumenta com o passa dos anos. Casos esporádicos são registrados em homens abaixo de 45 anos, sendo comum em homens acima dos 70 anos. O dilema do câncer de próstata é que somente uma minoria de portadores de carcinoma, não tratado, morrerá em virtude dessa doença. Mesmo assim, a prevalência do mesmo é tão alta, que a mortalidade anual só perde para o câncer de pulmão.( VIEIRA; 2008)

A história familiar atua como um fator de risco. Os riscos aumentam 2,2 vezes quando um parente de 1º grau (pai ou irmão) é acometido pelo problema; 4,9 vezes quando dois parentes de 1º grau são portadores do tumor e 10,9 vezes quando três parentes de 1º grau têm a doença. Nos casos de histórico familiar, recomenda-se que os homens façam exames preventivos a partir dos 40 anos. Alguns materiais que trazem informações veiculadas sobre raça/etnia como fator de risco para o aparecimento do câncer, também apresentam consensos entre eles. Em relação a isso, são apresentadas faixas de riscos alta, intermediária e baixa, situando-se os negros norte-americanos na primeira, os brancos na segunda e os japoneses na terceira. (SROUGI; 2005)

No Brasil de acordo com INCA Instituto Nacional de Câncer, a estimativa de novos casos de câncer de próstata é 61.200, 28,6%. No estado do Rio Grande do Norte a estimativa é 930 casos a taxa bruta é de 57,30%. No nordeste a estimativa é de 14.290 taxa bruta é de 27,1%. (SROUGI; 2005)

A maioria dos homens resiste ao exame por mero preconceito cultural, mas os que já realizaram o toque aceitam repeti-lo sem restrição. O problema talvez não seja cultural ou psicológico, mas apenas o medo infundado de possível dor. (SROUGI E VARASCHIN; 2009)

Vários fatores contribuem para não adesão do exame preventivo do Câncer de Próstata, tais como: constrangimento, desinformação, medo e preconceito em realizar os exames do toque retal e dosagem do PSA sanguíneo. Embora seja um assunto de relevada importância para saúde do homem, esta pesquisa mostra que, mesmo os indivíduos sabendo da necessidade e importância ainda se mostram resistentes à sua realização. É elevado o número de indivíduos com pouca informação e/ou até mesmo totalmente desinformados. A população precisa de maiores esclarecimentos quanto à importância da realização dos exames preventivos do toque retal e do PSA, onde a patologia será detectada na sua fase inicial, obtendo-se sucesso na prevenção e tratamento do Câncer de Próstata. (SROUGI E VARASCHIN; 2009)