AS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS
Por: tayennebentes • 29/10/2017 • Trabalho acadêmico • 7.450 Palavras (30 Páginas) • 959 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SAUDE
PATOLOGIA GERAL
ROTEIRO DE ESTUDOS
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS
EDEMA
1. Edema - Conceito e Fisiopatogenia.
Se o movimento de água dentro dos tecidos ou cavidades corporais excede a drenagem linfática, o líquido é acumulado. Um aumento anormal de líquido intersticial dentro de tecidos é denominado edema.
O aumento da pressão capilar ou a diminuição da pressão osmótica coloidal pode resultar em aumento do líquido intersticial.
Um edema pode ser causado por insuficiência cardíaca: Quando há aumento da pressão hidrostática sobre os capilares ou diminuição do fluxo sanguíneo renal, o que ativa o sistema renina/angiotensina (aumento do volume sanguíneo por retenção de Na+ e H2O). Ou por fatores como: Desnutrição, síntese hepática ou síndrome nefrótica que causam diminuição da albumina plasmática.
2. Tipos básicos de edema.
Edema subcutâneo; Edema dependente; Edema com cacifo; Edema periorbital; Edema pulmonar e Edema cerebral.
3. Categorias fisiopatológicas do edema.
Um edema pode ocorrer por quatro fatores:
- Aumento da pressão hidrostática que é causado principalmente por: Insuficiência cardíaca congestiva, pericardite constritiva, ascite, obstrução venosa ou dilatação arteriolar.
- Redução da pressão osmótica que é causada por glomerulopatias perdedoras de proteínas, cirrose hepática, desnutrição e gastroenteropatia perdedora de proteínas.
- Retenção de sódio e água que ocorre pelo consumo excessivo de sal com insuficiência renal, aumento da reabsorção tubular de sódio, hipoperfusão renal, aumento da secreção do eixo renina-angiotensina-aldosterona.
- Inflamação que pode ser aguda, crônica ou causada por angiogênese.
4. Descreva e explique as causas de edema não inflamatório.
Um edema não inflamatório é aquele causado por insuficiência cardíaca: Quando há aumento da pressão hidrostática sobre os capilares ou diminuição do fluxo sanguíneo renal, o que ativa o sistema renina/angiotensina (aumento do volume sanguíneo por retenção de Na+ e H2O).
Ou por fatores como: Desnutrição, síntese hepática ou síndrome nefrótica que causam diminuição da albumina plasmática.
5. Descreva a sequência de eventos que levam ao edema sistêmico, associado à insuficiência cardíaca, insuficiência renal, desnutrição, síndrome nefrótica, dentre outras.
- Insuficiência Cardíaca: Fundamentalmente, o que leva formação desse edema é a queda do débito cardíaco, em consequência da falência do miocárdio. Como resultado, eleva-se a pressão venosa sistêmica ao mesmo tempo em que se reduz o volume arterial efetivo de sangue (VAES). O volume de sangue, que banha os átrios cardíacos, o ventrículo esquerdo (VE), o arco aórtico, o seio carotídeo e a arteríola aferente renal, é crítico para o controle da volemia, pois esses são segmentos providos de receptores de volume e pressorreceptores que acusam um maior ou menor enchimento do lado arterial da circulação. Desse modo, fala-se em repleção vascular, overfilling, ou depleção vascular arterial, underfilling.
- Insuficiência Renal: Nas síndromes nefríticas agudas, das glomerulonefrites agudas, por exemplo, que se manifestam com edema, hematúria, hipertensão - sem proteinúria importante (acima de 3,5 g/dia) - a causa fundamental do edema é a redução da taxa de filtração glomerular (TFG). Essa queda da filtração pode ser discreta em alguns pacientes (com creatinina sérica normal), mas pode ser mais grave em outros, sendo que alguns ficam até anúricos (necessitando diálise). O edema é tão mais grave quanto maior for à redução da TFG, pois, como consequência desta, ocorrerá uma diminuição muito acentuada da carga filtrada de sódio (solutos) que será ainda mais reduzida após a maior reabsorção tubular desse íon. Assim, a pequena oferta distal de sódio permitirá a reabsorção quase total do Na+ tubular no nefro distal. Cai a excreção renal de sódio e acontece, desse modo, retenção de Na+ (e água, de equilíbrio osmótica). Essencialmente, é um rim com capacidade muito pequena de excreção de Na+.
- Desnutrição: A redução da síntese de albumina ocorre no contexto de desnutrição proteica. Nesse caso a redução da pressão osmótica leva a um ganho de movimento do líquido para o tecido intersticial com subsequente contração do volume plasmático.
- Síndrome nefrótica: É quando os capilares glomerulares iniciam a sua saída e geralmente esses pacientes apresentam edema generalizado.
6. Quais as características morfológicas do edema, descrevendo em diferentes órgãos e tecidos do organismo.
É facilmente reconhecido macroscopicamente; Microscopicamente, apresentam-se como clareamento e separação da matriz extracelular. O edema é mais comunmente observado no tecido subcutâneo, nos pulmões e no cérebro. O edema subcutâneo pode ser difuso ou mais evidente em regiões com alta pressão hidrostática.
O edema resultante da disfunção renal pode afetar todas as partes do corpo e apresenta-se em tecidos com matriz conjuntiva frouxa, como por exemplo, a órbita ocular.
No edema pulmonar o pulmão aumenta de duas a três vezes o seu tamanho e ao seccionado revela um líquido espumoso, tingido de sangue.
O edema cerebral pode ser localizado ou generalizado, dependendo da natureza ou da extensão do processo patológico ou da lesão.
HIPEREMIA E CONGESTÃO
- Conceito de Hiperemia.
Hiperemia é um processo ativo resultante da dilatação arteriolar levando a um aumento do fluxo sanguíneo.
- Aspecto clínico da Hiperemia.
O tecido afetado torna-se vermelho (eritema) devido ao congestionamento dos vasos com sangue oxigenado.
- Descreva as condições fisiológicas e patológicas que levam ao eritema.
A condição fisiológica que leva ao eritema é o aumento do fluxo sanguíneo em uma determinada região. Os eritemas podem ocorrer por fatores externos: calor, fricção, luz solar, irritações químicas ou por picada de insetos, etc. Ou por fatores internos como: reflexos vasomotores de origem digestiva, medicamentosa, nervosa, psíquica, vascular, infecções.
- Conceito de Congestão.
A congestão é um processo passivo resultante da redução do fluxo sanguíneo em um tecido, podendo ser sistêmica, como na insuficiência cardíaca, ou local, como na obstrução venosa isolada.
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