A Importância em Saúde Pública
Por: aryaneromin • 10/7/2020 • Trabalho acadêmico • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 246 Visualizações
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- Importância em Saúde Pública
- Gênero Cryptosporidium criado em 1907 por Tyzzer.
- Usado para designar um pequeno coccídio encontrado nas glândulas gástricas de camundongos - C. muris.
- 1911 - encontrou outra espécie no intestino delgado de camundongo - C. parvum.
- Possui caráter oportunista e zoonótico.
- 1993 - 403000 casos associados à ingestão de água contaminada foram registados em Milwaukee (EUA).
- Segunda causa de morte em crianças. Diarreia severa e mortes em crianças entre 2-3 meses.
- Acomete indivíduos imunocompetentes.
- Grave em indivíduos imunocomprometidos (exemplo: AIDS).
- Às vezes, poderá evoluir para formas hepatobiliares, pancreáticas e pulmonares
- No Brasil, causa de morbimortalidade em crianças de 0 a 5 anos.
- Classificação taxonômica:
- Filo Apicomplexa.
- Classe Sporozoa.
- Ordem Eucociidiida.
- Família Cryptosporididae.
- Gênero Cryptosporidium.
- 27 espécies => 40 genótipos diferentes
- Humanos: 20 espécies infecciosas.
Principais:
C. Hominis (humanos)
C. Parvum* (bovinos)
C. Meleagridis (aves)
- Morfologia do parasito
- Desenvolve-se de preferência nas microvilosidades de células epiteliais do trato gastrointestinal.
- Pode se localizar também no parênquima pulmonar, vesícula biliar, ductos pancreáticos, esôfago e faringe.
- Localização intracelular extracitoplasmática -
- parasita a parte externa do citoplasma (parece estar fora da célula).
- Diferentes formas estruturais:
- Nos tecidos - formas endógenas.
- Nas fezes e no meio ambiente - oocistos.
- Oocistos[pic 1]
- Pequenos.
- Esféricos ou ovóides.
- De 1 a 4 µm de diâmetro.
- Contêm quatro esporozoítos livres no seu interior quando eliminados nas fezes.
- Ciclo Biológico
- Monoxênico.
- Duração curta - em média 2 a 7 dias.
- Processo de multiplicação assexuada (merogonia). 2 gerações de merontes:
- Tipo I: 6-8 merozoítos. Invadem outras células epiteliais, de forma a completar novo ciclo de formação de merontes tipo I ou dão origem a merontes tipo II.
- Tipo II: 4 merozoítos.
- Multiplicação sexuada (gametogonia): forma macrogametas e microgametas.
- Após a fecundação - oocistos.
- Dois tipos de oocistos:
- Parede espessa: excreta para o meio externo com as fezes.
- Parede delgada: rompe no intestino delgado. Acredita-se que é responsável pelos casos de auto-infecção.
- Oocistos esporulam no interior do hospedeiro.
- Já são infectantes quando eliminados para o meio ambiente.
- Formas de Transmissão
- Ingestão ou inalação de oocistos ou pela auto-infecção.
- Pessoa a pessoa: locais com alta densidade populacional. Contato direto e indireto.
- Animal a pessoa: contato direto de seres humanos com animais que eliminam oocistos.
- Água de bebida ou recreação contaminada por oocistos.
- Alimentos contaminados por oocistos.
[pic 2]
- Patogenia e sintomas
- Doença relativamente frequente em pessoas imunocompetentes.
- Influência da idade, competência imunológica do indivíduo infectado e a associação com outros patógenos.
- Interferência nos processos digestivos - síndrome da má absorção.
- Indivíduos imunocompetetes: diarréia aquosa (30 dias), anorexia, dor abdominal, náusea, flatulência, febre e dor de cabeça.
- Indivíduos imunocomprometidos: sintomas crônicos, perda de peso, desequilíbrio eletrolítico, má absorção, emagrecimento acentuado e mortalidade elevada.
- Quadro clínico é, geralmente, benigno e autolimitante com duração de 10 dias.
- Sintomas mais graves em crianças - vômito e desidratação.
- Epidemiologia
- Frequente em todas as partes do mundo.
- Zoonose emergente mais importante da atualidade.
- Oocistos: pequenos, leves e imóveis. São dispersados pelo ar, insetos, vestuário e fezes (contaminam água e alimentos).
- Oocistos permanecem por várias semanas viáveis e infectantes. Resistência a desinfetantes usuais. Destruídos pela água oxigenada, amônia, formol e aquecimento a 65°C por 30 min.
- Prevalência variável:
- Idade.
- Hábitos e costumes da população.
- Época do ano.
- Área geográfica.
- Densidade populacional.
- Estado nutricional.
- Estado imunológico.
- Segundo estudos, nas regiões desenvolvidas índices 1% a 3%. Regiões menos desenvolvidas 5% a 10%.
- Prevalência maior em crianças. 6 meses - 3 anos.
- No Brasil - ampla distribuição regional. Índices acima de 20% para crianças com diarréia e para indivíduos com síndrome da imunodeficiência adquirida.
- Diagnóstico
- Demonstração de oocistos nas fezes, em material de biópsia intestinal ou em material obtido de raspado de mucosa.
- Utilização de métodos de concentração p/ exame de fezes - flutuação centrífuga em solução saturada de sacarose ou solução de Sheather ou sedimentação pelo formol-éter.
- Métodos especiais de coloração - Ziehl-Neelsen modificado, Kinyoun modificado, safranina-azul-de-metileno, carbol-fucsina com dimetilsulfóxido, Giemsa ou auramina e suas associações.
- Pesquisa de anticorpos circulantes (técnicas sorológicas) - testes de anticorpos policlonais fluorescentes, reação de imunofluorescência indireta, ELISA, imunofluorescência com anticorpos monoclonais, hemaglutinação passiva reversa e imunocromatografia qualitativa em fase sólida.
- PCR.
- Tratamento
- Sintomático - alívio da diarréia e desidratação.
- Em pessoas imunocompetente a cura é, em geral, espontânea.
- A maior parte das drogas não possui eficácia comprovada específica.
- Nitazoxanida: 1° droga liberada para o tratamento da criptosporidiose (EUA).
- Profilaxia
- Prevenção pela contaminação do meio ambiente - alimentos e água com oocistos do parasito e o contato de pessoas suscetíveis com fontes de infecção.
- Uso de fossas ou privadas com proteção dos reservatórios de água para evitar a contaminação com as fezes.
- Higiene pessoal.
- Pessoas com imunodeficiências - evitar contato com animais e possuir rigorosa higiene pessoal.
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