A Revisão Microbiologia
Por: IVANEIDE DE JESUS TEXEIRA • 14/5/2024 • Trabalho acadêmico • 981 Palavras (4 Páginas) • 106 Visualizações
Curso: Medicina[pic 1]
Disciplina: MDDI - Microbiologia
Profª: Ivaneide Teixeira
ESTUDO DIRIGIDO
Caso 1
Paciente ISA do sexo feminino, 72 anos, dona de casa, procedente e residente no povoado da Matinha em Feira de Santana, a UPA com queixas de tosse e vômitos há 3 dias. Foi encaminhada a outra unidade hospitalar para avaliar seguimento clínico. Paciente relata não melhora dos sintomas com uso de medicação em casa e piora progressiva do quadro nas últimas 24h. Possui sequelas de AVE há 14 anos e é portadora da Síndrome da Imobilidade, além de também possuir Hipertensão Arterial Sistêmica. Nega tabagismo e etilismo ou outras comorbidades associadas. Faz uso de losartana 50mg uma vez ao dia, não sabendo informar sobre outras medicações que toma.
Ao exame: bom estado geral, consciente e orientada em tempo e espaço, afebril ao toque, acianótica e anictérica, hidratada.
ACV: Ritmo cardíaco regular em dois tempos, com bulhas cardíacas normofonéticas sem sopro, normocárdica (FR: 70 bpm), PA de 100x60mmHg.
AR: murmúrio vesicular presente em ambos hemitórax com roncos difusos, saturando 99% em uso de cateter nasal ligado ao oxigênio 3L por minuto.
ABD: Globoso, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, hipertimpânico.
Extremidades: Membros em flexão, edema +/4+.
Ainda na UPA, foi realizado hemograma que evidenciou leucocitos 26.900/m³, hemoglobina 14,6 g/dL, hematócrito 43%, Plaquetas de 246.000/m³, ureia 17 mg/dl, creatinina 0.47 mg/dl. Uma dia após chegar na Unidade Hospitalar foi realizada nova coleta: ureia 28 mg/dl, creatinina 0.8 mg/dl, TGO: 16, INR: 1, tempo de protrombina 11s, albúmina 2,2g/100ml, proteínas totais 5,5g/100ml.
De acordo com o caso apresentado responda as questões abaixo:
- Quais são as principais hipóteses diagnósticas para o caso apresentado?
- Cite 2 exames complementares que você pediria?
- Quais as possíveis manifestações clínicas diante do diagnóstico?
Caso 2
Paciente feminina, JGA, 55 anos, branca, procedente e residente no Município de Ichu-BA, foi atendida por reumatologista particular em novembro de 2022, apresentando artrite, alopecia e eritema na face. Com a suspeita de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), iniciou tratamento com hidroxicloroquina 400mg/dia e prednisona 10 mg/dia. Em agosto de 2023 surgiram nódulos nos membros superiores (MMSS) e inferiores, sendo iniciado prednisona 60mg/dia. Foi realizada biópsia de pele que revelou processo inflamatório granulomatoso com áreas de supuração. As colorações e a cultura para fungos não evidenciaram microorganismos. Com isso, foi suspensa a hidroxicloroquina, mantida a prednisona, e introduzida a azatioprina 150mg/dia.
Em dezembro de 2023, iniciou o atendimento ambulatorial especializado. Referia contato com irmã com tuberculose pulmonar, há 15 anos. Ao exame, apresentava nódulos eritematosos, alguns ulcerados, outros com fístulas drenando pus e lesões cicatriciais nos MMSS, região intercostal, flanco direito, e glúteos. No tornozelo direito apresentava extensa ulceração.
Foi realizado nova biópsia de pele que revelou, na derme profunda, processo inflamatório crônico granulomatoso com focos de supuração, na tomografia de tórax revelou a presença de nódulo calcificado no segmento posterior do pulmão direito. De acordo com os novos resultados dos exames, o médico solicitou outros exames complementares para fechar o diagnóstico e indicar a terapia adequada.
De acordo com o caso apresentados responda os seguintes questionamentos:
- Qual a suspeita clínica?
- Qual o exame complementar seria mais adequado para confirmar a suspeita clínica?
- Quais seriam os resultados apresentados nos exames complementares para confirmar a suspeita clínica?
- De acordo com o diagnóstico estabelecido, explique as manifestações clínicas apresentadas pela paciente.
- Quais os tecidos que normalmente são mais acometidos no caso da doença disseminada?
Caso 3
Paciente ASS, sexo masculino, 19 anos, residente do municipio de Feira de Santana, sem comorbidades, há 4 semanas referia dor torácica e tosse seca, dispneia progressiva, edema abdominal e de membros inferiores, sem febre. Deu entrada no pronto-socorro no dia 4 de junho de 2020 com frequência respiratória de 29irpm, desconforto respiratório e uso de musculatura acessória. Apresentava-se hipocorado (+/4+) e sudoreico. Presença de B3 à ausculta cardíaca, turgência jugular e refluxo hepatojugular presentes, além de edema de membros inferiores (2+/4+), frequência cardíaca de 141bpm, pressão arterial de 133/81mmHg e enchimento capilar lentificado. Murmúrio vesicular estava diminuído à esquerda, com estertores crepitantes bilaterais; saturação de oxigênio em 96% em ar ambiente. O teste de reação em cadeia polimerase para doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) foi negativo, assim como o rastreio para doenças autoimunes e doença de Chagas. Exames laboratoriais evidenciaram troponina T quantitativa <0,1ng/L, Eletrocardiograma e radiografia de tórax realizados na admissão hospitalar eram compatíveis com IC. O ecocardiograma mostrou hipertrofia excêntrica e disfunção sistólica importante do ventrículo esquerdo por hipocinesia difusa e fração de ejeção do ventrículo esquerdo em 24%, além de disfunção sistólica moderada do ventrículo direito, aumento global das câmaras cardíacas e ausência de disfunções valvares significativas. Houve evolução para franco baixo débito cardíaco nas primeiras 24 horas, com desenvolvimento de injúria renal aguda. O manejo clínico inicial foi difícil, com refratariedade por vários dias.
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