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A Seguranca do Paciente

Por:   •  14/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.402 Palavras (10 Páginas)  •  318 Visualizações

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INSTITUTO METROPOLITANO DE ENSINO SUPERIOR

UNIÃO EDUCACIONAL DO VALE DO AÇO

Fernanda Carol

SEGURANÇA DO PACIENTE

IPATINGA

2017


Fernanda Carol

SEGURANÇA DO PACIENTE

Trabalho apresentado ao curso de Medicina de Ensino

Superior Metropolitano de Ensino Superior como requisito

parcial a aprovação na disciplina Habilidades e Atitudes

Medicas I.

Professora:

Leticia Guimarães Carvalho de S. Lima

IPATINGA

2017


 

SUMÁRIO

Introdução...........................................................................................................3

Segurança do Paciente..........................................................................4,5,6 e 7

Conclusão...........................................................................................................8

Referências.........................................................................................................9        


 INTRODUÇÃO

   

   Segundo o postulado de Hipócrates (460 a 370 A.C.), Primum non nocere, que significa – primeiro não cause o dano.Isso significa que a assistência ao paciente não deveria gerar consequências ruins aos indivíduos doentes.Ao longo da história, foi possível conhecer a importância da transmissão da infecção pelas mãos, da organização do cuidado, da criação de padrões de qualidade em saúde, da avaliação dos estabelecimentos de Saúde, da variabilidade clínica e da medicina baseada em evidência.

     Dessa forma, a preocupação com a segurança do paciente vem adquirindo, em todo o mundo, importância cada vez maior para os pacientes e seus familiares, para gestores e profissionais de saúde no sentido de oferecer uma assistência de qualidade e segura. Parte dessa mobilização é resultado da constatação dos incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os incidentes com danos ao paciente, o que representa uma elevada mobilidade em todos os sistemas de saúde. Com efeito, esses danos envolvem custos sociais e econômicos consideráveis, podendo implicar em prejuízo irreversível aos pacientes e suas famílias.

     Esta problemática levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e diversos organismos internacionais e nacionais, com exemplo Ministério da Saúde a lançarem campanhas, desafios e estratégias voltadas à redução de riscos de danos no cuidado à saúde. A OMS criou a Patient Safety Program, os objetivos desse programa, eram, entre outros, organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e mitigar os eventos adversos. A fim de disso foi estabelecidos os protocolos básicos de segurança do paciente, tais como identificação do paciente, prevenção de úlcera por pressão, segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, cirurgia segura, prática de higiene com as mãos em serviços de saúde e prevenções de quedas.


 Segurança do Paciente

     A Segurança do Paciente sempre esteve nas bases da medicina e, consequentemente, nas bases de qualquer profissão da área da saúde. Entretanto, nas últimas décadas, um número crescente de publicações científicas vem demonstrando que diversos pacientes sofrem danos causados por falhas na assistência prestada pelos serviços de saúde. Esses danos podem estar relacionados ao aumento do tempo de hospitalização, sequelas permanentes e até mesmo na morte do paciente.

     Ao mesmo tempo, é possível perceber que estes danos não são caudados devido à falta de qualificação dos profissionais de saúde, mas por problemas no complexo processo de cuidados em saúde que é necessário para cuidar de um simples indivíduo. Dessa forma, os danos ao paciente acontecem porque o sistema de saúde e os processos de assistência nunca foram desenvolvidos para que não ocorressem falhas. Pelo contrário, eles predispõem a uma série delas.

     Diante deste cenário surge o campo de trabalho intitulado Segurança do Paciente, que é considerada a mais importante dimensão quando se fala em qualidade na assistência à saúde. No Brasil, os órgãos e os serviços responsáveis por transfusões de sangue, pelo controle e prevenção da infecção associada ao cuidado em saúde e pelos serviços de anestesia podem ser considerados pioneiros no que tangem as medidas que promovem a segurança do paciente. Estes, há anos, adotam medidas para garantir a segurança dos processos de cuidado, com bons resultados. Infelizmente, muitas dessas medidas ainda são pouco valorizadas por gestores e profissionais da Saúde.

     O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), em 1° de abril de 2013, com o objetivo geral de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde, em todos os estabelecimentos de Saúde do território nacional públicos e privados, de acordo com prioridade dada à segurança do paciente estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, no Patient Safety Program. Este programa estabeleceu os seis protocolos básicos para a segurança do paciente:

  • Protocolo de Identificação do Paciente: A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam lesar. Os fatores que podem contribuir para a identificação errada são: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição e outras circunstâncias no ambiente. De acordo com pesquisa do The United Kingdom National Patient Safety Agency, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue destinados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito, devido à identificação errada da bolsa. Com efeito, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu os protocolos de identificação do paciente que incluir as seguintes intervenções: Identificar os pacientes utilizando pelo menos dois identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente, educar o paciente, acompanhantes, família e cuidador, explicando os propósitos dos indicadores da pulseira e confirmar a identificação do paciente antes do cuidado.
  • Protocolo de Prevenção de Úlcera por Pressão: Úlceras por pressão causam dano considerável aos pacientes, dificultando o processo de recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de infecções graves. As úlceras têm sido associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade. Apesar da maioria das úlceras por pressão ser evitável, no Brasil, um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%. O protocolo foi dividido em seis etapas:
  1. Avaliação de úlceras por pressão na admissão de todos pacientes.

2- Reavaliação diárias de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados.

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